Volkswagen e Ford fizeram a mais famosa Joint Venture da indústria nacional brasileira. Em 1987, elas se associaram e criaram a Autolatina, compartilhando tecnologias e produtos até 1997. A Ford, por exemplo, forneceu seus motores CHT 1.6, para utilização na família Bx da Volkswagen (Gol, Saveiro, Voyage e Parati) e a Volks em contrapartida cedeu sua linha de motores AP 1.6, 1.8 e 2.0, que equiparam o Escort, Pampa, Del Rey e Belina. Mas não eram apenas os propulsores que eram compartilhados. Da plataforma do Escort, foram feitos inicialmente dois modelos cupês duas portas, de três volumes: do lado da Ford o Verona, com acabamento luxuoso, e da Volks o Apollo, com apelo mais esportivo. Ambos não empolgaram o público e tiveram índices baixos de vendas.
Ao mesmo tempo, a plataforma do sedã Santana e da perua Quantum serviram para a Ford criar o Versailes e a Perua Royalle, realmente muito parecidos. O que diferenciava uma marca da outra eram os conjuntos óticos dianteiros e traseiros e, de novo, o acabamento requintado da Ford, principalmente nas versões Ghia.
Mais tarde, em 1993, a plataforma do Escort serviria para a Volkswagem criar dois modelos: o Logus, um cupê três volumes de duas portas e o Pointer, um notchback quatro portas. Estes seriam os últimos produtos da Autolatina. E é do Logus que falaremos neste post. Mais precisamente da série especial Wolfsburg, que foi lançada dois anos depois, em 1995 e descontinuada em 1997, com o fim da parceira entre as duas marcas.
O Logus, inicialmente era oferecido em três versões: a básica CL, a intermediária GL e a top de linha GLS, muito bem equipada, e os motores eram o CHT 1.6 e o ótimo AP 1.8. Mais tarde, a versão GLS seria oferecida com o AP 2.0 com injeção eletrônica.
O nome Wolfsburg foi dado em homenagem à cidade onde fica a fábrica matriz, na Alemanha. Ao contrário da maioria das edições especiais, que só recebem melhorias no acabamento e no visual, o Logus Wolfsburg trazia o motor AP 2.0 com alguns aprimoramentos, que entregavam 120 cavalos de potência na versão a gasolina e 123 com álcool. O motor com certeza era um dos atrativos do carro.
O pacote de equipamentos era recheado. Vinha com rodas de liga leve exclusivas, de 14 polegadas, ar condicionado, trio elétrico, o conjunto de ótimos faróis dianteiros de longo alcance do irmão Pointer e luzes de neblina no pára-choque dianteiro, além de regulagem de altura do banco do motorista. Internamente, o que chamava a atenção era o acabamento dos estofados e revestimentos, todos em veludo de excelente qualidade. A pintura era oferecida em tons perolizados. Outro ponto que agradavam os motoristas era o amplo espaço no porta-malas, que oferecia 428 litros de capacidade, segundo dados da revista Quatro Rodas, de 1993.
Hoje é difícil encontrar um Logus Wolfsburg em bom estado de conservação. Semanas atrás vi um parado em um semáforo. Era cinza prata e estava em excelente estado de conservação, completamente original, sem a descaracterização que alguns proprietários insistem em fazer. Um bravo sobrevivente de um carro que nasceu e morreu cedo, graças ao fim da parceria que o fez surgir.
Bem meus amigos, este foi o primeiro post de uma série que começa hoje, entitulada "Meus nacionais preferidos". A minha lista tem modelos como, por exemplo, Gol GTI, Vectra GSI, Tempra Turbo 2p, Parati GLS, Verona Ghia, Uno Turbo, Ka XR 1.6 e Pointer GTI. Deixe você também sua lista de seus nacionais prediletos nos comentários.
tenho um e quero deixar o mais original e top possível, se for alterar será para colocar os extras de outras linhas Logus, o meu é prata e linha Wolfsburg, só me traz alegrias e elogios, não troco por nenhum novo de hoje, quero um Civic agora, mas este WOB vai ficar comigo....
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