Pois é meus amigos. Impossível não lembrar todo 1º de maio da morte de Ayrton Senna. Quinze anos depois, o piloto brasileiro ainda é lembrado por todos os aficcionados por automobilismo como um dos grandes mitos do esporte.
Foi um fim de semana fatídico aquele de Ímola 1994. Michael Schumacher, que corria com um Benetton-Ford, liderava o campeonato com duas vitórias (GP do Brasil e GP do Pacífico). Senna cumpria seu primeiro ano pela Williams-Renault e ainda não havia pontuado no campeonato. A pressão já o acompanhava.
E era nesse cenário que a Fórmula 1 aportava em San Marino, para a terceira prova da temporada 94. Naquele ano, assim como em 2008, o regulamento técnico dos carros havia mudado. A eletrônica embarcada e recursos como a suspensão ativa foram proibidos. Só que o resultado foram carros muito instáveis na pista.
No treino de sexta-feira, Rubens Barrichello, que havia sido o terceiro colocado no GP do Pacífico com a Jordan-Hart, escapa em altíssima velocidade na variante, decola na zebra e bate de lado na proteção de pneus, capotando duas vezes na sequência. Rubinho machucou o nariz e o braço e ficou desacordado na hora do acidente. Não participaria da prova no domingo.
Na classificação do sábado, a primeira tragédia do fim de semana. Roland Ratzemberger, que corria na pequena equipe Simtek, perde um pedaço da asa dianteira e escapa a mais de 300 Km/h, batendo de frente no muro da curva Villeneuve. A morte foi instantânea, ao vivo para o mundo todo.
No domingo, a largada foi confusa, com uma batida envolvendo a Benneton de J.J. Letho e a Lotus de Pedro Lamy. Na volta sete, acontece o acidente que tirou a vida de Senna, na curva Tamburello.
Senna correu por dez anos na Fórmula 1. Foi tricampeão, conquis
tou 41 vitórias e 65 poles-positions. Correu pela Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Tinha um estilo técnico e muito agressivo de pilotagem, além de ser muito combativo nas disputas por posições. Também cometeu erros, como a saída de pista na corrida de Mônaco em 1988, quando liderava e tinha quase 1 minuto de vantagem para seu companheiro Alain Prost e em confusões, como a batida na disputa pelo título de 1989, em Suzuka, com o mesmo Prost.
Nos últimos anos da carreira, Senna lutou para correr pela equipe Williams, que tinha um carro fantástico. Curiosamente, o carro de 1994 não teve o mesmo desempenho dos anos anteriores e Senna não teve tempo de desenvolvê-lo e conquistar vitórias.