segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Kartódromo Ayrton Senna - uma madrugada decepcionante

Muito bem meus amigos. Chegamos à última corrida de 2009. No Kartódromo Municipal Ayrton Senna, disputamos a derradeira prova de um ano movimentado pelos "kartódromos da vida", como diz Reginaldo. E o que era para ser uma festa, com grid cheio e clima de confraternização, tornou-se uma decepção com os organizadores do kart de aluguel Premium Kart.

Choveu praticamente o sábado inteiro e ao chegarmos à pista encontramos um asfalto muito sujo, repleto de brita e lama trazidos dos karts que iam escapando por toda à noite. As baterias atrasaram e fomos correr 2 horas da manhã. Até aí, todos estes elementos já seriam suficientes para a reclamação de nós, consumidores que pagamos (e não pagamos pouco: R$ 85,00) para correr.


Na hora de irmos para os karts, a surpresa. Não teria lastro. Havíamos avisado diversas vezes, com antecedência, para os orgnizadores, que nossa bateria seria de karts lastreados. Porém, por conta da pressa em encerrar as atividades, já na madrugada, dificultaram as coisas e negaram-se a colocar os pesos nos karts. Não tínhamos culpa do atraso anterior, pagamos todos antecipadamente e exigiríamos o serviço prestado de forma completa. Infelizmente não foi isso que aconteceu.


Para piorar ainda mais a situação, os macacões fornecidos estavam molhados, pois já tinham sido utilizados por pilotos das baterias anteriores. Ou seja: não tinha macacão suficiente para todos. Como é obrigatório correr de macacão, os pilotos tiveram de se sujeitar a correr com roupas sujas e molhadas. Os capacetes fornecidos pela organização também estão sem nenhuma condição de serem utilizados. Suas viseiras já deveriam ter sido trocadas há tempos, pois estão foscas e riscadas, aumentando o perigo de um acidente por falta de visibilidade. Outro grande problema foram os karts em péssimo estado, por conta das batidas na hora da chuva.


Para fechar a "noite dos problemas", a pista estava suja em demasia. Não custava nada reunir os fiscais de pista, interrompendo as baterias por volta de uns vinte minutos e, munidos de algumas vassouras, devolver as britas para a área de escape. Estava muito perigoso e alguém poderia se machucar seriamente se algum pedrisco voasse no olho de alguém. Na pressa em liberar os karts para a pista, derramaram gasolina na perna de Reginaldo, no momento do reabastecimento.


Bem, vamos aos fatos desportivos, que são os que nos interessam aqui. Consegui pegar um excelente kart, muito bom de motor e cravei a pole position, na casa dos 54 segundos. Na segunda posição, a surpresa da noite: Márcio, que depois de uma longa ausência, voltava cheio de apetite e com um excelente desempenho. Na terceira posição, largava Reginaldo, confirmando a boa fase (mesmo sem o lastro, fato que ajudava os "magrelos" como eu, Marcio e Luis Henrique). Na quarta posição, largava Luis. Romnei, que voltava após um longo tempo (um ano de ausência nas pistas), por conta de uma séria lesão no ombro, largava mais atrás. Tarcísio, que trocara de kart na classificação, sairia em penúltimo. A ausência sentida era a de Eduardo Moro, que se acidentou na etapa de novembro da Amika, na Granja Viana e teve uma luxação nas costelas. Foi proibido pelo médico de correr, pelo menos por um tempo. Como diria Edgard Mello Filho, "ficou vendo a corrida do estaleiro".


Na largada, Marcio pula na frente, me deixando em segundo. Luis vem escoltando em terceiro e Reginaldo atrás em quarto. Marcio liderou a primeira volta até a freada da reta oposta. Como meu motorzinho estava "cheio de saúde", emparelhei com Márcio e atrasei a freada. Quando ele olhou para a direita, já estava com o kart lado a lado. Não deu tempo dele voltar e reassumi a ponta. Como conseguia virar quase um segundo por volta (fiz a melhor volta na casa dos 53 segundos, melhorando o tempo da pole), abri uma boa vantagem para o restante do pelotão.


Pouco depois, para completar a noite trágica, Reginaldo levou um "chega pra lá" de um outro piloto, no meio da reta. O cara simplesmente jogou o kart para direita, acertando a lateral do kart de Reginaldo. Ele tentou consertar, mas entrou com tudo, de traseira nos pneus. Terminou inteiro nas telas de proteção, no meio do barro. Perdeu muito tempo para voltar à pista e deu adeus a qualquer chance de galgar uma boa posição na prova. Foi uma corrida para Reginaldo definitivamente esquecer. Deu tudo errado!


Depois de 20 minutos, venci a prova, além de fazer a melhor volta e largar na pole position. O Kart ajudou, a falta do lastro também e consegui negociar bem as ultrapassagens com os retardatários. Foi uma noite perfeita! Em terceiro, em seu primeiro pódio, chegou Marcio, que pilotou como nunca antes havíamos visto. Parabéns pela evolução, e esperamos que participe mais das corridas. Em quarto chegou Tarcísio, que não conseguiu se acertar com o equipamento. Mais atrás chegaram Luis Henrique, Romnei e Reginaldo.


Bem meus amigos. Espero que tenham gostado das corridas deste ano, posso garantir a vocês que tentamos, eu, Reginaldo, Tarcísio e também com o apoio do Eduardo Moro, organizar da melhor forma e incentivar todos vocês a compartilharem conosco esta paixão, esta doença boa que é o gosto pela velocidade e pelo automobilismo. Prometemos um 2010 repleto de corridas, e já em janeiro estaremos em Itu, interior de São Paulo, para a primeira corrida do ano, no veloz Kartódromo Arena Schinchariol.


Reginaldo formalizou uma reclamação ao SAC do Kart Premium Interlagos, empresa organizadora das baterias de aluguel no kartódromo Ayrton Senna, à respeito dos episódios lamentáveis de sábado. Esperamos que esta reclamação seja devidamente respondida e que as lições sejam aprendidas, que tenhamos a devida e merecida atenção, como consumidores, acima de tudo, que somos.

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