quarta-feira, 31 de março de 2021

As 84 Horas da República Argentina no ano 2000

 

O argentino é um grande fanático por automobilismo. Seus campeonatos nacionais são sucesso de público e também de participações, com grids enormes e uma quantidade de categorias de fazer inveja a qualquer confederação de automobilismo. Lá o incentivo fiscal para as montadoras instaladas no país é dado em contrapartida ao investimento feito no esporte a motor. Tal fato ajuda muito a Argentina ter um automobilismo muito profícuo.


Na América do Sul os argentinos foram os pioneiros no esporte. Receberam a Fórmula 1 antes de todos e tinham já na década de 50 um automobilismo bastante evoluído, com muitos equipamentos vindos da Europa. As carreteras e as provas de estrada foram o grande alicerce para que renomados pilotos como Froilán Gonzalez e Juan Manuel Fangio ganhassem o mundo - e fizessem grande sucesso.


Em 1969, os argentinos encararam uma epopéia na Europa, mais precisamente em Nurburgring, ao participar da prova de resistência "84 Horas de Nurburgring" com uma equipe toda nacional e um carro construído e preparado na Argentina, o tão adorado Renault Torino. Toda a preparação ficou a cargo do grande mago Oreste Berta. A competição mobilizou toda a Argentina, que acompanhou os 3 dias e meio de prova pela transmissão de rádio. E o Torino dos nossos "hermanos" não fez feio. Ao contrário, fez frente ao poderio internacional, chegando a liderar boa parte da prova. Uma quebra de escapamento fez o Torino se atrasar e ficar alijado da vitória. Finalizou em quarto, um sabor de vitória para os argentinos.


O Renault Torino em ação no traçado de Nurburgring em 1969



E inspirados nessa corrida, os argentinos criaram no ano 2000 as 84 Horas de República Argentina. Para isso, elegeram o Autódromo Oscar Galvez - sim, o mesmo que abrigou a Fórmula 1 - para a epopéia. A opção de traçado escolhida foi a de número 12, que compreende um trecho de 5,6 quilômetros de um grande anel externo. Qualquer tipo de automóvel seria admitido na corrida, desde que devidamente equipado com os itens de segurança - extintores, bancos, cintos de competição e santoantônio. Grupos de pilotos profissionais e também amadores se entusiasmaram em montar equipes, que tinham que conter pelo menos 4 pilotos titulares e 1 reserva para encarar as 84 horas - 3 dias e meio - de corrida.



O brasileiro Cacá Bueno participou da prova na equipe oficial da Peugeot com o 306 Sedan


Então, entre os dias 23 e 27 de fevereiro de 2000 as 84 Horas de República Argentina foram realizadas. Foi organizada uma largada simbólica em frente ao prédio do Automóvel Clube da Argentina, com a ilustre presença do presidente do país, Fernando de La Rua, além dos fanáticos torcedores - mais de mil pessoas presentes -, na noite do dia 23. De lá, os competidores partiram para o Autódromo Oscar Galvez para o início das disputas.




O traçado número 12 do circuito Oscar Galvez, o palco das 84 Horas da República Argentina



Grandes pilotos do automobilismo argentino participaram: Ernesto "Tito" Bessone, Juan Maria Traverso, Oscar "Poppi" Larrauri, a família Di Palma, Oswaldo "Cocho" Lopez, Emiliano Spataro, Luis Soppelsa e muitos outros. Alguns pilotos tiraram o capacete do armário e deixaram a "aposentadoria" e lado, como Cacho Franco, Angel Monguzzi, Alfredo Pisandelli e outros. E não podia faltar brasileiro: o jovem Cacá Bueno, que era contratado da Peugeot Argentina - foi campeão do Superturismo Sudam em 1999 - participaria da prova com um dos Peugeot 306 Sedan inscritos.


A movimentação antes da maratona



Como foi dito anteriormente, qualquer tipo de veículo era aceito na corrida. Dessa forma, uma gama variada de modelos tomou parte da prova, como por exemplo um Fiat 600, um Peugeot 403 fabricado no longíquo 1951 e um Torino semelhante ao que disputou as 84 Horas de Nurburgring em 1969. Entre os carros mais novos, foram inscritos Audi A3, Peugeot 306 sedan, Volkswagen Gol e Gacel (o nosso Voyage de primeira geração), Toyota Corona, Daewoo Nubira, Hyundai Elantra, Chevrolet Corsa, Mercedes Classe A190, Fiat Uno, Alfa-Romeo 156 e muitos outros, criando uma curiosa miscelânia no traçado do Oscar Galvez. A maioria optou por motores movidos à diesel, por conta do baixo consumo que exigiria menos paradas de boxes.


Após 3 dias e meio de maratona, a vitória ficou com o Audi A3 da tripulação formada por Ernesto "Tito" Bessone, Negro Monguzzi, Daniel Mustafá e Luis Soppelsa. Segundo a equipe, a chave da vitória foi o ritmo constante de corrida, que fez com que o equipamento não sofresse as constantes trocas de pilotos ao longo das 84 horas de prova. Infelizmente, nunca mais repetiram esta corrida, que ficou marcada no automobilismo argentino e ao passado completou 20 anos de realização.


O Audi A3 dos vencedores






Toyota Corona








Hyundai Elantra





Daewoo Nubira















Volkswagen Gacel, o nosso Voyage de primeira geração








O clássico e consagrado Renault Torino


Ensaio Fotográfico - Jaguar E-Type SI Cut-7

 

Este belíssimo exemplar das fotos teve o seu auge nas pistas na década de 60. Em 1962, venceu provas importantes em Silverstone, Mallory Park, Snetterton e Crystal Palace, levando a taça de campeão britânico do Campeonato Nacional de Carros Esportivos de Produção na categoria acima de 3 litros.


O E-Type notabilizou-se pela beleza, sendo que levou de ninguém mais, ninguém menos do que Enzo Ferrari o título de carro mais belo já produzido, assim que o Comentador viu o Jaguar na sua frente. De fato, a beleza e leveza de suas linhas o levaram a receber diversos reconhecimentos de design automotivo.


Confira toda essa beleza e elegância nas fotos abaixo, clique para ampliar.

















segunda-feira, 29 de março de 2021

Ensaio Fotográfico - Ford Capri RS 2600 1973

 

Voltamos no blog com a série "Ensaio Fotográfico" com este belíssimo exemplar de um Ford Capri RS 2600 ano 1973. O Capri foi amplamente utilizado nos anos 70 em diversas categorias, como por exemplo no Grupo 5, provas de longa duração e também em algumas edições das 24 Horas de Le Mans.


O Capri RS 2600 era equipado com uma caixa de câmbio ZF de cinco marchas. O motor é um V6 Weslake que debita 330 cavalos de potência e tração traseira. As belas rodas são de aro 16 polegadas. O tanque especial de competição tem capacidade de 80 litros.


Clique nas fotos para ampliar e apreciar a beleza deste belo cupê.





















sexta-feira, 19 de março de 2021

Leilão de carros de corrida nacionais

 

Nas andanças pela Internet encontrei disponíveis em um site de leilões uma série de carros de corrida nacionais históricos. Ao olhar os modelos, logo identifiquei tratar-se de exemplares do Museu JORM, que ao que me parece, está sendo desmobilizado. O acervo deles tem carros originais mas também algumas reproduções de carros da Divisão 3, Stock Car e até um Fórmula Ford - chassi JQ Reynard que estão disponíveis para realização de lances que estão com valores iniciais baixos. Não sou um profundo entendedor de leilões, mas acredito que estes valores irão subir de acordo com os lances dados pelos interessados.


Como curiosidade, eu vi alguns destes carros expostos na primeira etapa da Stock Car Brasil do ano de 2014, em Interlagos. Foi a prova de duplas que o Felipe Fraga venceu a corrida de estreia da carreira, em dupla com Rodrigo Sperafico. E para quem ficou interessado no leilão, o site é: https://www.superbid.net/.


Bem, vamos ao que interessa: os carros que estão disponíveis para serem leiloados:



Chevrolet Omega Stock Car - Categoria B - Piloto Carlos Cunha

Omega que pertenceu ao piloto Carlos Cunha. Disputou a Stock Car Brasil no final da década de 90.

Lance inicial: R$ 28 mil.








Chevrolet Opala Cupê - Divisão 3 - Piloto Pedro Victor De Lamare

Réplica do Opala Divisão 3 da década de 70, de Pedro Victor De Lamare. Carro possui o autógrafo do piloto.

Lance inicial: R$ 20 mil.








Chevrolet Opala Cupê - Divisão 3 - Piloto Pedro Victor De Lamare

Réplica do Opala Divisão 3 da década de 70, de Pedro Victor De Lamare.

Lance inicial: R$ 35 mil.









Fórmula Ford - Chassi JQ Reynard - Equipe Blaupunkt

Lance inicial: R$ 12 mil.










Chevrolet Opala Stock Car 1991 - pilotos Ingo Hoffmann / Angelo Giombelli

Carro campeão da Stock Car Brasil nos anos de 1990 e 1991. Carro autografado por Ingo Hoffmann.
Lance inicial: R$ 25 mil.










Simca Chambord caracterizada Janda #44

Lance inicial: R$ 35 mil.











Chevrolet Omega Stock Car 1999 - piloto Chico Serra

Réplica do Omega campeão da temporada de 1999 da Stock Car Brasil com Chico Serra.
Lance inicial: R$ 28 mil.









Chevrolet Opala 4 portas - Piloto Pedro Victor De Lamare

Réplica do Opala de Pedro Victor De Lamare, da década de 70.
Lance inicial: R$ 20 mil.










Chevrolet Opala Divisão 3 #97

Opala caracterizado como Divisão 3 da década de 70.
Lance inicial: R$ 23 mil.











Chevrolet Opala Stock Car 1986 - Piloto Marcos Gracia

Opala Stock Car réplica do carro campeão de 1986 com o piloto Marcos Gracia.
Lance inicial: 23 mil.










Chevrolet Opala Stock Car 1984 - Piloto Paulo Gomes

Opala campeão da Stock Car Brasil em 1984 com Paulo Gomes. Carro autografado pelo piloto.
Lance inicial: R$ 26 mil.











Chevrolet Opala Stock Paulista 1991

Opala campeão da Stock Paulista no ano de 1991.
Lance inicial: R$ 10 mil.










Chevrolet Vectra Stock Car 2.000 - Piloto Chico Serra

Bolha caracterizada como o carro campeão da temporada 2.000 com Chico Serra.
Lance inicial: 28 mil.










Chevrolet Opala Stock Car 1991 - piloto Wilson Fittipaldi Jr.

Carro da Stock Car Brasil da temporada de 1991. Carro autografado pelo piloto.
Lance inicial: R$ 35 mil.







Chevrolet Opala Stock Car 1987 - piloto Zea Giaffone

Carro campeão da Stock Car Brasil no ano de 1987 com o piloto Zeca Giaffone. Carro autografado pelo piloto. Carroceria Caio/Hidroplas.
Lance inicial: R$ 26 mil.