sábado, 21 de junho de 2014

Meus nacionais preferidos – Chevrolet Corsa GSi


Na primeira metade da década de 90 o brasileiro vivenciou a chegada no mercado de diversos lançamentos de carros classificados como “populares”. A redução na alíquota de imposto para modelos com motorização abaixo de mil cilindradas foi o estopim para o movimento das fábricas em direção a novos produtos voltados para este segmento.

A pioneira foi a Fiat, que botou um motor “mil” no Uno e lançou o consagrado Mille. Na esteira, chegaram o Gol 1000, Chevette Junior, Escort Hobby e o mais moderno da turma: o Chevrolet Corsa. O modelo da GM trazia da Europa o conceito de “city car”, ou carro para uso na cidade. Pequeno em tamanho, bom espaço interno, desenho e motorização modernos, o carro foi uma das principais apostas da marca da gravata aqui no país, na década de 90.




E foi uma boa aposta. O carro cativou o público e os índices de vendas aumentaram a cada ano. O Corsa tornou-se o que pode ser chamado de “o carro da moda”.



Nessa época, as fábricas nacionais ainda desenvolviam e lançavam modelos com proposta e desempenho esportivo. E com o Corsa não foi diferente. Em 1995, a General Motors do Brasil lançava a versão GSi, que logo lançou-se no embate pelo mercado fronte a modelos como o consagrado Gol GTi e o apimentado Uno Turbo. Estes eram os “hot hatches” brasileiros na metade da década de 90.

O GSi era empurrado por um motor de 1,6 litros de deslocamento, que rendia 109 cavalos de potência. O bloco tinha cabeçote de 4 válvulas por cilindro e levava o pequeno Corsa a 195 Km/h,  fazendo de 0 a 100 Km/h em pouco mais de 9 segundos. Um bom desempenho para um motor de 1.600 cm³.

Por falar em desempenho, o pequenino esportivo não fazia tão feio. Nos testes realizados pela revista Quatro Rodas em outubro de 1994,o hatch atingiu 193,2 Km/h e passou a ser o líder em aderência no ranking dos carros nacionais da época, com 0,92g de aceleração lateral, creditada pelos jornalistas da revista à nova calibragem da suspensão.




Externamente, o Corsa GSi caprichava no estilo: aerofólio traseiro, spoilers laterais, rodas de liga leve de desenho esportivo e defletor no pára-choque dianteiro. No pacote de equipamentos, o esportivo trazia bancos com tecido exclusivo e encostos de cabeça vazados, banco do motorista com regulagem de altura, volante de desenho e empunhadura esportiva, painel com instrumentação completa, além de ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores de comando elétrico e podia vir equipado opcionalmente com teto solar.


O Corsa GSi foi o último esportivo genuíno da General Motors do Brasil. Até hoje, tem fãs que reverenciam o desempenho e o estilo do pequeno “hot hatch”, que de vez em quando pode ser visto nas ruas, com sua desenvoltura e o característico ronco grave do escape.



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