quarta-feira, 9 de julho de 2014

Meus nacionais preferidos - Saveiro TSi 2.0


O consumidor brasileiro não estava acostumado com picapes derivadas de modelos de passeio até o início da década de 80. É nesse período que surgem no mercado a Fiat City (derivada do Fiat 147 / Spazio), Chevy 500 (oriundo do Chevette), Ford Pampa (cuja base veio do Corcel II) e Volkswagen Saveiro (nascida a partir do Gol).


Inicialmente, a Saveiro segue a mesma base mecânica do primeiro Gol, com o tradicional motor boxer refrigerado a ar de 1.600 cilindradas de deslocamento, originado do velho Fusca. Mas logo chega a primeira reestilização e o modelo recebe motorização de refrigeração líquida. A aceitação do modelo no mercado é muito boa e o foco do seu uso continua sendo o para qual nasceu: o comercial e de transporte de cargas.




Porém, com o passar do tempo, essa finalidade de utilização começa a mudar de característica, por conta de um detalhe importante: as picapes derivadas de modelos de linha caem no gosto dos jovens.
A Volkswagen, “antenada” neste movimento de mercado, de forma inteligente começa a lançar séries especiais, com diversos extras em equipamentos e visual diferenciado, para atingir este nicho de público. Versões como a Summer e Sunset, consolidam o gosto do público por este tipo de automóvel e pela Saveiro em particular.



Até 1997, a Saveiro utiliza a mesma plataforma de seu nascimento (a chamada “quadrada”), que em sua história foi a versão de maior sucesso. O modelo muda radicalmente neste ano e sua carroceria acompanha o estilo do seu irmão mais velho, o Gol “bolinha” e ganha maior espaço na caçamba além de uma pequena janela auxiliar na Coluna “B”.E é neste modelo que a Saveiro ganha a mais esportiva versão da sua trajetória até hoje: a TSi.




Para começo de conversa, o modelo vinha equipado com um motor 2.0 de 8 válvulas por cilindro, que desenvolvia 112 cavalos de potência. Nos testes da revista Quatro Rodas, em sua edição do mês de dezembro de 1998 a picape alcançou os 100 Km/h em 11 segundos e meio. A velocidade máxima fica em torno dos 174 Km/h.



Se o desempenho não empolgava tanto, o pacote de equipamentos pelo menos fazia jus a uma versão topo de linha. Por fora, as bonitas rodas de liga leve ajudavam a reforçar o apelo esportivo do modelo. Nas laterais, o símbolo TSi marcava a presença para designar o modelo mais elaborado da linha Saveiro. Nos pára-choques dianteiros, os clássicos faróis de neblina completavam o ótimo conjunto ótico. Grade, pára-choques e espelhos eram pintados na cor do carro e deixavam o visual bastante limpo e agradável.


Abrindo as portas, o interior entregava um bom pacote de equipamentos. A comodidade era garantia pelo trio elétrico (vidros, travas e retrovisores), ar-condicionado, direção hidráulica e rádio toca-fitas. Air-Bag era opcional, assim como alarme anti-furto. No painel, os mostradores contavam com o útil conta-giros e relógio digital. O volante de quatro raios tinha boa empunhadura, mas não acompanhava a proposta esportiva da picape.





Infelizmente, a onda desenfreada do tuning e personalização fez com que nos dias atuais não seja tão frequente encontrar uma Saveiro TSi em condições originais.

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