Doze de maio de 2019. Depois de muito procurar em anúncios de clássicos, foi na página "Armazém do Vovô" no Instagram que vi ela, a Parati CL 1.8 a gasolina, ano 1993, modelo 1994, cor prata lunar. Foi o tempo de ir até o proprietário, ver e andar no carro e no mesmo dia ela veio para a garagem. Desde então, a convivência com ela foi maravilhosa, com presença em muitos encontros e eventos. Até em Interlagos ela andou. Foi o meu primeiro carro antigo. Foram quatro anos muito legais.
Ela tem alguns detalhes especiais, como por exemplo as rodas P Slot de aro 17, montadas nos pneus Pirelli Cinturato P1, de medidas 195 perfil 40, além dos faróis de milha e neblinas e volante quatro bolas, que coloquei ao longo do tempo com ela. Foi instalado também um som Pioneer com disqueteira para seis discos, cortesia do nosso amigo Juliano Kawamoto. Ela veio equipada de fábrica com diversos opcionais, como os bagageiros de teto, ar quente, rádio volksline, limpador, desembaçador e lavador do vidro traseiro. Tem todos os manuais e nota fiscal de fábrica.
O vídeo no nosso canal "Entusiastas sobre rodas" mostra a despedida da Parati e a chegada do Fuscão
No mês de fevereiro deste ano, ela foi embora para a chegada de um novo clássico. Há algum tempo vinha com um desejo de ter a experiência de um modelo com motorização refrigerada a ar. E foi em fevereiro mesmo que encontrei um anúncio de um Fusca 1.600 ano 1983, com preparação de motor e suspensão, que estava em Campinas. Em um sábado, peguei um ônibus para a cidade do interior de São Paulo e fui ver o carro. Foi só ouvir o ronco do motor e dar uma volta para se apaixonar pelo besouro veloz.
De preparação de motor, foram instalados comandos de válvulas Engle W-110, balanceiros 1.25. Cabeçote e válvulas trabalhadas em banco de fluxo pela HW Parts. A taxa de compressão foi ajustada para 12,5:1. A carburação é dupla e o motor está rodando no etanol. Na refrigeração, a capela do radiador foi deslocada. O sistema de escape foi dimensionado, com saída dupla reta. Segundo o antigo proprietário, a potência do besouro está em torno de 110 cavalos. O câmbio é o 8:31. Na parte de "chão", na dianteira foram instaladas mangas especiais de competição. As rodas são de Brasília e na traseira, foram alargadas para sete polegadas de tala.
No interior, foi instalado o painel do Porsche 944, popularmente chamado de "tetinha", com velocímetro em milhas e quilômetros por hora à esquerda, conta-giros no centro e marcador de combustível e luzes-espia na direita. Mais abaixo, no centro do painel, três relógios da marca Cronomac demonstram pressão e temperatura do óleo do motor e pressão de combustível. A partida é feita em um botão presente no centro do painel, ao lado de duas chaves estilo "aviação", da bomba elétrica e de combustível. A "cereja do bolo" é a presença de um volante esportivo da marca Sparco, de três raios.
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