domingo, 29 de dezembro de 2013

Minhas Minis - Especial Mania de Carrinhos - Alfa-Romeo 155 V6 TI, Opel Calibra (DTM) e Ford Mondeo V6 STW (Campeonato Alemão de Superturismo)


Uma simpática casa na Zona Sul esconde uma fantástica loja de miniaturas. É a personificação do Show Room do paraíso para quem gosta de carros e de automobilismo. A loja é a Mania de Carrinhos (http://www.maniadecarrinhos.com.br/loja/), que possui uma impressionante variedade de modelos de carros de rua e de competição, muitos bem raros.

Hoje eu e o Luiz Henrique visitamos a loja e fizemos algumas aquisições para nossas respectivas coleções:

Alfa-Romeo 155 V6 TI ITC (temporada de 1996) - piloto Nicola Larina (Itália)

Em escala 1:43 e de construída em material de plástico e ferro, a miniatura tem um belíssimo nível de detalhes, seja externamente, com carenagens e pintura muito bem reproduzidos como também internamente, com todo o esquema visível de santo-antônio, banco, extintor, volante, painel e alavanca de câmbio.

Esta Alfa correu a derradeira temporada de 1996 do ITC (Campeonato Internacional de Carros Turismo - FIA) antes do campeonato morrer por conta dos custos estratosféricos. Os carros chegaram em um avanço tecnológico superior ao da Fórmula 1 na época, o que inviabilizou financeiramente o investimento das fábricas.

Nicola Larini venceu duas provas em 1996 com este modelo, uma em Mugello e outra em Interlagos, terminando em 11º a temporada vencida pelo alemão Manuel Reuter, que correu com Opel Calibra do Team Joest.








Opel Calibra DTM - Temporada de 1995 - piloto Klaus Ludwig (Alemanha)

Klaus Ludwig. Este piloto alemão pode ser considerado um dos maiores pilotos de Turismo do mundo. Três vezes campeão do DTM, Ludwig aceitou o desafio de trocar a esquadra Mercedes-AMG em 1994 e migrar para o recém criado Team Rosberg, que correria com o Opel Calibra. Ludwig era o principal trunfo da marca de Rüsselsheim para desenvolver o Calibra, que na versão do DTM tinha tração nas quatro rodas.

Em 1995, Ludwig conseguiu duas vitórias, ambas na última etapa, disputada na pista repleta de grandes retas de Hockeinheim. Durou apenas um ano a estada de Klaus no Team Rosberg. Em 1996, o alemão continuaria com a Opel, porém migrou para a Zakspeed, que deixava uma longa parceria com a Mercedes.

A miniatura é da marca Minichamps, escala 1:43, em metal e plástico. Como é padrão desta marca, o modelo é muito bem reproduzido.







Ford Mondeo V6 STW (Campeonato Alemão de Superturismo) - Piloto: Cláudia Huertgen (Alemanha)

Essa foi para a coleção do "Fordista" Luiz Henrique. Este Mondeo foi um dos diversos que disputaram o STW 1995, o Campeonato Alemão de Superturismo, que naquele ano teve um público médio de 70 mil pessoas (!) nos autódromos.

O carro foi preparado pelo Team Schübel para a piloto alemã Cláudia Huertgen, que não obteve resultados expressivos. Em 1995, o campeão foi o alemão Joachim Winkelhock, de BMW 318IS.

O modelo, raro assim como os dois anteriores, é feito em escala 1:43, de ferro e plástico e também muito bem detalhado.









Kart Cross em Minas Gerais


Vem de Reginaldo Pereira uma dos relatos mais legais deste ano. Ele descobriu em Carmópolis de Minas (MG), cidade onde passou a morar neste ano, uma pista de Kart Cross de aluguel. O nosso intrépido piloto encarou o desafio neste fim de semana e, via Facebook, nos contou a experiência, inclusive com fotos ilustrativas:

"O Kart tem quatro marchas sequenciais, motor Honda de 125cc, sensacional!!! o Record da pista é 0,35s, fiz 0,38s, por causa da chuva que deixou a pista barrenta".

E mais:

"Devido a chuva a pista teve pontos de alagamento o que ocasionou muito barro. Peguei a dica dos mecânicos para reduzir sempre uma marcha antes de entrar no barro assim o Kart traciona mais, da uma sambada você segura o bicho no braço e continua sem perder tempo nem tração. O câmbio é seqüencial e a embreagem é na própria alavanca de troca. O volante tem uma folga proposital ´porque dá muitos solavancos. Caso não não houvesse a folga o risco de quebrarmos as mãos seria grande. O Kart é mais alto e tem amortecedores nos eixos. A pilotagem é mais brusca que suave. Adorei." 
















domingo, 8 de dezembro de 2013

Meus nacionais preferidos - Volkswagen Voyage Sport 1.8/S


A família de modelos denominada BX, da Volkswagen, foi um dos grandes casos de sucesso da nossa indústria automobilística. Primeiramente com o Gol, criado para substituir o aclamado Fusca e depois com seus derivados Saveiro (picape), Parati (perua) e Voyage (sedan), a família BX, graças principalmente à motorização AP (alta performance) 1.6, 1.8 e 2.0 litros consolidou junto ao consumidor brasileiro o famoso slogan da propaganda "você conhece, você confia".




O Voyage surgiu em 1981 e teve ótima aceitação do público. Seu desenho moderno, motorização 1.5 litros de refrigeração líquida oriunda do Passat e o bom espaço no porta-malas ajudaram na sua popularidade. Chegou a ser vendido nos Estados Unidos e Canadá, juntamente com a Parati, com a alcunha de Fox, nome posteriormente reutilizado pela filial brasileira, como todos bem sabem.




Foi em 1993, já na segunda reestilização, que o sedan ganhou a sua versão mais esportiva e completa: a Sport 1.8/S. O modelo vinha recheado de bons equipamentos, visual esportivo e seu principal trunfo era o motor de 1.8 litros, que equipava o Gol GTS. Este motor era equipado com um comando de válvulas mais "brabo" e carburação retrabalhada, o que trazia ganho em performance: 105 cavalos.




E a esportividade não se restringia apenas ao plano mecânico. Externamente, o Sport trazia párachoques e retrovisores pintados na cor do carro, faróis de neblina, lanternas traseiras escurecidas, pára-brisa degradê e frisos estilizados. As rodas em liga leve BBS, em aro 14 davam o toque definitivo ao visual muito agradável.




Internamente, a exclusividade continua. Começamos pelos belíssimos e funcionais bancos Recaro, em tecido exclusivo e encostos de cabeça dianteiros vazados. Retrovisores, travas e vidros eram elétricos e ar-condicionado e direção hidráulica fechavam o excelente pacote de equipamentos. Destaque para o clássico volante de quatro raios e as quatro "bolinhas" de acionamento da buzina, além do painel chamado de "satélite", com os comandos de lanterna, pisca-pisca e desembaçador em botões laterais.




A versão Sport durou apenas três anos e em 1995 terminava a produção regular do sedan. Nessa altura, seu irmão principal, o Gol, já havia mudado de carroceria. No lugar do Voyage, a Volkswagen trouxe o Polo Classic, primo próximo do Seat Córdoba. O brasileiro voltaria a ver o Voyage nas ruas em 2009, quando a Volkswagen recriou o sedan a partir da última geração do Gol. Mas toda a aura e carisma do primeiro modelo já havia ficado no passado.

Meus nacionais preferidos - Fiat Brava HGT


No início dos anos 2000, a Fiat brasileira consolidava-se no mercado brasileiro de automóveis e ganhava significativa participação frente às concorrentes aqui instaladas. Tecnologia e diversidade de modelos disponíveis eram as principais palavras de ordem da filial italiana.

A linha Palio / Siena / Strada / Palio Weekend era o carro chefe da montadora. Modelos como o Palio Citymatic (talvez a primeira iniciativa de câmbio automatizado no mercado brasileiro), Strada e Weekend Adventure (segmento de aventureiros urbanos estreado pela Fiat e depois copiado pelas demais montadoras), Siena e Weekend 6 marchas eram novidades que aos poucos fidelizavam o consumidor.



Uma categoria acima, a Fiat disponibilizava ao público o sedã Marea, a perua Marea Weekend (em substituição ao Tempra e a perua Station Wagon) e o Brava (em substituição ao Tipo), um notch back cinco portas, com apelo esportivo graças principalmente ao seu desenho agressivo. Para consolidar essa proposta e cativar ainda mais o público jovem, a montadora lançou a versão HGT (de High Gran Turismo), de motorização 1.8 litros e 4 válvulas por cilindro. A cor vermelha, bem forte e característica, tornou-se oficial para este modelo.

O motor rendia 132 cavalos e, segundo o teste da revista Quatro Rodas da época, a velocidade máxima aferida foi de 191 Km/h. A aceleração de 0 a 100 Km/h foi alcançada em 11s04. Um desempenho modesto para uma proposta mais esportiva.

De série, o HGT disponibilizava ar-condicionado, CD-Player, direção hidráulica, vidros, retrovisores e travas elétricas e regulagem da direção. Como opcionais, o modelo poderia vir equipado com ABS, air-bag duplo dianteiro, alarme e o interessante teto solar.







Mas era o design o principal atrativo do modelo. Linhas arredondadas e agressivas, farois afinados, lanternas traseiras incomuns e um aerofólio bonito cativavam o comprador. Internamente, o desenho do painel acompanhava a ousadia do interior e os instrumentos tinham fundo branco. Os bancos, na versão esportiva, vinham com um tecido especial em veludo. Para fechar, o modelo vinha equipado com rodas exclusivas de liga leve, em aro 15.




O Brava deixou de ser produzido em 2003, após 4 anos no mercado. A Fiat passava a produzir aqui o Stilo, assim como na Europa. O novo modelo também seguia a mesma receita: 5 portas e apelo esportivo, com direcionamento ao público jovem, porém, com a carroceria hatch-back. Versões esportivas, como a Sporting, Schumacher, Abarth e Black Motion seguiram a linhagem da versão HGT do Brava e melhoraram a proposta esportiva da marca no país, em continuação com a missão de sempre disponibilizar modelos diferenciados.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Paul Walker e a discussão sobre as corridas de rua


Hoje faz uma semana que o ator estadunidense Paul Walker, de 40 anos, morreu em um acidente de carro nas ruas da Califórnia. Ele era passageiro no raro Porsche Carrera GT vermelho de seu colega, o piloto Roger Rodas. O carro em alta velocidade despistou-se e acertou um poste e uma árvore. Logo após, foi tomado pelo fogo.

Relutei em escrever sobre este triste fato, muito por conta de alguns fatores. Gostava da franquia Velozes e Furiosos, onde Walker era o agente Brian O´Conner e claro, fiquei muito triste pela sua morte. Porém, depois da segunda sequência da série, na minha opinião os filmes perderam a finalidade principal, que eram os carros como protagonistas.



Outro fator é que corridas na rua, para mim, devem ficar no plano da ficção, do cinema (como no caso de Velozes e Furiosos, 60 Segundos e por aí vai). Lugar de correr é na pista, onde tudo que existe é feito em prol da segurança. E ainda sim, automobilismo é esporte de risco, mesmo sendo praticado da forma mais segura. Óbvio que no acidente em que Walker morreu, a velocidade era alta, em um local inapropriado para tanto.

A sétima película da série estava em gravação quando Walker faleceu. Eles estavam em uma pausa para embarcar em direção ao oriente médio, para filmar o restante da sequência. O fato é que a franquia, sem o agente Brian O`Conner, nunca mais será a mesma.

domingo, 24 de novembro de 2013

Arquivos de Celular - New Bettle


Um "fusquinha" amarelo, dando cor a um domingo cinzento...



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Do fundo do Baú - 500 Milhas da Granja Viana 2002


Voltamos a novembro de 2002 (há 11 anos, portanto). Era uma tarde quente e de muito sol, quando, a bordo do Fiat Tipo do Reginaldo Pereira, tomamos o caminho do Kartódromo Internacional da Granja Viana, através da Rodovia Raposo Tavares, para acompanhar as 500 Milhas de Kart. Os passes de visitação estavam em mãos, além da câmera filmadora que, na época, gravava em fita de vídeo.

Chegamos no kartódromo e logo seguimos para os boxes. Com a visitação aberta, pudemos acompanhar o trabalho dos mecânicos junto aos micro-monopostos e também a movimentação dos pilotos. Aliás, nas 500 Milhas da Granja participam os principais pilotos brasileiros, que disputam as melhores categorias do automobilismo nacional e internacional.

Naquela edição, como em outras, estavam presentes Christian Fittipaldi, Tony Kanaan, Felipe Massa, Felipe Giaffone, Cacá Bueno, e Rubens Barrichello. Aliás, Rubinho foi até a mureta dos boxes e gentilmente nos cumprimentou. Foi mais solicito ainda e autografou a camiseta vermelha e branca de motociclismo (patrocínio da Lucky Strike) do Reginaldo. Ele ainda tem esta camiseta com o autógrafo até hoje.

Terminado o período de visitação, fomos comer um "sanduba" e nos preparar para a largada, que foi dada à meia-noite e em estilo Le Mans (pilotos de pé do lado oposto da pista; quando é dado o sinal, eles correm em direção aos karts e largam).

Acompanhamos a prova nas arquibancadas após a reta principal. Foi possível ver as incríveis "tocadas" de Barrichello, Kanaan e de uma menina chamada Bia Figueiredo, que como todos sabem, seria muito conhecida anos depois no automobilismo mundial.

Varamos madrugada adentro, felizes, acompanhando a prova. Por volta das 4 da manhã, o cansaço falou mais alto e fomos embora. Mas sem dúvida foi uma tarde, noite e madrugada muito especiais, que guardamos para sempre em nossas memórias.

As fotos abaixo foram retiradas na época de um site especializado e nelas aparecemos em algumas situações diferentes. Muito legal!


Eu na frente, Reginaldo atrás de mim, com a famosa camiseta da Lucky Strike, andando pelo pit-lane




Da esquerda para direita, Giaffone, Kanaan e Massa (de óculos), e a minha cabeça lá no fundo



Trabalho rolando solto nos boxes. Lá atrás, eu de costas olhando a pista e Reginaldo olhando para baixo



Barrichello dando entrevista e eu lá atrás, com um sorriso no rosto

sábado, 16 de novembro de 2013

Meus nacionais preferidos: Fiat Tempra Turbo


"É tempo de Tempra". Esse era o jargão da propaganda do mais novo lançamento da Fiat Automóveis brasileira, em 1992. O modelo luxuoso chegava para concorrer diretamente no mercado nacional contra modelos como Chevrolet Omega, também recém lançado pela General Motors Brasil, Volkswagen Santana e Ford Versailles (este último, fruto da joint-venture da Ford com a Volkswagen, a Autolatina, ou seja, um Santana modificado).





O governo Collor havia liberado as importações de modelos estrangeiros um ano antes, o que fez movimentar o mercado de autos no país. As fábricas aqui instaladas precisavam buscar novidades para fazer frente à nova concorrência.

E a Fiat brasileira foi buscar na Itália seu trunfo. O Tempra era o modelo que a filial brasileira precisava. Aliava esportividade com o luxo e conforto de um sedã médio, em um nicho de mercado que crescia por aqui nessa época. Como curiosidade, é também nessa época que começa a "cair por terra" o mito de que carro de quatro portas era inseguro, ruim. O gosto do brasileiro começava a mudar.




O Tempra caiu "de cara" nas graças do brasileiro. Inicialmente disponível nas versões Ouro (mais requintada) e a básica, em duas e quatro portas, o modelo disponibilizava a motorização 2.0 de 4 cilindros e duplo comando de válvulas no cabeçote. Pelos testes da revista Quatro Rodas em 1992, o alcançou os 100 Km/h em 12s87 e a velocidade máxima foi de 167 Km/h. No quesito equipamentos, o modelo entregava ao consumidor trio elétrico, rodas de liga leve, acabamento luxuoso e coluna de direção ajustável.

Mas em 1994 chegaria ao mercado o modelo que é o mote desta postagem, a versão esportiva Tempra Turbo. A principal atração do carro, logo no seu lançamento, era o título de carro mais veloz do país. O modelo, graças à nova motorização turboalimentada de 165 cavalos, ultrapassava os 212 Km/h.

Na versão cupê duas portas, o Tempra Turbo aliava esportividade com uma boa gama de equipamentos a bordo. Check Control e computador de bordo de última geração na época eram os principais atrativos do modelo, que também podia vir equipado com ar-condicionado com controle eletrônico de climatização, CD-Player com capacidade para até seis discos, além de freios ABS e couro nos bancos.





O desempenho do modelo de fato era o destaque. O turbocompressor de fábrica era novidade por estas bandas. Com 0,75 bar de pressão, o motor utilizava uma turbina Garret. O fôlego era demonstrado na aceleração de 0 a 100 Km/h. Pelos testes da Quatro Rodas de maio de 1994, o modelo chegava aos 100 Km/h em 8s2.

Como a palavra de ordem do novo modelo era esportividade, a Fiat oferecia ao comprador do exclusivo modelo um curso de pilotagem de um dia no autódromo de Interlagos, para que o feliz proprietário aprendesse a utilizar de forma plena toda a potencialidade do carro. A condução do curso era por conta de Fabio Grecco, filho do lendário chefe de equipe Luiz Antonio Grecco.




O Tempra, em sua versão normal, foi produzido até meados de 1998, sendo substituído pelo modelo que também tomou seu lugar na Europa, o Marea, que também continuaria a linhagem de esportividade utilizando o turbocompressor de fábrica, porém, utilizando um motor de 5 cilindros e com mais de 180 cavalos de potência.

O Tempra Turbo, juntamente com o primo menor Uno Turbo, lançado quase que simultaneamente, foram os responsáveis por abrir as portas no mercado nacional a modelos originais de fábrica com motorização equipada com sobrealimentação. O que chancelava a possibilidade de ter um carro turbo aliando esportividade e confiabilidade.