domingo, 27 de outubro de 2013
A volta por cima
Fiquei muito feliz em saber hoje que o polonês Robert Kubica sagrou-se campeão da temporada 2013 do WRC2, uma espécie de segunda divisão da categoria máxima do rali mundial de velocidade, competindo pela Citröen (modelo DS3).
Kubica sofreu um gravíssimo acidente no início de 2011, em um rali na Itália. O polonês perdeu o controle e acertou em cheio um guard-rail, que rasgou o carro ao meio. Kubica quase perdeu os movimentos do braço direito e passou por inúmeras cirurgias.
Ter voltado a competir é quase que um milagre, por isso o título conquistado neste final de semana é uma verdadeira volta por cima. E Kubica ainda não desistiu da Fórmula 1. Apesar de achar muito difícil o polonês voltar a competir na categoria máxima, confesso que no fundo eu torço bastante para que isso aconteça.
Nos tempos da Disco Music - segunda parte - na telinha e na telona
A era da Discoteca não foi apenas um movimento musical. Este estilo de música ganhou tanta força que influenciou, por exemplo, o jeito de se vestir, falar e o comportamento das pessoas, que adotaram este estilo de vida.
E a Disco Music também influenciou o cinema, a tal ponto de ser criada uma película exclusiva sobre o tema, em formato de romance. Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, no título em inglês) estreou em 1977 e teve como grande protagonista o norte-americano John Travolta, que no filme incorpora a personagem do jovem Tony Manero. No auge da sua juventude, Travolta teve uma atuação marcante, foi seu principal "cartão de visita" para a crítica e o público.
Travolta soube como ninguém absorver toda a atmosfera da Disco Music e a ebulição desta novidade musical e comportamental e transformar uma atuação e presença marcantes nas filmagens. Algumas cenas do filme entraram para a história de Hollywood, como a da abertura, onde Tony Manero caminha pelas ruas do Brooklin, e também quando dança junto à atriz Karen Lynn Gorney no concurso da discoteca em que ele e seus amigos frequentavam, a Odisséia 2001.
Mas nem tudo foram "flores" para Travolta. No curso das gravações, o americano sofre um baque. Sua namorada, a atriz Diana Hyland, que também era atriz, falece. Travolta bravamente continua com as gravações.
O filme alcançou um sucesso estrondoso e a trilha sonora, não podia ser diferente, não poderia ser diferente, é recheada de hits disco. Bee Gees faz a base do disco (com Stayin Alive, Night Fever, More Than a Wonman e You Should Be Dancing), que conta também com The Trammps (Disco Inferno), KC and The Sunshine Band (Boogie Shoes), Tavares (More Than a Woman) e outros.
No Brasil, a relação da arte com o movimento da Disco Music também foi intensa e gerou diversos frutos, sendo um dos principais a gravação da telenovela "Dancing Days", em 1978.
A vênus platinada vinha em uma curva ascendente desde o início da década de 70, em termos de tecnologia, participação no mercado, volume de capital oriundo das cotas publicitárias e o principal, o corpo técnico e artístico. O telejornalismo e a teledramaturgia evoluíam a passos largos e deixavam a concorrência para trás.
Neste contexto, a novela Dancing Days contou com uma grande produção e direção, elenco qualificado e uma excelente audiência.
Em exibição no horário nobre da emissora (20 horas), o folhetim, que foi escrito por Gilberto Braga, contou com um "casting" composto por artistas de renome como Sonia Braga, Joana Fomm, Glória Pires, Antonio Fagundes, José Lewgoy, Mario Lago e outros. Sonia Braga é o grande destaque da novela. Ela interpreta a personagem principal, Julia, que torna-se habitué da discoteca chamada "Dancing Days".
A novela foi exibida, com igual sucesso, em diversos países pelo mundo. Aqui no Brasil, só ajudou a consolidar os hábitos de todo o universo da Disco Music.
A trilha sonora foi dividida em Nacional e Internacional. Destaque para artistas como As Frenéticas, Lady Zu, Gal Costa e Jorge Ben no disco nacional. Já a trilha internacional é recheada de hits da era Disco, contando com artistas como Village People, Santa Esmeralda, Boney M. e Voyage.
No próximo e último post desta série, falaremos das bandas, cantores e cantoras que fizeram sucesso com a Disco Music.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Arquivos de celular - Polo GTI
Esse é raro de se ver nas ruas. Vieram poucos por estas bandas. Além de raro, ele é um foguetinho: de zero a 100 Km/h em 8 segundos e mais de 205 Km/h de velocidade máxima. É o que na Europa costuma-se chamar de "hot-hatch".
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Minhas Minis - Fusca 1951
Continuando a série Minhas Minis, onde apresento as minhas miniaturas de coleção, hoje apresento-lhes o Fusca 1951. Produzido em ferro e plástico pela Maisto, o Fusca tem a escala de 1/18. É possível abrir as duas portas e ver o interior muito detalhado, com direito a instrumentação bem reproduzida no painel. Ao abrir a tampa do porta-malas dianteiro, é possível ver todos os detalhes, assim como a tampa do motor. Muito bem reproduzida e realista, a miniatura é daquelas de colocar em cima da mesa e ficar apreciando os detalhes. Seguem as fotos da belezinha!
domingo, 20 de outubro de 2013
Pedro Carneiro Pereira - lá se vão 40 anos
O dia 21 de outubro de 1973 ficou marcado de forma negativa para o gaúcho apaixonado por esportes em geral e automobilismo em particular. Pedro Pereira Carneiro e Ivan Iglesias acidentaram-se em Tarumã, em uma etapa do Campeonato Gaúcho de Divisão 3. A batida foi devastadora e tirou a vida dos dois pilotos.
Pedro Carneiro Pereira, ou Pedrinho, como também era chamado, além de piloto e apaixonado por automobilismo, era um excelente narrador esportivo. Torcedor fanático do Grêmio, Pedrinho narrava partidas de futebol, primeiro na Rádio Difusora e depois na Guaíba. Seus contemporâneos dizem que Pedro foi um dos melhores narradores já vistos no país.
Pedrinho correu de Carreteiras, Fórmula Ford mas, foi com o Chevrolet Opala de numeral 22 que seus melhores resultados apareceram. Foi com esse carro que Pedro venceu uma etapa do Brasileiro de Divisão 3 e a tradicional 12 Horas de Porto Alegre, ambas em 1972 no na pista de Tarumã.
Na década de 70, a automobilismo no Brasil crescia a passos largos. Pilotos talentosos surgiam aos montes, havia um bom envolvimento das fábricas e existiam diversas categorias. A Divisão 3 era a principal categoria do nosso automobilismo. Equipes grandes e conceituadas tomavam parte do campeonato brasileiro.
Porém, todo esse crescimento não era acompanhado pelo quesito segurança. Acidentes fatais em provas oficiais, não só no Brasil como no resto do mundo eram muito corriqueiros nesta época. Não existiam ações de segurança nos autódromos e circuitos de rua, ou se existiam, eram muito precárias. Os carros também eram muito inseguros. Andavam muito mas eram frágeis na mesma proporção.
Foi com todo este panorama que os pilotos do Campeonato Gaúcho de Divisão 3 foram para Tarumã, disputar a quarta etapa da temporada de 1973. Na segunda volta da prova, Pedro Carneiro Pereira e Ivan Iglesias, ambos de Chevrolet Opala, disputam a terceira posição e entram na reta. Ivan coloca de lado para ultrapassar Pedrinho mas, na sequência da disputa, os dois carros se enroscam de pára-choques e vão em direção ao barranco. Batem, capotam e explodem em chamas, sem chance para os pilotos.
Quando os amigos de emissora souberam do acidente fatal, a rodada do futebol já havia começado. A Rádio Guaíba, que transmitia o jogo entre o Internacional de Porto Alegre e o São Paulo Futebol Clube, anunciou a morte do principal narrador da emissora e decidiu encerrar naquele instante as transmissões. O árbitro do jogo, o hoje comentarista da Rede Globo, Arnaldo César Coelho, paralisou a partida e pediu um minuto de silêncio. O público que estava no estádio, ouvindo em seus radinhos de pilha, prestou uma justa homenagem. Silenciou-se. Um silêncio impressionante que ecoou por todo o Rio Grande.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Pão de forma
O ano de 2013 ficará marcado para os entusiastas por carros, especialmente os antigos. A Kombi, depois de 63 anos de produção ininterrupta, deixará de ser produzida, graças à regulamentação que trará a obrigatoriedade, a partir do ano que vem, de todos os modelos produzidos no país saírem de fábrica com o ABS e Airbag. As adaptações necessárias para a adequação a esta nova exigência mataram a Kombi, pois tais mudanças no projeto encareceriam a tal ponto de inviabilizar a produção do utilitário.
A Kombi, que em Portugal é carinhosamente chamada de Pão de Forma, fez história no Brasil. Primeiro modelo a ser fabricado na filial tupiniquim, o modelo já ultrapassou a marca de 1,5 milhão de unidades produzidas, em diversas configurações como a de passageiros, furgão, cabine dupla, picape (a famosa cabrita) e já utilizou motorizações 1.100, 1.200, 1.500, 1.600 (estes em configuração boxer refrigerado a ar) e a mais recente 1.4, refrigerada a água e movida a bi-combustível (gasolina e etanol).
A Kombi foi e continua sendo utilizada por quase todos os segmentos da sociedade. Transporte escolar, empresas de telefonia, correios e telégrafos, feirantes, essas são algumas das inúmeras utilizações deste versátil modelo.
Para os entusiastas pela Kombi e que dispõem de nada mais, nada menos do que R$ 85 mil, a Volkswagen do Brasil lançou a Last Edition, edição especial repleta de detalhes exclusivos, para marcar o fim da produção do icônico modelo. Serão 1.200 unidades a saírem de fábrica com equipamentos como, por exemplo, rádio com bluetooth, pintura especial retrô (saia e blusa), revestimento especial dos bancos, pneus com faixa branca e diversos outros extras.
Para o mundo dos clássicos, a Kombi é presença obrigatória nas coleções, principalmente nos modelos de fabricação pré 1970. E agora que o modelo deixa de ser produzido, a tendência é o crescimento da valorização deste modelo que já entrou para a história do automóvel nacional.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Adeus, Maria
A notícia deixou chocado o mundo do automobilismo em julho do ano passado. A piloto de testes da equipe Marussia Maria de Villota bateu com seu carro na traseira de um dos caminhões da equipe, quando voltava para os boxes improvisados em uma pista na Inglaterra, em um teste aerodinâmico.
A espanhola, que é filha do ex-piloto de Fórmula 1 Emilio de Villota, ficou em estado gravíssimo, pois a pancada na cabeça fora deveras severa. Lutou pela vida, perdeu uma vista mas deu a volta por cima. Recuperou-se. Como que para celebrar a vida, escreveu uma auto-biografia. Não deu tempo de vê-la publicada. Maria faleceu nesta última sexta-feira, provavelmente em decorrência de complicações neurológicas originadas do acidente de 2012, deixando o mundo automobilismo em luto.
Maria não conseguiu realizar o sonho de correr na categoria máxima do automobilismo mundial. Uma carreira e vida meteóricas, interrompidas de forma trágica por um acidente besta, em um teste sem muito sentido, o que nos faz questionar as regras atuais da FIA em não liberar durante a temporada mais testes em pistas de verdade, com toda a segurança necessária para tanto, por conta de uma pseudo redução de custos.
Em 2002, eu e Reginaldo Pereira assistimos às 500 Milhas de kart da Granja Viana. Vários importantes pilotos tomaram parte da corrida, como em todos os anos, como por exemplo Rubens Barrichello, Tony Kanaan, Christian Fittipaldi, mas foi uma menina de nome comprido me chamou a atenção por sua tocada agressiva mas ao mesmo tempo com muita técnica. O nome da fera: Ana Beatriz Figueiredo. Mais alguns anos e veríamos a Bia fazer excelentes prestações em todas categorias nas quais competiu. A partir de então, passei a respeitar e admirar ainda mais as mulheres pilotos.
O blog homenageia Maria de Villota, que nos deixa e também exalta as mulheres piloto, que lutam pelo difícil espaço nas categorias de automobilismo e motociclismo mundo afora.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Salão das Duas Rodas 2013
Depois de um tempo de férias, voltamos com as postagens no blog. Hoje estivemos presentes no pavilhão do Anhembi para acompanhar a edição de 2013 do Salão das Duas Rodas, que acontece até o domingo. Juntamente com meu amigo Café, chegamos ao pavilhão no começo da noite. Logo de cara, avistamos o estande da montadora italiana Ducati, que hoje é controlada pelo grupo Audi. Neste estande foi possível ver o modelo Panigale 1199 Senna, reedição do modelo 916 Senna de 1994. Aliás, esta última estava lado-a-lado com o novo modelo, ambas na mesma cor exclusiva.
Além da montadora italiana, também estavam presentes a inglesa Triumph, a tradicionalíssima Harley-Davidson, MV-Agusta, Benelli, Yamaha, Suzuki, Kawasaky, Honda, apenas para citar as principais. Destaque também para um estande muito legal, da oficina de customizações do piloto paranaense Tarso Marques. A seguir, seguem alguns registros fotográficos deste que vos escreve.
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