segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Mil Milhas 2022 - um rescaldo da prova, com fatos e fotos interessantes


Depois de uma semana da realização da edição de 2022 das Mil Milhas, destacamos aqui algumas informações, curiosidades e fatos interessantes sobre a prova.


Sigma P1 G4 - o protótipo dominante e desruptivo


O protótipo projetado e construído no Rio Grande do Sul, que venceu a prova de forma categórica, largando da pole position e cravando a melhor volta da corrida, quebrou um paradigma: um protótipo P1 venceu uma prova de longa duração. No campeonato brasileiro de Endurance, as provas não passam de 4 horas. Tomara que este fato traga mais protótipos da categoria P1 para as provas longas, como a própria Mil Milhas.




Os detalhes técnicos do Sigma P1 em sua quarta geração de evolução são muito interessantes. O carro é o único no país a ter o DRS (asa móvel) na asa traseira e também nos difusores dianteiros. O potente motor V8 é preparado pela Motorcar.


O fantástico resultado da equipe Alpie


Com um carro de baixíssima tecnologia, a equipe Alpie, tradicional aqui de São Paulo, terminou as Mil Milhas na sexta colocação na classificação geral e venceu a prova na sua categoria, a TN1. Foi um excelente resultado para o GM Celta 1.6 pilotado por Emerson Piedade, Alexandre Peppe, Luiz Cirino e Thiago Sala. Para um carro de baixa complexidade tecnológica, chegar em sexto na classificação final de uma Mil Milhas, junto de carros muito mais potentes e avançados - e na frente de muitos com essas características - foi praticamente uma vitória. O time da Alpie ainda colocou mais um carro na prova - um GM Onix 1.6, que também disputou a categoria TN1 - mas o carro bateu na madrugada e finalizou a corrida na vigésima nona colocação.


O Celta à frente do Onix - os carros da equipe Alpie



Uma dupla de Fuscas especiais


Eles foram de longe os carros preferidos de muitos espectadores das Mil Milhas. Os dois Fuscas que disputaram a prova, de Fusca tinham apenas a "casca". Na realidade, os carros eram modelos tubulares com carroceria de fibra da silhueta do simpático besouro. O Fuspyder número 7 da equipe Bonora é um chassi tubular de Aldee Spyder Race, com motorização Volkswagen, e como curiosidade, foi pintado nas cores do Fitti-Fusca de dois motores, construído pelos irmãos Fittipaldi na década de 60. O Fusca protótipo da equipe DIMEP, da família Pimenta, também é composto por um chassi tubular e uma carroceria em fibra, com uma construção muito parecida com a dos carros da Fun Cup que correm em Spa-Franconrchamps.



O Fusca protótipo da equipe DIMEP, pintado nas cores tradicionais da família Pimenta no automobilismo




O Fuspyder da equipe Bonora levou na pintura da sua carenagem uma homenagem aos irmãos Fittipaldi



A aventura do Porsche de apenas 70 quilômetros rodados


Restando poucas horas para o início das Mil Milhas de 2022, no sábado à noite, a equipe Stuttgart Sportscar Brasil chegava em Interlagos para a disputa da prova. Desembarcava de um caminhão-plataforma um Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport, novíssimo, com um pouco mais de 70 quilômetros rodados em seu hodômetro. A trinca de pilotos formada por Ricardo Mauricio, Alan Hellmeister e Marcel Visconde tinham a árdua missão de largar do fim do grid - afinal, não tinham participado de qualquer treimanento - e escalar o pelotão. E assim foi feito: o carro foi magistralmente conduzido pelo trio, finalizou a prova na segunda colocação na classificação geral e conquistou a vitória na categoria GT4. Um show de demonstração de resistência, desempenho e qualidade que só a Porsche é capaz de proporcionar. Para o futuro, tudo indica que a Stuttgart Sportscar Brasil irá disputar a categoria GT4 do Endurance Brasil com esse carro, já a partir desta temporada.






Uma Mil Milhas de experimentos para a equipe HRacing


A equipe HRacing, que é a responsável por organizar a Copa Shell HB20, um dos principais certames monomarca do país, inscreveu para as Mil Milhas um carro com diversas inovações que não são encontradas nos carros da HB20. O time capitaneado por Daniel Kelemen construiu um HB20S (sedan) equipado com motorização 2 litros oriunda do Creta e potência de 200 cavalos, com um câmbio sequencial de acionamentos por borboletas no volante, além de usar pneus slicks. Os integrantes da equipe confidenciaram que o carro é um ensaio para inovações futuras nos carros de corrida construídos pela HRacing.






A presença feminina na corrida


Luciane Klai e seu VW Voyage marcaram mais uma vez a presença nas Mil Milhas. Ela estreou no ano passado com uma equipe totalmente feminina - denominada 3 Girls, que tinha ainda as pilotos Renata Camargo e Fernanda Aniceto - e este ano voltou para a prova, dessa vez com as parceiras Fatima Escaleira e Patricia Sobrinho, uma vez que Renata e Fernanda não puderam participar. Infelizmente a equipe teve diversos problemas técnicos desde a madrugada e não completaram a prova. Porém, marcaram mais uma vez as Mil Milhas como a equipe 100% feminina na prova.






A estreia do protótipo Mamba Negra 2S


A equipe Mamba Negra, liderada pelo empresário e entusiasta do automobilismo, Marcelo Servidone, debutou o seu primeiro protótipo nas Mil Milhas. Denominado Mamba Negra 2S, o bólido compete na categoria P2 e possui motorização Volkswagen. O carro enfrentou problemas mecânicos na prova e finalizou as Mil Milhas na vigésima oitava colocação na classificação geral. Mas foi um ótimo teste para o carro novo, e a equipe promete mais inovações para o futuro.





A volta da largada noturna e da magia da madrugada


Depois de 11 anos de hiato, as Mil Milhas voltaram a ser disputadas em 2020, com a tradicional largada à meia-noite. Em 2021, a prova foi disputada de dia e com tempo reduzido, por conta das restrições sanitárias da pandemia do Coronavírus. Porém, na edição deste ano, a prova voltou a ter a largada realizada na tradicional meia-noite. A magia da madrugada também é algo que não pode faltar em uma prova de Mil Milhas, onde a neblina invariavelmente aparece e o espetáculo dos faróis dos carros dá o tom.






O destaque da iluminação do traçado de Interlagos e dos carros


O sistema de  iluminação instalado no autódromo de Interlagos na edição das Mil Milhas desse ano foi um show à parte. Os pilotos elogiaram muito a iluminação dos refletores e o resultado era bem nítido nas imagens transmitidas. Até "olhos de gato" foram posicionados nas laterais da pista, fixados na gram. A iluminação dos carros também foram destaque. A tecnologia dos faróis de Led foi adotada em larga escala pelos competidores, mas também vimos fitas de led coloridas e até neon embaixo dos carros. Um espetáculo de cores e luzes na madrugada.



O GM Omega da equipe Big Power e suas luzes de neon azul deram um show à parte na madrugada de Interlagos












Linda imagem de Interlagos iluminada para as Mil Milhas, nas lentes do fotógrafo Rodrigo Ruiz



Os eventos preliminares - quantidade e qualidade de tirar o chapéu


Foi um fim de semana repleto de corridas: Gold Classic, Gold Turismo, Old Stock Race, a estreia da Historic Race & Alfa e até a reedição das Mini Mil Milhas, para a molecada participar da festa. Quem foi a Interlagos, além de acompanhar a atração principal - as Mil Milhas - assistiu corridas a rodo!


A criançada fez a festa na Mini Mil Milhas



Mais algumas imagens interessantes da prova:



Uma perspectiva diferente do protótipo MRX pilotado pelo trio Marcelo Campagnolo / Yuri Antunes / Carlos Antunes, que terminaram a prova na quinta colocação na classificação geral




A equipe Lira Racing aposta nos Fords e trouxe para a prova o seu já conhecido Fiesta, além de uma Courier oriunda da antiga categoria DTM Picape Courier, que foi disputada nos anos 2000.





A prévia da largada





Esta imagem sintetiza a democracia de uma prova como as Mil Milhas: a simplicidade de um Chevrolet Celta lado-a-lado com a complexidade do Sigma P1





Na edição de 2022 das Mil Milhas não poderia faltar um exemplar de um Aldee Spyder Race - este, no caso, inscrito pela equipe LT Team, de Leandro Totti. Uma das geniais invenções de Almir Donato





Marcel Visconde, Alan Hellmeister e Ricardo Mauricio, os cavaleiros do novíssimo Porsche - testado e aprovado para alçar novos vôos





Robbi Perez trouxe o novo protótipo Roco, que disputou a categoria P4 e terminou em uma ótima oitava colocação na classificação geral




O protótipo MC Tubarão chegou de última hora, após problemas de motor no Porsche 914 Silhouette da equipe gaúcha, mas enfrentou problemas técnicos na prova - o time do sul merecia sorte melhor




A equipe Oto Racing trouxe novamente o seu GM Celta que mostrou resistência e terminou as Mil Milhas em uma ótima sétima colocação na classificação final




O protótipo MRX da categoria P1, da equipe LT Team, vencedora das Mil Milhas de 2021, disputou as primeiras posições e finalizou a corrida na terceira colocação geral. O time de Londrina vem sempre forte para a disputa




terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Campeonato Brasileiro de Fórmula Junior / Fórmula Chevrolet Junior – Temporadas de 2000 e 2001



O momento em que o jovem piloto de competições alcança as categorias de topo do kartismo profissional, é a hora de dar o próximo salto na carreira: partir para as competições de carros. Normalmente, os jovens pilotos seguem nas categorias de monopostos, ou também conhecidas como fórmulas. Uma pequena parcela segue para as categorias de turismo, e essa é uma opção que vem crescendo principalmente nos últimos 15 anos. Mas a opção pelos monopostos ainda é majoritária entre os jovens profissionais. Essa transição é de suma importância no desenvolvimento de carreira e será um ótimo degrau para o prosseguimento nas categorias tidas como “de topo”, a partir da Fórmula 3, passando pela Fórmula 2, no caminho para a Fórmula 1, e a USF2000 e Indy Lights, no caminho para a Fórmula Indy.


Aqui no Brasil, nós tivemos excelentes categorias de base de fórmulas, desde a década de 60, como a Fórmula Jr., Fórmula Vee e Super Vee, Fórmula Ford, Fórmula Fiat e a Fórmula Chevrolet – cuja história já contamos aqui no blog. E no final da década de 90, uma iniciativa criou uma categoria de base para o nosso automobilismo. Inicialmente, a categoria se chamaria Fórmula Chevrolet Jr. – com apoio da General Motors do Brasil – e depois foi oficialmente nomeada como Fórmula Junior. Nós vamos contar nessa matéria a história dessa categoria, desde a sua concepção, passando pelos dados técnicos do carro fabricado para a competição e a história das duas temporadas realizadas, nos anos de 2000 e 2001.


Foi no ano de 1997 que o embrião da categoria foi gerado. A categoria foi anunciada pelo grupo que organizava e realizava o Chevrolet Challenge, o evento das categorias da General Motors do Brasil. A ideia era ter uma categoria que antecedesse a Fórmula Chevrolet, trazendo para os competidores recém saídos do kartismo um carro menor e menos potente – era o conceito de “categoria-escola”, que havia se perdido no país com a ausência da Fórmula Ford, que deixou de ser realizada nas pistas brasileiras ao final da temporada de 1996.




Tony Kanaan testando o protótipo do Fórmula Jr. em Interlagos




Um monoposto de pequeno porte foi encomendado para o engenheiro argentino Edgardo Fernandez, que projetou um chassi tubular revestido de chapas de alumínio e carenagens em fibra de vidro. O carro teria asas dianteiras e aerofólio traseiro, e no primeiro protótipo utilizava pneus slicks.


A iniciativa não foi levada adiante – o piloto Tony Kanaan, na época competindo na Fórmula Indy Lights, chegou a testar uma unidade do Fórmula Chevrolet Jr. em Interlagos, para dar uma “força” na promoção – mas a categoria não vingou naquele momento, para decepção de pilotos, imprensa e equipes, que tiveram seu interesse despertado com a ótima iniciativa.







Imagens dos primeiros testes e a fábrica dos monopostos (acima)




Posteriormente, com apoio da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), a categoria foi retomada. A partir do carro construído na Argentina pelo engenheiro Edgardo Fernandez, os carros passaram a ser construídos pelo time da Full Time Competições, de propriedade de Mauricio Ferreira, o “Mau Mau”. Foram montados um total de 40 carros na sede da equipe, que fica na região de Pinhais, bem próxima do Autódromo Internacional de Curitiba. Inicialmente, estavam programados testes coletivos em dezembro de 1999 e janeiro de 2000, com a primeira temporada a ser realizada no ano de 2000.


    

A apresentação do Fórmula Chevrolet Jr., com a participação de Tony Kanaan



A ficha técnica do Fórmula Junior era assim composta:


Chassi: tubular, revestido de capas de alumínio. Carenagem construída em fibra de vidro;

Motor: Chevrolet 4 cilindros em linha, 1.600 cm³ originário do Corsa, comando simples no cabeçote, 2 válvulas por cilindro, 8 válvulas, montado longitudinalmente na traseira. Coletor de escapamento 4x1. Remapeamento no sistema de injeção eletrônica gera potência de 102 cavalos a 6.400 rotações por minuto;

Preparação do motor: empresa Powertech (Curitiba – PR);

Combustível: gasolina;

Tanque: capacidade para 27 litros

Rodas: construídas em liga leve, marca TSW, aro 13;

Pneus: Slicks Pirelli PZero, medidas 175/50 VR13

Câmbio: de competição, sequencial de 4 velocidades + Ré, trocas na alavanca, da marca Hewland LD200. Relações de marcha fixas;

Diferencial: sem sistema de blocante , da marca Hewland;

Tração: rodas traseiras;

Embreagem: tipo monodisco seco;

Freios: a disco nas quatro rodas, especial de competição;

Suspensões: do tipo independentes, com triângulos, balanças e push-rods;

Amortecedores: de regulagem fixa para bumping e rebumping;

Molas: de tipo único;

Peso (vazio e sem o piloto): 420 Kg

Velocidade máxima: 202 Km/h

Custos por corrida: na ordem de R$ 6.800,00 (valores da época)




Aerofólios, asas, pneus slicks, uma ótima escola para os jovens pilotos




A revista Racing, em sua edição de nº 63, veiculada em março de 2001, publicou uma matéria de um teste realizado com um Fórmula Junior no Autódromo Internacional de Curitiba, pelo jornalista Angelo Treviso, que teve a oportunidade de experimentar o pequeno bólido. O carro era o utilizado pelo piloto paulista Duda Azevedo. Transcrevo aqui o interessante e curioso relato de Treviso na reportagem, sobre suas impressões ao volante e demais detalhes:


“Vestindo a pele de piloto (macacão, luvas, balaclava, sapatilhas e capacete), entrei com dificuldade no cockpit. A primeira diferença está na posição de dirigir. Sentado em um banco de espuma com apoio até a altura dos ombros e preso no cinto de segurança de quatro pontos, tal posição permite apenas movimentar os braços, levemente tensionados.


Antes da saída dos boxes, para iniciar a primeira das dez voltas, ouvi algumas valiosas dicas do piloto, como elevar o giro do motor a 3000 rpm´s e usar a embreagem apenas para arrancar com o carro. Dentro da pista, a emoção aumenta quando se ouve o forte estalo do escapamento com saída reduzida 4 em 1. Equipado com motor Chevrolet 1.6 litro - o mesmo utilizado no Corsa -, graças ao remapeamento do sistema de injeção, em relação ao carro de rua este motor passou dos 92 cv para 102 cv. O torque também foi alterado, mas por questão de sigilo da categoria não foi divulgado. Traduzindo, é muito motor para pouco carro, ou melhor dizendo, para pouco chassi. Verdadeiro rojão, só para se ter ideia, no final da reta principal de Curitiba ele chegou a atingir os 202 Km/h. Sem deixar de ser estável, nesta velocidade o bólido treme todo e parece que vai desmanchar. Mas é nas curvas que o monoposto mostra que é arisco e, para não rodar – o que aconteceu comigo logo na segunda volta -, a alternativa é manter o motor sempre cheio e acelerar gradativamente.


Com uma certa tendência a escapar de traseira, quando isso acontece não há muito a fazer e o esforço para colocar o carro de volta na trajetória é em vão. Outra dica para ter o carro na mão é saber o momento exato de frear e reduzir, e isso acontece sempre no início da tangência das curvas. Com discos especiais para competição nas quatro rodas, o freio segura bem. Mesmo freando forte, em nenhum momento o sistema mostrou tendência a travamento. O câmbio Hewland sequencial de quatro marchas (o mesmo utilizado nos Fórmula Chevrolet) é preciso e pede que as trocas de marchas sejam rápidas. O único inconveniente é a posição da alavanca, que fica espremida entre os tubos do chassi e exige que a passagem seja feita apenas com o dedo polegar. Mesmo com tantos sacrifícios para se ajustar ao interior do bólido e dominar o veloz Fórmula Junior, valeu a pena a experiência pois, como pude comprovar, pilotar um desses é fazer boa escola para categorias superiores.”








As imagens do teste da Revista Racing




No início do ano de 2000, a lista preliminar dos pilotos que tinham a intenção de tomar parte da categoria estava composta pelos seguintes nomes: Juliano Pires Costa, Thiago Siqueira Jayme, Giuseppe Vecchi, Daniel Ásfora Oliveira, Cristiano Pires Costa, Handerson Argenta, Pedro Jacobsen, João Roberto Palazzo Filho, Diego Ribeiro de Freitas, José Luiz Gordilho Medrado, Rafael Santos A. Mota, Luis Sérgio P. Sobral, Gledson Regnier, Ricardo M. R. Carneiro, Manoel de Oms Neto, Marco Aurélio S. Terra e Ivan Luiz M. Parra. Para aquela temporada, estavam previstas dez etapas, que passariam em circuitos como Londrina, Interlagos, Curitiba, Goiânia, Jacarepaguá e Tarumã.




Campeonato Brasileiro de Fórmula Junior – Temporada de 2000


A primeira etapa da história da Fórmula Junior, realizada no dia 28 de maio de 2000, não poderia acontecer em outro lugar que não fosse o Autódromo Internacional de Curitiba, o "quintal de casa" de onde eram construídos, mantidos e testados os carros da categoria. Um total de 14 pilotos participaram da primeira etapa, que foi vencida pelo mineiro Rafael Matos, na época com 18 anos. O pódio no AIC foi completado por Zezé Medrado em segundo e Rafael Motta em terceiro.



1ª Etapa - Curitiba (PR) – 28 de maio de 2000


Resultado final:


1º - Rafael Matos (MG - 18 anos) – 16 voltas em 26min29s628 – média de 134,320 Km/h - 20 pontos
2º - Zezé Medrado (BA - 21 anos) – 15 pontos
3º - Rafael Motta (MS – 17 anos) – 12 pontos
4º - Marco Aurélio Terra (GO – 17 anos) – 10 pontos
5º - Giuseppe Vecci (GO – 25 anos) – 8 pontos
6º - José Cardoso Filho (DF – 16 anos) – 6 pontos
7º - Pedro Jacobsen (SC – 17 anos) – 4 pontos
8º - Maycon Zandavalli (PR – 17 anos) – 3 pontos
9º - Luiz Sérgio Sobral (PI – 18 anos) – 2 pontos
10º - João Palazzo Filho (MG – 18 anos) – 1 ponto
11º - Ricardo Carreiro (PR – 19 anos)
12º - Júlio Campos (PR – 18 anos)
13º - Diego Freitas (BA – 18 anos)
14º - Eduardo “Duda” Azevedo (SP – 16 anos)





O primeiro pódio da história da Fórmula Junior






2ª Etapa – Curitiba (PR)


Rafa Matos venceu mais uma etapa do campeonato, novamente em Curitiba, mas dessa vez com pista molhada. Júlio Campos terminou na segunda colocação e Zezé Medrado completou o pódio.








Muita chuva em Curitiba






O pódio da segunda etapa



Resultado final:


1º - Rafael Matos – 20 pontos
2º - Julio Campos – 15 pontos
3º - Zezé Medrado – 12 pontos
4º - Luiz Sérgio Sobral – 10 pontos
5º - José Alberto Filho – 8 pontos



3ª Etapa – Interlagos (SP) – 6 de agosto de 2000


Em Interlagos, foi a vez de Júlio Campos triunfar. Júlio, que é irmão do falecido Marco Campos (que perdeu a vida em um acidente da última volta da última etapa da Fórmula 3000, na temporada de 1995), faturou sua primeira vitória depois de largar na pole position. No campeonato, Rafa Matos seguia líder com a boa vantagem de 20 pontos para Campos.




Julio Campos comemorando a vitória





Rafa Matos foi o segundo colocado





Resultado final:


1º - Júlio Campos - 20 pontos
2º - Rafael Matos - 15 pontos
3º - Diego Freitas - 12 pontos
4º - Giuseppe Vecci - 10 pontos
5º - Zezé Medrado - 8 pontos
6º - Márcio Sarot - 6 pontos
7º - Luiz Sobral - 4 pontos
8º - José Alberto Cardoso - 3 pontos
9º - Marcello Luiz - 2 pontos
10º - João Bertucelli - 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Rafael Matos - 55 pontos
2º - Júlio Campos - 35 pontos
3º - Zezé Medrado - 35 pontos
4º - Giuseppe Vecci -18 pontos
5º - José Alberto Cardoso - 16 pontos
6º - Diego Freitas - 16 pontos
7º - Luiz Sobral - 12 pontos
8º - Rafael Motta - 12 pontos
9º - Marcos Terra - 10 pontos
10º - Márcio Sarot - 6 pontos



4ª Etapa - Jacarepaguá (RJ) - 27 de agosto de 2000


Raphael Matos ampliou sua vantagem no campeonato de pilotos ao vencer mais uma etapa no ano, dessa vez no Rio de Janeiro, e agora tinha 25 pontos à frente de Julio Campos, que foi o pole position. Giuseppe Vecci completou o pódio.




Julio Campos na frente de Rafa Matos



Resultado final:


1º - Raphael Matos - 20 pontos
2º - Júlio Campos - 15 pontos
3º - Giuseppe Vecci - 12 pontos
4º - José Cardoso - 10 pontos
5º - Márcio Ale Sarot - 8 pontos
6º - Marcelo Fernandes - 6 pontos


Classificação do campeonato até o momento:


1º - Raphael Matos - 75 pontos
2º - Júlio Campos - 50 pontos
3º - Zezé Medrado - 39 pontos
4º - Giuseppe Vecci - 30 pontos
5º - José Cardoso - 27 pontos
6º - Diego Freitas - 17 pontos



7ª Etapa - Interlagos (SP) - 29 de outubro de 2000


Na sétima etapa foi a vez do "experiente" Giuseppe Vecci, de 25 anos, conquistar a sua primeira vitória na categoria. O líder do campeonato, Raphael Matos, não participou da etapa. Com os resultados, Vecci assumiu a vice-liderança do campeonato de pilotos.




Giuseppe Vecci, o vencedor da sétima etapa



Resultado final:


1º - Giuseppe Vecci - 20 pontos
2º - Marco Terra - 15 pontos
3º - Ricardo Carreiro - 12 pontos
4º - José Cardoso Filho - 10 pontos
5º - Rafael Motta - 8 pontos
6º - Patrick Sakzenian - 6 pontos
7º - João Bertucelli - 4 pontos
8º - Eduardo Azevedo - 3 pontos
9º - Luiz Sérgio Sobral - 2 pontos


Classificação do campeonato até o momento:


1º - Raphael Matos - 75 pontos
2º - Giuseppe Vecci - 58 pontos
3º - Júlio Campos - 50 pontos
4º - José Medrado - 45 pontos
5º - José Cardoso Filho - 41 pontos
6º - Diego Freitas - 37 pontos
7º - Marcos Terra - 37 pontos
8º - Luiz Sérgio Sobral - 31 pontos
9º - Rafael Motta - 30 pontos
10º - Márcio Sarot - 14 pontos



10ª Etapa - Curitiba (PR) - 17 de dezembro de 2000




O pódio da última etapa



Resultado final:


1º - Diego Freitas - 20 pontos
2º - José Cardoso Filho - 15 pontos
3º - Zezé Medrado - 12 pontos
4º - Rafael Motta - 10 pontos
5º - Luiz Sérgio Sobral - 8 pontos


Classificação final do campeonato de pilotos:


1º - Diego Freitas - 20 pontos
2º - Zezé Medrado - 83 pontos
3º - José Cardoso Filho - 81 pontos
4º - Rafael Daniel - 75 pontos
5º - Giuseppe Vecci - 66 pontos
6º - Luiz Sérgio Sobral - 64 pontos
7º - Rafael Motta - 63 pontos
8º - Marco Aurélio Terra - 60 pontos
9º - Júlio Campos - 50 pontos
10º - Ricardo Carreiro - 25,5 pontos
11º - Eduardo Azevedo - 17,5 pontos
12º - Gledson Regnier - 15 pontos
13º - Márcio Sarot - 14 pontos
14º - Marcello Luiz - 11 pontos
15º - Pedro Jacobsen - 10 pontos
16º - Patrick Zackzenian - 9 pontos
17º - Maycon Zandavalli - 7 pontos





Mais imagens da temporada de 2000:




Rafael Motta





Diego Freitas





Zezé Medrado





José Cardoso






Zezé Medrado





Rafael Motta





José Cardoso






Raphael Matos



















Zezé Medrado







Campeonato Brasileiro de Fórmula Júnior - Temporada de 2001


A temporada de 2001 da Fórmula Junior começou com uma etapa extra-campeonato, sem valer pontos para o campeonato. A corrida fez parte integrante do fim de semana do Grande Prêmio do Brasil daquele ano, em Interlagos. Nesta corrida preliminar, o domínio ficou por conta de Duda Azevedo, que cravou a pole position e liderou a prova de ponta-a-ponta.





O vencedor da etapa extra-campeonato, Eduardo Azevedo




Etapa extra-campeonato (preliminar do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1) - Interlagos - 1º de abril de 2001


Resultado final:


1º - Eduardo Falsi Azevedo
2º - José Roberto Ribeiro
3º - João Roberto Palazzo
4º - Marco Aurélio Terra
5º - Renato Jader David
6º - Ricardo Carneiro
7º - José Jimenez
8º - Diogo Pachenki
9º - Rafael Salvia
10º - André Felisberto



1ª Etapa - Curitiba (PR) - 22 de abril de 2001


Agora era pra valer! Em Curitiba, a primeira etapa oficial da temporada seria realizada. Duda Azevedo venceu a prova e logo se credenciou como um dos favoritos para a temporada. Marco Terra e o sul-matogrossense José Roberto Ribeiro completaram o pódio.




Agora foi pra valer! Eduardo Azevedo venceu mais uma



Resultado final:


1º - Eduardo Falsi Azevedo - 20 pontos
2º - Marco Terra - 15 pontos
3º - José Roberto Ribeiro - 12 pontos
4º - Ricardo Rocha Carreiro - 10 pontos
5º - Fábio DiCola - 8 pontos
6º - Bruno Bellei - 6 pontos
7º - Diogo Pachenki - 4 pontos
8º - Paulo Machado - 3 pontos
9º - David Marques - 2 pontos



2ª Etapa - Goiânia (GO) - 6 de maio de 2001


Em Goiânia José Roberto Ribeiro venceu sua primeira prova na temporada. Marco Terra conquistou mais uma segunda colocação. O paranaense Diogo Pachenki completou o pódio em Goiânia.




José Roberto Ribeiro venceu em Goiânia e entrou na briga pelo campeonato




Resultado final:


1º - José Roberto Ribeiro - 20 pontos
2º - Marco Terra - 15 pontos
3º - Diogo Pachenki - 12 pontos
4º - Ricardo Rocha Carreiro - 10 pontos
5º - Eduardo Falsi Azevedo - 8 pontos
6º - David Marques - 6 pontos
7º - José Gimenez - 4 pontos
8º - Fábio DiCola - 3 pontos



3ª Etapa - Curitiba (PR) - 10 de junho de 2001


Na terceira etapa, foi a vez de Diogo Pachenki conquistar a sua primeira vitória na categoria. Pachenki vinha se mostrando uma as boas jovens revelações da temporada.




Diogo Pachenki foi o terceiro vencedor diferente em três provas




Resultado final:


1º - Diogo Pachenki - 20 pontos
2º - Ricardo Rocha Carreiro - 15 pontos
3º - José Roberto Ribeiro - 12 pontos
4º - Renato Jader David - 10 pontos
5º - Marco Terra - 8 pontos
6º - David Marques - 6 pontos
7º - Fábio DiCola - 4 pontos
8º - Paulo Machado - 3 pontos
9º - Eduardo Falsi Azevedo - 2 pontos



4ª Etapa - Londrina (PR) - 8 de julho de 2001


Resultado final:


Em Londrina, palco da quarta etapa da temporada, o sul-matogrossense José Roberto Ribeiro conquistou a sua segunda vitória no ano e se firmou na disputa do título de pilotos. Seu principal adversário, Duda Azevedo, terminou a prova em terceiro.




José Roberto Ribeiro faturou sua segunda vitória na temporada



Resultado final:


1º - José Roberto Ribeiro - 20 pontos
2º - Paulo Machado - 15 pontos
3º - Eduardo Falsi Azevedo - 12 pontos
4º - David Marques - 10 pontos
5º - Fábio DiCola - 8 pontos
6º - Marco Terra - 6 pontos
7º - José Gimenez - 4 pontos
8º - Ricardo Rocha Carreiro - 3 pontos



5ª Etapa - Campo Grande (MS) - 5 de agosto de 2001


Se a etapa anterior foi ótima para José Roberto Ribeiro, a corrida "em casa" foi para o piloto esquecer: o piloto não pontuou. Ricardo Carreiro conquistou a sua primeira vitória na carreira na Fórmula Junior. Duda Azevedo conquistou mais um pódio.




Ricardo Carreiro foi o melhor em Campo Grande



Resultado final:


1º - Ricardo Rocha Carreiro - 20 pontos
2º - Paulo Machado - 15 pontos
3º - Eduardo Falsi Azevedo - 12 pontos
4º - José Gimenez - 10 pontos
5º - Fábio DiCola - 8 pontos
6º - Marco Terra - 6 pontos
7º - Alessandro Schuster - 4 pontos



6ª Etapa - Cascavel (PR) - 16 de setembro de 2001


Paulo Machado vinha conquistando bons resultados e na sexta etapa em Cascavel, foi sua vez de vencer. Diogo Pachenki terminou em segundo e Duda Azevedo, com sua habitual constância, completou o pódio.


Resultado final:


1º - Paulo Machado - 20 pontos
2º - Diogo Pachenki - 15 pontos
3º - Eduardo Falsi Azevedo - 12 pontos
4º - José Roberto Ribeiro - 10 pontos
5º - David Marques - 8 pontos
6º - Marco Terra - 6 pontos
7º - José Gimenez - 4 pontos
8º - André Felisberto - 3 pontos
9º - Alberto Haddad - 2 pontos
10º - Ricardo Rocha Carreiro - 1 ponto



7ª Etapa - Interlagos (SP) - 7 de outubro de 2001


O pole position da sétima etapa, realizada no Autódromo José Carlos Pace, foi o piloto José Roberto Ribeiro, que largou bem e manteve a liderança até a quarta volta, quando foi superado por Duda Azevedo. Duda conduziu com segurança seu carro até a vitória, com uma vantagem de mais de dois segundos para o segundo colocado, Marco Terra.


Resultado final:


1º - Eduardo Falsi Azevedo - 27min31s033 - 20 pontos
2º - Marco Terra - 15 pontos
3º - José Roberto Ribeiro - 12 pontos
4º - José Gimenez - 10 pontos
5º - Ricardo Rocha Carreiro - 8 pontos
6º - Diogo Pachenki - 6 pontos
7º - Paulo Machado - 4 pontos
8º - André Felisberto - 3 pontos
9º - Alberto Haddad - 2 pontos
10º - David Marques - 1 ponto



8ª Etapa - Tarumã (RS) - 11 de novembro de 2001


A Fórmula Junior rumou para o Sul, para a disputa da oitava etapa na bela pista de Tarumã. Mostrando boa fase e talento, Diogo Pachenki conquistou a sua segunda vitória na temporada 2001. Pachenki foi seguido de Duda Azevedo e André Felisberto.


Resultado final:


1º - Diogo Pachenki - 20 pontos
2º - Eduardo Falsi Azevedo - 15 pontos
3º - André Felisberto - 12 pontos
4º - Paulo Machado - 10 pontos
5º - Josias de Azevedo Neto - 8 pontos
6º - Alessandro Schuster - 6 pontos



9º - Etapa - Curitiba (PR) - 25 de novembro de 2001


O campeonato de pilotos estava polarizado na briga entre Duda Azevedo e José Roberto Ribeiro, que venceu a nona e penúltima etapa e Curitiba. Seu principal adversário, Duda Azevedo, terminou a corrida em segundo. O título de pilotos seria decidido na última etapa do ano, que também seria disputada no autódromo de Curitiba.


Resultado final:


1º - José Roberto Ribeiro - 20 pontos
2º - Eduardo Falsi Azevedo - 15 pontos
3º - Ricardo Rocha Carneiro - 12 pontos
4º - Diogo Pachenki - 10 pontos
5º - Fernando Tiziano - 8 pontos
6º - Paulo Machado - 6 pontos
7º - Alessandro Schuster - 4 pontos



10ª Etapa - Curitiba (PR) - 16 de dezembro de 2001


Foi uma disputa muito acirrada entre Duda Azevedo e José Roberto Ribeiro, durante todo o ano. E com os resultados da última etapa, disputada em Curitiba, o campeão da temporada 2001 foi o catarinense Duda Azevedo, com apenas um ponto de vantagem para o sul-matogrossense José Roberto Ribeiro, que venceu a prova e marcou a melhor volta, com a marca de 1min29s335 e média de 149,384 Km/h. Duda Azevedo foi constante por toda a temporada, pontuando e todas as etapas e conquistando um total de duas vitórias no ano. Destaque também para o bom resultado e a ótima parte final de temporada de Diogo Pachenki, que finalizou a corrida em segundo e o campeonato de pilotos em terceiro.




O pódio da última etapa, da esquerda para direita: Diogo Pachenki, José Roberto Ribeiro e Eduardo Azevedo




Resultado final:


1º - José Roberto Ribeiro - 15 voltas em 23min31s473 - 20 pontos
2º - Diogo Pachenki - 15 pontos
3º - Eduardo Falsi Azevedo- 12 pontos
4º - Fernando Tiziano - 10 pontos
5º - Ricardo Rocha Carreiro - 8 pontos
6º - Carlos Henrique Moura - 6 pontos
7º - David Marques - 4 pontos
8º - Josias de Azevedo Neto - 3 pontos
9º - William Torres - 2 pontos


Classificação final do campeonato de pilotos:


1º - Eduardo Falsi Azevedo - 128 pontos
2º - José Roberto Ribeiro - 127 pontos
3º - Diogo Pachenki - 102 pontos
4º - Ricardo Rocha Carreiro - 87 pontos
5º - Paulo Machado - 77 pontos
6º - Marco Terra - 74 pontos
7º - David Marques - 37 pontos
8º - José Gimenez - 32 pontos
9º - Fábio DiCola - 31 pontos
10º - André Felisberto - 18 pontos
11º - Fernano Tiziano - 18 pontos
12º - Alessandro Schuster - 14 pontos
13º - Renato Jader David - 10 pontos
14º - Josias de Azevedo Neto - 10 pontos
15º - Bruno Bellei - 6 pontos
16º - Carlos Henrique Moura - 6 pontos
17º - Alberto Haddad - 4 pontos
18º - Willian Torres - 2 pontos



Mais imagens da temporada de 2001:








José Roberto Ribeiro e Eduardo Azevedo, os batalhadores do título de 2001






Eduardo Azevedo














José Roberto Ribeiro e Eduardo Azevedo





Fernando Tiziano






Eduardo Azevedo e o jornalista Américo Teixeira Jr.