quarta-feira, 16 de junho de 2021

Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos – Temporada de 1993


Com dez anos de existência e depois de uma temporada difícil em 1992, a expectativa era a de um ano mais organizado e menos tumultuado em 1993 para o Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos. A Ford passou a apoiar oficialmente a categoria e definiu duas ações principais para este suporte: a primeira ação era a integração do campeonato ao calendário das provas da Fórmula Ford, buscando agregar mais público aficcionado ao campeonato; e a segunda, vendendo os Escorts do ano a preço de custo para os competidores.


A maioria dos carros do grid eram os Escorts, tanto o modelo antigo, ano 1992, quando o da nova carroceria, ano 1993. Além dos carros da Ford, os Volkswagens Apollo e Voyage foram os carros utilizados no campeonato. Por esse fato, muitos, na época, apelidavam a Copa Shell de "Copa Autolatina", já que só tínhamos na categoria carros da Joint-Venture da Volks e Ford.


O Volkswagen Apollo era a aposta de Jorge de Freitas e Paulo Sarmento e também da Equipe Boettger. O cupê da Volks conseguiu uma vitória no ano. O principal Voyage era o da dupla Guga Ribas e Silvio Crema, mas também foi usado por Clemente de Farias e Vinícius Pimentel, Heuber Cimini e Ivan Mendes, Marcos Paioli e Alvino Pereira Jr. e outros. Apenas uma vitória na temporada foi conquistada pelo Voyage.


O Escort antigo - ano 1992 - foi utilizado pelas duplas Andreas Mattheis / Paulo Júdice, Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt, Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan, Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder e outros. O modelo antigo - carro que mais venceu no ano - mostrou-se tecnicamente melhor e mais desenvolvido que a nova carroceria ano 1993, durante toda a temporada.


O calendário do Brasileiro de Marcas e Pilotos em 1993 foi composto por oito etapas, com corridas em Tarumã, Curitiba, Brasília, Guaporé, Interlagos e Goiânia, sendo que os dois últimos autódromos receberam a categoria duas vezes no ano. Uma ótima mescla de circuitos.



1ª Etapa - Tarumã (RS)


O Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos de 1993 começou em Tarumã com a inscrição de quinze carros, sendo dez Ford Escort, três VW Voyage e dois VW Apollo. A primeira bateria foi vencida por Andreas Mattheis, com um ótimo desempenho, abrindo quase dez segundos para o segundo colocado, Vicente Daudt, ao final da corrida. A etapa foi "quente" e os ânimos entre aos cariocas Andreas Mattheis/Paulo Júdice e os gaúchos Egon Hertzfeldt/Vicente Daudt se acirraram pela disputa da liderança na pista, na segunda bateria. Paulo Júdice liderava a prova, com Egon no seu encalço. Os dois se enroscaram na curva do laço. Júdice caiu para a oitava colocação. Na chegada do parque fechado, Júdice, de cabeça quente, quase atropelou Egon que saía do seu Escort branco.




O colorido do Brasileiro de Marcas e Pilotos



A equipe de reportagem da revista Quatro Rodas presenciou o bate-boca entre os pilotos após o entrevero na pista. Paulo Júdice gritava ao rival: "você é desonesto!" no mesmo momento que era apaziguado pelo seu companheiro Andreas Mattheis. Júdice deu a sua versão do que aconteceu na pista, aspas para ele: "desde a primeira volta, Egon tentou me tirar da prova na marra. Como não conseguiu me alcançar no braço, ele então resvalou o carro dele no meu de propósito". Egon, por seu turno, se defendeu: "a obrigação dele era me segurar. Acontece que o Paulo sempre freava antes da hora para atrapalhar a ultrapassagem e, é claro, naturalmente houve o choque dos carros. Depois da batida, eu sumi na frente, uma demonstração de que ele estava me segurando. Cada um acha o que procura". Declarações fortes do gaúcho.




A imagem que define a briga entre Paulo Júdice e Egon Hertzfeldt




O destempero dentro e fora da pista custou às duas duplas a desclassificação. A vitória na etapa então "caiu no colo" dos gaúchos Waldir Buneder e Castrinho, com Jorge de Freitas e Paulo Sarmento na segunda colocação de Apollo e os cariocas Guga Ribas e Silvio Crema em terceiro, de Voyage.


Resultado final:


1º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder (Equipe Intral) – Ford Escort – 20 pontos
2º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento (Equipe Car Drive) – Volkswagen Apollo – 15 pontos
3º - Guga Ribas / Silvio Crema (Equipe Leite de Rosas) – Volkswagen Voyage – 12 pontos
4º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan (Equipe Onogás) – Ford Escort – 10 pontos
5º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini (Equipe CVC) – Volkswagen Voyage – 8 pontos
6º - Gastão Weigert / Max Mohr (Equipe Boettger) - Volkswagen Apollo – 6 pontos
7º - Clemente de Farias / Vinicius Pimentel (Equipe Banco Bandeirantes) – Ford Escort 1993 – 4 pontos
8º - Claudio Gontijo / Roberto Mourão (Equipe FleetCar) – Ford Escort 1993 – 3 pontos
9º - Marcelo Aiquel / Eduardo de Freitas - Volkswagen Voyage – 2 pontos
10º - Claudio Girotto / Vinicius Batschauer (Equipe Boettger) - Ford Escort 1993 – 1 ponto





Vitória para Castrinho e Buneder em Tarumã






2ª Etapa - Interlagos (SP)


A forte chuva marcou presença na etapa paulista do Brasileiro de Marcas e Pilotos, a primeira de duas incursões do certame em Interlagos no ano. Debaixo d´água, o Voyage de Guga Ribas e Silvio Crema se deu melhor e trouxe para a dupla carioca a primeira e única vitória na temporada. Foi um ótimo resultado para a Volkswagen, com a segunda colocação conquistada pela dupla Cláudio Girotto e Gastão Weigert, de Apollo.




Briga de Volkswagens em Interlagos debaixo de chuva



O Escort novo ainda carecia de muito desenvolvimento e sofria com o desempenho. Na primeira etapa, no Sul, o modelo 1993 perdia, em média, um segundo e meio por volta em relação à concorrência. Os cariocas Andreas Mattheis e Paulo Júdice foram os que apostaram inicialmente no modelo novo e vinham trabalhando duro no desenvolvimento do carro. Mattheis falou à revista Quatro Rodas sobre este trabalho: "aceleramos a evolução do carro, em 800 Km de testes num total de 6h40, o equivalente a seis etapas. Chegamos ao limite dos acertos, mesmo assim, viramos um segundo mais lento. Se o regulamento não modificar os outros modelos, ninguém vai pilotar o novo Escort. A solução será usar o automóvel do ano passado". Mattheis e Júdice "morreram na praia" em Interlagos: mesmo com todo o empenho nos testes, o carro novo quebrou ainda na primeira bateria.


Uma reunião entre o conselho técnico da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e os pilotos foi realizada após a etapa em São Paulo, para direcionar pedidos voltados à melhoria no equilíbrio de desempenho entre os carros do campeonato. Uma das reivindicações era a possibilidade da utilização dos pares de amortecedores dos VW Voyages nos Escorts 1993. Ainda para o Escort novo, foi pedida a adoção de uma relação da terceira marcha mais longa. Sobre o equilíbrio de peso, a solicitação foi a da aproximação em relação ao modelo mais pesado, justamente o Escort 1993, que tem o peso máximo de 780 quilos. Para tanto, os demais carros deveriam receber lastros. O Voyage deveria chegar nos 760 quilos e o Apollo e Escort 1992, 800 quilos. Além disso, para o Apollo, foi requisitada a utilização da barra estabilizadora traseira do Escort XR3 modelo 1992.




Guga Ribas e Silvio Crema - os melhores no molhado em São Paulo




Resultado final:


1º - Guga Ribas / Silvio Crema (Equipe Leite de Rosas) – Volkswagen Voyage – 20 pontos
2º - Claudio Girotto / Gastão Weigert (Equipe Boettger) – Volkswagen Apollo – 15 pontos
3º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt (Equipe Rossi) – Ford Escort 1992 – 12 pontos
4º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini (Equipe CVC) – Volkswagen Voyage – 10 pontos
5º - Alessandro Weiss / Vinicius Batschauer (Equipe Boettger) – Volkswagen Voyage – 8 pontos
6º - Marcos Paioli / Alvino Pereira Júnior (Equipe Gotks) – Volkswagen Voyage – 6 pontos
7º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan (Equipe Onogás) – Ford Escort 1992 – 4 pontos
8º - Toninho da Matta / Fábio Pugliese (Equipe Café Photo) – Ford Escort 1992 – 3 pontos
9º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento (Equipe Car Drive) – Volkswagen Apollo – 2 pontos
10º - Cláudio Gontijo / Roberto Mourão – (Equipe FleetCar) – Ford Escort 1993 – 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Guga Ribas / Silvio Crema – 32 pontos
2º - Gastão Weigert – 21 pontos
3º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini – 18 pontos
4º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento – 17 pontos
5º - Claudio Girotto – 16 pontos
6º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan – 14 pontos
7º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt – 12 pontos
8º - Alessandro Weiss / Vinicius Batschauer – 8 pontos
9º - Max Mohr – 6 pontos
10º - Marcos Paioli / Alvino Pereira Júnior – 6 pontos



3º Etapa - Curitiba (PR)


A etapa no Paraná foi o palco para a segunda vitória consecutiva da Volkswagen, dessa vez com o Apollo branco e amarelo da dupla Cláudio Girotto e Gastão Weigert, preparado pela equipe Boettger. A Volks fez a dobradinha com outro Apollo, de Jorge de Freitas e Paulo Sarmento. Os cupês se deram muito bem na pista Curitibana.


A primeira bateria teve a briga pela liderança polarizada entre Girotto e Guga Ribas. Na décima primeira volta, Girotto, após intensas trocas de posição, assumiu a liderança e não mais saiu dela, para vencer a primeira bateria. Um enrosco entre Amadeu Rodrigues e Andreas Mattheis - que nesta etapa voltou a utilizar o Escort 1992 - tirou a dupla carioca do carro prata da etapa. Mattheis falou à reportagem da revista Quatro Rodas, em tom de desabafo: "fomos desclassificados na etapa de abertura do campeonato e quebramos nas duas seguintes. O bicampeonato está difícil".




Momento exato do enrosco entre os Escorts de Amadeu Rodrigues (número 2) e Andreas Mattheis



A segunda bateria viu a repetição da primeira, com o Voyage agora pilotado por Silvio Crema brigando pela ponta com o Apollo pilotado por Gastão Weigert. Crema só saiu da briga na décima terceira volta, quando infelizmente o motor do Voyage se entregou, estourando.


A discussão sobre o balanço de desempenho entre os modelos do campeonato ainda repercutia nesta terceira etapa. Andreas Mattheis, que em dupla com Paulo Júdice utilizou o Escort 1993 e na etapa paranaense voltou a correr com o modelo 1992, deu uma sugestão de melhoria para o modelo novo da Ford: "a CBA precisa liberar o comando de válvulas do Gol GTS para o novo Escort", em referência ao comando de válvulas 49G, mais brabo, utilizado pelo esportivo da Volkswagen.


O presidente da Confederação, Reginaldo Bufaiçal, rechaçava esta sugestão de Mattheis com o seguinte argumento: "essa medida traria grande vantagem ao carro novo, desmotivando a categoria". Bufaiçal dava um voto de confiança ao novo Escort, graças ao resultado desta etapa: "o Escort de 1993 dos irmãos Justino conseguiu terminar e quarto lugar, mostrando que o modelo é competitivo".




VW Apollo de Cláudio Girotto e Gastão Weigert liderando o pelotão rumo à vitória




Resultado final:


1º - Claudio Girotto / Gastão Weigert (Equipe Boettger) – Volkswagen Apollo – 20 pontos
2º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento (Equipe Car Drive) – Volkswagen Apollo – 15 pontos
3º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan (Equipe Onogás) – Ford Escort 1992 – 12 pontos
4º - Laércio Justino / Ananias Justino (Equipe Leites Manacá) – Ford Escort 1993 – 10 pontos
5º - Oscar Chanoski / Chico Maia (Equipe Mobil) – Ford Escort 1993 – 8 pontos
6º - Clemente de Farias / Vinicius Pimentel (Equipe Banco Bandeirantes) – Ford Escort 1993 – 6 pontos
7º - Ricardo Bürger / Sérgio Bürger (Equipe Simpson) – Ford Escort 1992 – 4 pontos
8º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini (Equipe CVC) – Ford Escort 1993 – 3 pontos
9º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice (Equipe Cibié) – Ford Escort 1992 – 2 pontos
10º - Roberto Pruner / Luiz Ernesto Bley Júnior (Equipe Blanpac) – Ford Escort 1992 – 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Claudio Girotto / Gastão Weigert – 41 pontos
2º - Guga Ribas / Silvio Crema – 32 pontos
3º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento – 32 pontos
4º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan – 26 pontos
5º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini – 21 pontos
6º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder – 20 pontos



4ª Etapa - Brasília (DF)


Em Brasília, o primeiro bom resultado do Escort 1993 veio na primeira bateria, com a vitória de Claudio Girotto. Andreas Mattheis e Paulo Júdice com o Escort 1992 venceram a segunda bateria e no somatório dos resultados faturaram a etapa na capital federal. Seus companheiros de equipe não tiveram a mesma sorte: o Apollo de Paulo Sarmento e Jorge de Freitas sequer largou com sérios problemas de câmbio.








Resultado final:


1º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice (Equipe Cibié) – Ford Escort 1992 – 20 pontos
2º - Claudio Girotto / Gastão Weigert (Equipe Boettger) – Ford Escort 1993 – 15 pontos
3º - Clemente de Farias / Vinicius Pimentel (Equipe Banco Bandeirantes) – Ford Escort 1993 – 12 pontos
4º - Laércio Justino / Ananias Justino (Equipe Leites Manacá) – Ford Escort 1993 – 10 pontos
5º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt (Equipe Rossi) – Ford Escort 1992 – 8 pontos
6º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder (Equipe Intral) – Ford Escort 1992 – 6 pontos
7º - Ricardo Bürger / Sérgio Bürger (Equipe Simpson) – Ford Escort 1992 – 4 pontos
8º - Roberto Aranha / Fernando Montá (Equipe Cibié) – Ford Escort 1993 – 3 pontos
9º - Alessandro Weiss / Roberto Prunner (Equipe Boettger) – Ford Escort 1993 – 2 pontos
10º - Guga Ribas / Silvio Crema (Equipe Leite de Rosas) – Volkswagen Voyage – 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Gastão Weigert – 56 pontos
2º - Claudio Girotto – 51 pontos
3º - Guga Ribas / Silvio Crema – 33 pontos
4º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento – 32
5º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder – 26 pontos
6º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan – 26 pontos



5ª Etapa - Goiânia (GO)


O bom desempenho dos cariocas Mattheis e Júdice não se repetiu em Goiânia. O Escort prata da dupla teve problemas sérios de freio, obrigando o abandono da prova. Egon Hertzfeldt venceu a primeira bateria e Vicente Daudt finalizou a segunda bateria na segunda colocação, resultados que trouxeram a primeira vitória da dupla gaúcha e a quinta vitória diferente de uma dupla em cinco etapas disputadas até então.


Para a próxima etapa em Guaporé o Brasileiro de Marcas e Pilotos teria importantes novidades. O formato de duas baterias seria abandonado para a doção de uma bateria única de cinquenta minutos, para facilitar o televisionamento. do evento A troca de pilotos seria realizada através de uma janela de paradas de boxes entre o vigésimo e o trigésimo minuto de corrida.


Outra mudança vinha da equipe Boettger. Para melhorar a briga pelo campeonato de pilotos, a dupla Gastão Weigert e Cláudio Girotto se separaria a partir da próxima etapa. Claudio Girotto ganharia a companhia de Walmir "Hisgué" Benavides enquanto Gastão Weigert faria dupla com Atila Sipos. Gastão Weigert deu uma explicação para a mudança, em entrevista à Quatro Rodas: "como estou isolado na liderança, o Girotto correria o risco de não levar o título comigo. Separados, os dois reúnem chances de chegar lá".




O bonito Escort dos vencedores gaúchos Egon Hertzfeldt e Vicente Daudt



Resultado final:


1º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt (Equipe Rossi) – Ford Escort 1992 – 20 pontos
2º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan (Equipe Onogás) – Ford Escort 1992 – 15 pontos
3º - Clemente de Farias / Vinicius Pimentel (Equipe Banco Bandeirantes) – Ford Escort 1993 – 12 pontos
4º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento (Equipe Hotel Novo Mundo) – Volkswagen Apollo – 10 pontos
5º - Oscar Chanoski / Chico Maia (Equipe Mobil/Slaviero) – Ford Escort 1993 – 8 pontos
6º - Cláudio Gontijo / Roberto Mourão (Equipe Itaim/FleetCar) – Ford Escort 1993 – 6 pontos
7º - Heuber Cimini / Ivan Mendes (Equipe Weber Mecânica) – Volkswagen Voyage – 4 pontos
8º - Ricardo Bürger / Sérgio Bürger (Equipe Simpson/Brata) – Ford Escort 1992 – 3 pontos
9º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder (Equipe Intral) – Ford Escort 1992 – 2 pontos
10º - Walter Soldan / Renato Weiand (Equipe Weiand Veículos) – Ford Escort 1993 – 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Gastão Weigert – 56 pontos
2º - Claudio Girotto – 51 pontos
3º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento - 42
4º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan – 41 pontos
5º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt – 40
6º - Clemente de Farias / Vinicius Pimentel – 34 pontos



6ª Etapa - Guaporé (RS)


A novidade da parada de boxes para troca de pilotos a partir de Guaporé trouxe opiniões de amor e ódio entre os pilotos. Para os vencedores da etapa, os cariocas Mattheis / Júdice, o sucesso na troca - com um ótimo tempo de quase cinco segundos - a mudança veio para melhor. A sincronia dos cariocas foi perfeita e eles adaptaram um engenhoso esquema de elásticos que suspendem o cinto para a troca dos pilotos de forma mais ágil.




Troca de pilotos entre Amadeu Rodrigues e Paulo Quinan



Já Gastão Weigert não gostou muito da nova diretriz e fez suas ponderações em entrevista para a revista Quatro Rodas: "é perigoso porque os boxes não têm estrutura e há pouca conscientização dos envolvidos". Por fim, Weigert dava uma sugestão: "o ideal seria a entrada do pace-car no 25º minuto para preparar uma relargada".


Guga Ribas também deu o seu parecer à revista Quatro Rodas: "dificilmente respeitamos o limite de 80 Km/h". De fato, não existia uma fiscalização mais ostensiva tampouco radares instalados para garantir o limite de velocidade. O carioca entendia que o auxílio da equipe na troca dos pilotos deveria ser permitida e previa a instalação de um aparato de rádio-comunicação para auxiliar a operação de troca de pilotos.


Com a combinação dos resultados desta etapa, Claudio Girotto assumiu a liderança do campeonato de pilotos, com Gastão Weigert na segunda posição, o que mostrou ser acertada a decisão da separação da dupla pela equipe catarinense Boettger.








Resultado final:


1º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice (Equipe Cibié) – Ford Escort 1992 – 20 pontos
2º - Laércio Justino / Ananias Justino (Equipe Leites Manacá) – Ford Escort 1993 – 15 pontos
3º - Claudio Girotto / Walmir “Hisgué” Benavides (Equipe Boettger) – Ford Escort 1993 – 12 pontos
4º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan (Equipe Onogás) – Ford Escort 1992 – 10 pontos
5º - Ricardo Bürger / Sérgio Bürger (Equipe Simpson/Brata) – Ford Escort 1992 – 8 pontos
6º - Marcos Paioli / Alvino Pereira Júnior (Equipe Gotks) – Volkswagen Voyage – 6 pontos
7º - Evaldo Quadrado / Wehmuth Júnior (Equipe Spengler/Filler) – Volkswagen Voyage – 4 pontos
8º - Claudio Gontijo / Roberto Mourão (Equipe Itaim/Keiko) – Ford Escort 1993 – 3 pontos
9º - Walter Soldan / Renato Weiand (Equipe Weiand Veículos) – Ford Escort 1993 – 2 pontos
10º - Luiz Rodrigues / Fernando Montá (Equipe Interzero) – Ford Escort 1993 – 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Claudio Girotto – 63 pontos
2º - Gastão Weigert – 56 pontos
3º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan – 51 pontos
4º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice – 42 pontos
5º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento – 42 pontos
6º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt – 40 pontos



7ª Etapa - Interlagos (SP)


A penúltima etapa da temporada, a segunda incursão do Brasileiro de Marcas e Pilotos em Interlagos, foi de domínio da dupla carioca Mattheis e Júdice. O Escort prata 1992 mostrou ótima forma, terminando quase dez segundos à frente do Voyage de Marcos Paioli e Alvino Pereira Júnior, que tiveram um excelente resultado, graças também à participação desta dupla no Campeonato Paulista de Marcas e a familiaridade com o traçado de São Paulo. De lambuja, Mattheis e Júdice cravaram a melhor volta da prova, com o tempo de 1m57s680.


Os principais postulantes ao título e adversários da dupla carioca tiveram problemas: Gastão Weigert, por exemplo, sofreu com problemas no motor do Escort 1993. O campeonato agora estava mais do que acirrado, com Claudio Girotto na liderança por um ponto de vantagem face aos cariocas Mattheis e Júdice. A decisão ficaria para a última etapa em Goiânia.


Andreas Mattheis explicou um pouco da decisão de seguir com o Escort antigo no campeonato, para a revista Quatro Rodas: "nosso modelo 1993 tem uma deficiência na suspensão traseira. Já o flechinha anda ligeiro", em referência ao apelido "Flechinha de Prata" que foi dado ao Escort da equipe.




Grande vitória de Mattheis e Júdice, para entrar "de cabeça" na briga pelo título de pilotos




Resultado final:


1º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice (Equipe Cibié) – Ford Escort 1992 – 20 pontos
2º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini (Equipe Vasp/Onogás) – Ford Escort 1993 – 15 pontos
3º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento (Equipe Cambitur) – Volkswagen Apollo – 12 pontos
4º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder (Equipe Intral) – Ford Escort 1992 – 10 pontos
5º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt (Equipe Rossi/Ribeiro Jung) – Ford Escort 1992 – 8 pontos
6º - Luiz Rodrigues / Fernando Montá (Equipe Interzero/Vert) – Ford Escort 1993 – 6 pontos
7º - Alessandro Weiss / Edson da Annunciação (Equipe Sachs/Boettger) – Ford Escort 1993 – 4 pontos
8º - Francisco Goulart / Dailson Ramos (Equipe Goiasil/Brasturbo) – Ford Escort 1993 – 3 pontos
9º - Heuber Lage / Miguel Mallaco (Equipe Weber/Odeon) – Volkswagen Voyage – 2 pontos
10º - Walter Soldan / Renato Weiand (Equipe Weiand Veículos) – Ford Escort 1993 - 1 ponto


Campeonato de pilotos até o momento:


1º - Claudio Girotto – 63 pontos
2º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice – 62 pontos
3º - Gastão Weigert – 56 pontos
4º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento – 52 pontos
5º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan - 51
6º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt – 46 pontos



8ª Etapa - Goiânia (GO)


A boa fase de Andreas Mattheis e Paulo Júdice se manteve em Goiânia e a dupla carioca faturou a etapa. Paulo Júdice entregou o carro a Mattheis no vigésimo minuto de prova, na terceira colocação. Andreas galgou posições até chegar na liderança da corrida na décima sétima volta para não mais deixá-la.


Foi um título da competência da dupla carioca e também da decisão acertada de apostar no Escort antigo para o seguimento da temporada, a partir da quarta etapa do campeonato. Destaque também para Claudio Girotto, que fez um excelente campeonato e conquistou o vice-campeonato e também a Gastão Weigert, que foi o terceiro colocado muito próximo aos demais.







Os campeões de 1993, Paulo Júdice e Andreas Mattheis




Resultado final:


1º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice (Equipe Cibié/Golden Cross) – Ford Escort 1992 – 20 pontos
2º - Gastão Weigert / Atila Sipos (Equipe Autolatina/Sachs) – Ford Escort 1993 – 15 pontos
3º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan (Equipe Onogás) – Ford Escort 1992 – 12 pontos
4º - Claudio Girotto / Paulo Gomes (Equipe Autolatina/Sachs) – Ford Escort 1993 – 10 pontos
5º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt (Equipe Rossi/Ribeiro Jung) – Ford Escort 1992 – 8 pontos
6º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento (Equipe Cambitur/Eat) – Volkswagen Apollo – 6 pontos
7º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder (Equipe Intral) – Ford Escort 1992 – 4 pontos
8º - Laércio Justino / Ananias Justino (Equipe Leites Manacá/Leite Bom) – Ford Escort 1993 – 3 pontos
9º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini (Equipe Vasp/Onogás) – Ford Escort 1993 – 2 pontos
10º - Ricardo Bürger / Sérgio Bürger (Equipe Simpson/Brata) – Ford Escort 1992 – 1 ponto


Campeonato de pilotos – classificação final:


1º - Andreas Mattheis / Paulo Júdice – 82 pontos
2º - Claudio Girotto – 73 pontos
3º - Gastão Weigert – 71 pontos
4º - Amadeu Rodrigues / Paulo Quinan – 63 pontos
5º - Jorge de Freitas / Paulo Sarmento – 60 pontos
6º - Egon Hertzfeldt / Vicente Daudt – 56 pontos
7º - Luis de Castro “Castrinho” / Waldir Buneder – 42 pontos
8º - Egídio “Chichola” Micci / Nilson Vicentini – 38 pontos
9º - Laércio Justino / Ananias Justino – 38 pontos
10º - Clemente de Farias / Vinicius Pimentel – 34 pontos
11º - Guga Ribas / Silvio Crema – 33 pontos
12º - Ricardo Bürger / Sérgio Bürger – 20 pontos
13º - Oscar Chanoski / Chico Maia – 16 pontos
14º - Atila Sipos – 15 pontos
15º - Alessandro Weiss – 14 pontos
16º - Claudio Gontijo / Roberto Mourão – 13 pontos
17º - Walmir “Hisgué” Benavides – 12 pontos
18º - Marcos Paioli / Alvino Pereira Júnior – 12 pontos
19º - Paulo Gomes – 10 pontos
20º - Fernando Montá – 10 pontos
21º - Vinicius Batschauer – 9 pontos
22º - Luiz Rodrigues – 7 pontos
23º - Max Mohr – 6 pontos
24º - Heuber Cimini / Ivan Mendes – 4 pontos
25º - Evaldo Quadrado / Wehmuth Júnior – 4 pontos
26º - Edson da Annunciação – 4 pontos
27º - Walter Soldan / Renato Weiand – 4 pontos
28º - Toninho da Matta / Fabio Pugliese – 3 pontos
29º - Roberto Aranha – 3 pontos
30º - Francisco Goulart / Dailson Ramos – 3 pontos
31º - Roberto Prunner – 3 pontos
32º - Marcelo Aiquel / Eduardo de Freitas – 2 pontos
33º - Heuber Lage / Miguel Mallaco – 2 pontos
34º - Luiz Ernesto Bley Júnior – 1 ponto



Mais imagens da temporada de 1993:




Foto gentilmente cedida ao Blog do Carelli pelo jornalista Paulo "McCoy" Lava - Foto de autoria de Ayrton Mitczuck - Ford Escort de Paulo Hoerlle e Antonio Fornari














Apollo de Jorge de Freitas e Paulo Sarmento








Buneder e Castrinho e atrás, Egon e Daudt




Escort de Cláudio Girotto




Voyage de Guga Ribas e Silvio Crema













Amadeu Rodrigues e Paulo Quinan























Na oficina, os Escorts 1993 e 1992 utilizados pela dupla Mattheis e Júdice e o Apollo de Jorge de Freitas e Paulo Sarmento














Os cariocas Paulo Júdice e Andreas Mattheis, bi-campeões em 1993













Escort de Amadeu Rodrigues e Paulo Quinan




O famoso "flechinha de prata" campeão de 1993




Observação: algumas das fotos aqui reproduzidas foram localizadas na Internet. Se você conhece ou é o autor das mesmas, peço por gentileza entrar em contato com o blog para registrarmos os devidos créditos. Obrigado!

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