domingo, 29 de dezembro de 2013
Kart Cross em Minas Gerais
Vem de Reginaldo Pereira uma dos relatos mais legais deste ano. Ele descobriu em Carmópolis de Minas (MG), cidade onde passou a morar neste ano, uma pista de Kart Cross de aluguel. O nosso intrépido piloto encarou o desafio neste fim de semana e, via Facebook, nos contou a experiência, inclusive com fotos ilustrativas:
"O Kart tem quatro marchas sequenciais, motor Honda de 125cc, sensacional!!! o Record da pista é 0,35s, fiz 0,38s, por causa da chuva que deixou a pista barrenta".
E mais:
"Devido a chuva a pista teve pontos de alagamento o que ocasionou muito barro. Peguei a dica dos mecânicos para reduzir sempre uma marcha antes de entrar no barro assim o Kart traciona mais, da uma sambada você segura o bicho no braço e continua sem perder tempo nem tração. O câmbio é seqüencial e a embreagem é na própria alavanca de troca. O volante tem uma folga proposital ´porque dá muitos solavancos. Caso não não houvesse a folga o risco de quebrarmos as mãos seria grande. O Kart é mais alto e tem amortecedores nos eixos. A pilotagem é mais brusca que suave. Adorei."
domingo, 8 de dezembro de 2013
Meus nacionais preferidos - Volkswagen Voyage Sport 1.8/S
A família de modelos denominada BX, da Volkswagen, foi um dos grandes casos de sucesso da nossa indústria automobilística. Primeiramente com o Gol, criado para substituir o aclamado Fusca e depois com seus derivados Saveiro (picape), Parati (perua) e Voyage (sedan), a família BX, graças principalmente à motorização AP (alta performance) 1.6, 1.8 e 2.0 litros consolidou junto ao consumidor brasileiro o famoso slogan da propaganda "você conhece, você confia".
O Voyage surgiu em 1981 e teve ótima aceitação do público. Seu desenho moderno, motorização 1.5 litros de refrigeração líquida oriunda do Passat e o bom espaço no porta-malas ajudaram na sua popularidade. Chegou a ser vendido nos Estados Unidos e Canadá, juntamente com a Parati, com a alcunha de Fox, nome posteriormente reutilizado pela filial brasileira, como todos bem sabem.
Foi em 1993, já na segunda reestilização, que o sedan ganhou a sua versão mais esportiva e completa: a Sport 1.8/S. O modelo vinha recheado de bons equipamentos, visual esportivo e seu principal trunfo era o motor de 1.8 litros, que equipava o Gol GTS. Este motor era equipado com um comando de válvulas mais "brabo" e carburação retrabalhada, o que trazia ganho em performance: 105 cavalos.
E a esportividade não se restringia apenas ao plano mecânico. Externamente, o Sport trazia párachoques e retrovisores pintados na cor do carro, faróis de neblina, lanternas traseiras escurecidas, pára-brisa degradê e frisos estilizados. As rodas em liga leve BBS, em aro 14 davam o toque definitivo ao visual muito agradável.
Internamente, a exclusividade continua. Começamos pelos belíssimos e funcionais bancos Recaro, em tecido exclusivo e encostos de cabeça dianteiros vazados. Retrovisores, travas e vidros eram elétricos e ar-condicionado e direção hidráulica fechavam o excelente pacote de equipamentos. Destaque para o clássico volante de quatro raios e as quatro "bolinhas" de acionamento da buzina, além do painel chamado de "satélite", com os comandos de lanterna, pisca-pisca e desembaçador em botões laterais.
A versão Sport durou apenas três anos e em 1995 terminava a produção regular do sedan. Nessa altura, seu irmão principal, o Gol, já havia mudado de carroceria. No lugar do Voyage, a Volkswagen trouxe o Polo Classic, primo próximo do Seat Córdoba. O brasileiro voltaria a ver o Voyage nas ruas em 2009, quando a Volkswagen recriou o sedan a partir da última geração do Gol. Mas toda a aura e carisma do primeiro modelo já havia ficado no passado.
Meus nacionais preferidos - Fiat Brava HGT
No início dos anos 2000, a Fiat brasileira consolidava-se no mercado brasileiro de automóveis e ganhava significativa participação frente às concorrentes aqui instaladas. Tecnologia e diversidade de modelos disponíveis eram as principais palavras de ordem da filial italiana.
A linha Palio / Siena / Strada / Palio Weekend era o carro chefe da montadora. Modelos como o Palio Citymatic (talvez a primeira iniciativa de câmbio automatizado no mercado brasileiro), Strada e Weekend Adventure (segmento de aventureiros urbanos estreado pela Fiat e depois copiado pelas demais montadoras), Siena e Weekend 6 marchas eram novidades que aos poucos fidelizavam o consumidor.
Uma categoria acima, a Fiat disponibilizava ao público o sedã Marea, a perua Marea Weekend (em substituição ao Tempra e a perua Station Wagon) e o Brava (em substituição ao Tipo), um notch back cinco portas, com apelo esportivo graças principalmente ao seu desenho agressivo. Para consolidar essa proposta e cativar ainda mais o público jovem, a montadora lançou a versão HGT (de High Gran Turismo), de motorização 1.8 litros e 4 válvulas por cilindro. A cor vermelha, bem forte e característica, tornou-se oficial para este modelo.
O motor rendia 132 cavalos e, segundo o teste da revista Quatro Rodas da época, a velocidade máxima aferida foi de 191 Km/h. A aceleração de 0 a 100 Km/h foi alcançada em 11s04. Um desempenho modesto para uma proposta mais esportiva.
De série, o HGT disponibilizava ar-condicionado, CD-Player, direção hidráulica, vidros, retrovisores e travas elétricas e regulagem da direção. Como opcionais, o modelo poderia vir equipado com ABS, air-bag duplo dianteiro, alarme e o interessante teto solar.
Mas era o design o principal atrativo do modelo. Linhas arredondadas e agressivas, farois afinados, lanternas traseiras incomuns e um aerofólio bonito cativavam o comprador. Internamente, o desenho do painel acompanhava a ousadia do interior e os instrumentos tinham fundo branco. Os bancos, na versão esportiva, vinham com um tecido especial em veludo. Para fechar, o modelo vinha equipado com rodas exclusivas de liga leve, em aro 15.
O Brava deixou de ser produzido em 2003, após 4 anos no mercado. A Fiat passava a produzir aqui o Stilo, assim como na Europa. O novo modelo também seguia a mesma receita: 5 portas e apelo esportivo, com direcionamento ao público jovem, porém, com a carroceria hatch-back. Versões esportivas, como a Sporting, Schumacher, Abarth e Black Motion seguiram a linhagem da versão HGT do Brava e melhoraram a proposta esportiva da marca no país, em continuação com a missão de sempre disponibilizar modelos diferenciados.
sábado, 7 de dezembro de 2013
Paul Walker e a discussão sobre as corridas de rua
Hoje faz uma semana que o ator estadunidense Paul Walker, de 40 anos, morreu em um acidente de carro nas ruas da Califórnia. Ele era passageiro no raro Porsche Carrera GT vermelho de seu colega, o piloto Roger Rodas. O carro em alta velocidade despistou-se e acertou um poste e uma árvore. Logo após, foi tomado pelo fogo.
Relutei em escrever sobre este triste fato, muito por conta de alguns fatores. Gostava da franquia Velozes e Furiosos, onde Walker era o agente Brian O´Conner e claro, fiquei muito triste pela sua morte. Porém, depois da segunda sequência da série, na minha opinião os filmes perderam a finalidade principal, que eram os carros como protagonistas.
Outro fator é que corridas na rua, para mim, devem ficar no plano da ficção, do cinema (como no caso de Velozes e Furiosos, 60 Segundos e por aí vai). Lugar de correr é na pista, onde tudo que existe é feito em prol da segurança. E ainda sim, automobilismo é esporte de risco, mesmo sendo praticado da forma mais segura. Óbvio que no acidente em que Walker morreu, a velocidade era alta, em um local inapropriado para tanto.
A sétima película da série estava em gravação quando Walker faleceu. Eles estavam em uma pausa para embarcar em direção ao oriente médio, para filmar o restante da sequência. O fato é que a franquia, sem o agente Brian O`Conner, nunca mais será a mesma.
domingo, 24 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Do fundo do Baú - 500 Milhas da Granja Viana 2002
Voltamos a novembro de 2002 (há 11 anos, portanto). Era uma tarde quente e de muito sol, quando, a bordo do Fiat Tipo do Reginaldo Pereira, tomamos o caminho do Kartódromo Internacional da Granja Viana, através da Rodovia Raposo Tavares, para acompanhar as 500 Milhas de Kart. Os passes de visitação estavam em mãos, além da câmera filmadora que, na época, gravava em fita de vídeo.
Chegamos no kartódromo e logo seguimos para os boxes. Com a visitação aberta, pudemos acompanhar o trabalho dos mecânicos junto aos micro-monopostos e também a movimentação dos pilotos. Aliás, nas 500 Milhas da Granja participam os principais pilotos brasileiros, que disputam as melhores categorias do automobilismo nacional e internacional.
Naquela edição, como em outras, estavam presentes Christian Fittipaldi, Tony Kanaan, Felipe Massa, Felipe Giaffone, Cacá Bueno, e Rubens Barrichello. Aliás, Rubinho foi até a mureta dos boxes e gentilmente nos cumprimentou. Foi mais solicito ainda e autografou a camiseta vermelha e branca de motociclismo (patrocínio da Lucky Strike) do Reginaldo. Ele ainda tem esta camiseta com o autógrafo até hoje.
Terminado o período de visitação, fomos comer um "sanduba" e nos preparar para a largada, que foi dada à meia-noite e em estilo Le Mans (pilotos de pé do lado oposto da pista; quando é dado o sinal, eles correm em direção aos karts e largam).
Acompanhamos a prova nas arquibancadas após a reta principal. Foi possível ver as incríveis "tocadas" de Barrichello, Kanaan e de uma menina chamada Bia Figueiredo, que como todos sabem, seria muito conhecida anos depois no automobilismo mundial.
Varamos madrugada adentro, felizes, acompanhando a prova. Por volta das 4 da manhã, o cansaço falou mais alto e fomos embora. Mas sem dúvida foi uma tarde, noite e madrugada muito especiais, que guardamos para sempre em nossas memórias.
As fotos abaixo foram retiradas na época de um site especializado e nelas aparecemos em algumas situações diferentes. Muito legal!
Eu na frente, Reginaldo atrás de mim, com a famosa camiseta da Lucky Strike, andando pelo pit-lane
Da esquerda para direita, Giaffone, Kanaan e Massa (de óculos), e a minha cabeça lá no fundo
Trabalho rolando solto nos boxes. Lá atrás, eu de costas olhando a pista e Reginaldo olhando para baixo
Barrichello dando entrevista e eu lá atrás, com um sorriso no rosto
sábado, 16 de novembro de 2013
Meus nacionais preferidos: Fiat Tempra Turbo
"É tempo de Tempra". Esse era o jargão da propaganda do mais novo lançamento da Fiat Automóveis brasileira, em 1992. O modelo luxuoso chegava para concorrer diretamente no mercado nacional contra modelos como Chevrolet Omega, também recém lançado pela General Motors Brasil, Volkswagen Santana e Ford Versailles (este último, fruto da joint-venture da Ford com a Volkswagen, a Autolatina, ou seja, um Santana modificado).
O governo Collor havia liberado as importações de modelos estrangeiros um ano antes, o que fez movimentar o mercado de autos no país. As fábricas aqui instaladas precisavam buscar novidades para fazer frente à nova concorrência.
E a Fiat brasileira foi buscar na Itália seu trunfo. O Tempra era o modelo que a filial brasileira precisava. Aliava esportividade com o luxo e conforto de um sedã médio, em um nicho de mercado que crescia por aqui nessa época. Como curiosidade, é também nessa época que começa a "cair por terra" o mito de que carro de quatro portas era inseguro, ruim. O gosto do brasileiro começava a mudar.
O Tempra caiu "de cara" nas graças do brasileiro. Inicialmente disponível nas versões Ouro (mais requintada) e a básica, em duas e quatro portas, o modelo disponibilizava a motorização 2.0 de 4 cilindros e duplo comando de válvulas no cabeçote. Pelos testes da revista Quatro Rodas em 1992, o alcançou os 100 Km/h em 12s87 e a velocidade máxima foi de 167 Km/h. No quesito equipamentos, o modelo entregava ao consumidor trio elétrico, rodas de liga leve, acabamento luxuoso e coluna de direção ajustável.
Mas em 1994 chegaria ao mercado o modelo que é o mote desta postagem, a versão esportiva Tempra Turbo. A principal atração do carro, logo no seu lançamento, era o título de carro mais veloz do país. O modelo, graças à nova motorização turboalimentada de 165 cavalos, ultrapassava os 212 Km/h.
Na versão cupê duas portas, o Tempra Turbo aliava esportividade com uma boa gama de equipamentos a bordo. Check Control e computador de bordo de última geração na época eram os principais atrativos do modelo, que também podia vir equipado com ar-condicionado com controle eletrônico de climatização, CD-Player com capacidade para até seis discos, além de freios ABS e couro nos bancos.
O desempenho do modelo de fato era o destaque. O turbocompressor de fábrica era novidade por estas bandas. Com 0,75 bar de pressão, o motor utilizava uma turbina Garret. O fôlego era demonstrado na aceleração de 0 a 100 Km/h. Pelos testes da Quatro Rodas de maio de 1994, o modelo chegava aos 100 Km/h em 8s2.
Como a palavra de ordem do novo modelo era esportividade, a Fiat oferecia ao comprador do exclusivo modelo um curso de pilotagem de um dia no autódromo de Interlagos, para que o feliz proprietário aprendesse a utilizar de forma plena toda a potencialidade do carro. A condução do curso era por conta de Fabio Grecco, filho do lendário chefe de equipe Luiz Antonio Grecco.
O Tempra, em sua versão normal, foi produzido até meados de 1998, sendo substituído pelo modelo que também tomou seu lugar na Europa, o Marea, que também continuaria a linhagem de esportividade utilizando o turbocompressor de fábrica, porém, utilizando um motor de 5 cilindros e com mais de 180 cavalos de potência.
O Tempra Turbo, juntamente com o primo menor Uno Turbo, lançado quase que simultaneamente, foram os responsáveis por abrir as portas no mercado nacional a modelos originais de fábrica com motorização equipada com sobrealimentação. O que chancelava a possibilidade de ter um carro turbo aliando esportividade e confiabilidade.
DRS (um abraço pro Regi) - Jazz a Três
Ainda pelas bandas de Minas Gerais, um trio alia boa música e a paixão pela velocidade. O grupo Jazz a Três, formado por Ivan Resende (Guitarra), Anderson Araújo (Baixo) e Felipe Amorim (Bateria) criou a melodia DRS (um abraço pro Regi), cheia de referências a som de motores além de uma justa homenagem a Reginaldo Leme, jornalista e comentarista de automobilismo da Rede Globo. No videoclipe da música (abaixo), aparecem diversas imagens de Reginaldo, de várias fases da sua brilhante carreira
Como curiosidade, no final da baixa, há um solo de guitarra que remete ao "Tema da Vitória", momento em que no vídeo aparecem imagens dos campeões mundiais brasileiros. O som é de excelente qualidade.
Ao ver o vídeo e ouvir a música do Jazz a Três, lembrei na hora do também trio de música instrumental carioca Azymuth e de Marcos Valle, que criaram a faixa "Azymuth" para o documentário "O Fabuloso Fittipaldi", de Roberto Farias e Hector Babenco (abaixo).
Antigos em Itaguara (MG)
Sempre é bom ver autos antigos em ótimo estado, andando e em exposição para mostrar um pouco da história do automóvel. Nosso "correspondente" Reginaldo Pereira, direto da cidade de Itaguara, interior de Minas Gerais, clicou antigos em exposição, cliques que seguem neste post. Destaque para vários Pumas presentes no local. Obrigado pela lembrança, Regi!
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Massa na Williams, Perez fora da McLaren (será?) e Márquez campeão da MotoGP
Hoje confirmou-se a notícia levantada pelo jornalista Américo Teixeira Jr. há semanas atrás. Felipe Massa pilota para a Williams em 2014, tendo como companheiro o finlandês Valteri Bottas. O brasileiro vai para a equipe inglesa com a esperança de levar o time de volta ao topo da Fórmula 1. Para isso, contará com o motor Mercedes e um time renovado de técnicos e engenheiros. Desde quando tinha como pilotos Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya e a BMW como parceira e fornecedora de motores, a Williams padece de resultados consistentes e convincentes.
Ainda no assunto Fórmula 1, foi ventilada pela imprensa inglesa hoje a possibilidade da McLaren dispensar os serviços do mexicano Sergio Pérez em detrimento da juventude do dinamarquês Kevin Magnussen, que foi campeão da World Series by Renault nesse ano.
O sobrenome é famoso. Seu pai, Jan Magnussen, foi campeão da Fórmula 3 Inglesa em 1994, detonando o recorde de vitórias de ninguém menos que Ayrton Senna. Foi piloto de testes da McLaren, pilotou para a AMG-Mercedes-Benz no DTM (Campeonato Alemão de Turismo) e foi companheiro de equipe de Rubens Barrichello na equipe Stewart de Fórmula 1.
Resta saber se a McLaren trocará a grana mexicana que acompanha Pérez pelo talento pujante de Magnussen, em que pese o time inglês não ter disponibilizado ao mexicano um carro que lhe desse condições de resultados melhores em 2013.
Na MotoGP, ontem presenciamos um dia histórico. Marc Marquéz, 20 anos, sagrou-se o mais jovem campeão da categoria máxima do motociclismo de velocidade mundial. Marquéz desbancou os excelentes Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo, esbanjando arrojo, agressividade e velocidade.
Impressionante a presença de três espanhóis no pódio, os três acima citados. O que mostra o quanto a Espanha cuida de seus pilotos, o que faz desse país a principal potência do motociclismo mundial. Um exemplo a ser seguido pelo Brasil, que segue agonizando neste esporte.
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