domingo, 26 de agosto de 2018

Preparações e customizações de época - anos 70


As fotos desta postagem mostram raros registros de carros preparados e customizados em meados dos anos 70. Dá para perceber como, nesta época, as mudanças que o pessoal realizava nos carros tinha clara inspiração nas pistas de corrida, num tempo em que Interlagos lotava suas arquibancadas para acompanhar provas com grids recheados de carros nas categorias Divisão 1 e 3, Fórmula Vê e Super Vê e Divisão 4 (protótipos).

O visual basicamente era baseado em rodas de talas mais largas, suspensões baixas e pneus de perfis mais finos. Simples, limpos, porém muito bonitos. Confira!







































Arquivos do celular - Bomba


Não olhe muito para ele pois pode explodir! Brincadeiras à parte, este Marea está em excelente estado de conservação!



Mavericks especiais


Apesar de ser um opaleiro de carteirinha, a minha admiração pelo Ford Maverick também é grande.
Dia desses, lendo algumas revistas de carros na casa da minha mãe, me deparei com uma matéria bem interessante sobre um Maverick vermelho bastante conhecido na cena de track day paulistana.
A partir dessa matéria, lembrei de outros Mavericks insanos na preparação e desempenho e não menos importantes na história do nosso automobilismo.

Nesta postagem, vou destacar alguns carros que sempre me impressionaram pela sua história, preparação e desempenho. São clássicos do nosso automobilismo:


Maverick Dropgal Moda dos irmãos Clemente

Um V8 especial, girando a quase 7 mil RPM´s, com cabeçotes "Gurney", 4 carburadores Weber de corpo duplo, preparação especial de suspensão e conjunto de pneus e rodas em medidas especiais. Tudo sob a batuta do grande chefe de equipe Luiz Antonio Greco para vencer provas especiais como as 25 horas de Interlagos e as Mil Milhas Brasileiras de 1973. Tocando a pilotagem, feras como os irmãos Bird e Nilson Clemente e Clóvis de Moraes. Um carro que fez história no nosso automobilismo.




Em ação nas Mil Milhas de 1973






Minha miniatura em escala 1:43



Maverick Divisão 3 equipe Greco - Mercantil-Finasa Ford

Luiz Antonio Greco foi um dos grandes chefes de equipe do nosso automobilismo. Consagrou-se na equipe Willys após a triste e precoce morte de Bino Heinz em Le Mans e fez história criando a sua própria equipe, sempre com fortes ligações com a Ford.

No auge da Divisão 3, no meio dos anos 70, criou um Maverick fortíssimo para a disputa dos campeonatos, contando com a mão-de obra especializada de Paulo Gomes, José Carlos Pace, Bob Sharp e Edgard Mello Filho. Mais um carro que entrou para a história da Divisão 3 e do automobilismo brasileiro.










Minha versão em escala 1:43 desta lenda





Maverick Berta Hollywood

Conhecido como "Haras Hollywood" pela alta cavalaria o motor, esse também pode ser considerado um dos mais importantes carros de corrida do nosso automobilismo. A poderosa equipe Hollywood encomendou ao "mago de Alta Gracia", o argentino Oreste Berta, a preparação de um Maverick poderosíssimo, com um V8 Gurney-Eagle de mais de 430 cavalos de potência. Na pilotagem, dois botas da melhor estirpe: Tite Catapani e Luis Pereira Bueno, o "Peroba".

Para felicidade geral da nação, este Maverick foi restaurado e hoje encontra-se no Museu do Automobilismo Brasileiro em Passo Fundo (RS), aos cuidados de Paulo Trevisan.







A fábrica aproveitava o sucesso nas pistas para fazer propaganda









Maverick quatro portas Turismo 5000 - Automotor

Uma das categorias mais brutais que nosso automobilismo já teve foi a Turismo 5.000, realizada em São Paulo na primeira metade da década de 80. Disputada sempre no anel externo de Interlagos, o certame abrigava carros muito potentes de motorização V8 como Mavericks, Dodges e até um Galaxie chegou a tomar parte das corridas, preparado pela oficina Automotor, cujo preparador é a lenda Luiz Batista.

Em 1984, o campeão da categoria (invicto, diga-se de passagem) foi um Maverick quatro portas preparado pela Automotor. O carro se notabilizava pelo trabalho aerodinâmico da carroceria - contando inclusive com as rodas traseiras descobertas e também pela especialidade de Batista, a preparação do motor.

O motor era o mesmo 302 V8 da linha Maverick, alimentado por um carburador de corpo duplo, além das secretas preparações de taxa de compressão, ajustes dos cabeçotes e os coletores de admissão e escape, consumindo álcool como combustível. Com todo esse veneno, estima-se que a barata chegava fácil perto dos 300 cavalos de potência.










Interessantes as soluções aerodinâmicas adotadas nesse Turismo 5.000




Maverick "Febre Amarela"

Dois apaixonados por motores V8 e pelo Ford Maverick construíram, na aprazível cidade de Petrópolis (RJ) uma máquina fantástica que se destacou em provas de longa duração. A cor escolhida para a barata fez surgir o apelido de "Febre Amarela", numa alusão à canseira que o Mavecão gerava aos adversários mais novos e modernos nas provas em que participava.

Os dois apaixonados são o preparador Rui Carlos e o piloto Alexandre Costa, que ao lado de Paulo Lomba e de Andreas Mattheis, disputaram as Mil Milhas Brasileiras no ano de 1996 e finalizaram a prova em uma excelente terceira posição.

Com toda a preparação de corrida, incluindo a alimentação de quatro carburadores de corpo duplo, a usina chegava a estimados 420 cavalos. O ronco do engenho era de arrepiar!





No vídeo, reportagem do ótimo jornalista Décio Lopes, no Esporte Espetacular, sobre o "Febre Amarela"













Maverick "Red Ford" de Marcos Philippi

Estávamos em janeiro de 2015. Na reta oposta do antigo e maravilhoso circuito de Interlagos, eu e o Luiz Henrique acompanhávamos uma etapa do Campeonato Paulista de Arrancada. Fazia sol e calor e após acompanhar muitas "puxadas", fomos até ao traçado misto para acompanhar um pouco de um track day que estava acontecendo. Logo de primeira me chamou a atenção um Maverick vermelho que andava como carro de corrida. Ao visitar os boxes, vendo mais de perto o torpedo, veio a constatação de tratar-se de um autêntico "race car".

A ficha técnica é de respeito: V8 de 5 litros e meio de capacidade volumétrica, aproximadamente 450 cavalos de potência e câmbio sequencial. A suspensão foi dimensionada para as pistas de corrida, pneus slick são montados em rodas BBS de aro 18 polegadas e as pinças de freio que "mastigam" dos discos são da tradicional marca Brembo. Para arrematar as qualidades desse torpedo, diversas peças da carroceria como portas e tampas do motor e porta-malas confeccionadas em fibra de vidro, para aliviar o peso.












Maverick branco #16 da Automotor

Não poderia, em uma postagem sobre Mavericks nacionais de corrida, deixar de citar o clássico branco com faixas azuis número 16 da oficina Automotor. Talvez ele seja um dos carros de corrida mais antigos ainda em atividade, tendo participado de provas na Turismo 5.000, Força Livre, Mil Milhas Brasileiras e Arrancada. Recentemente, Batistinha (filho da lenda da preparação dos V8, Luiz Batista) reformulou o bólido, modernizando a preparação, contando inclusive com câmbio sequencial.



A configuração atual da fera - race car!




Aqui um clique em alguma edição das Mil Milhas Brasileiras na década de 90





Aumente o volume ou coloque os fones de ouvido para ver e ouvir essa volta fantástica em Interlagos com o #16



sábado, 25 de agosto de 2018

Arquivos do celular - coisa estranha


Quer saber qual é o resultado do cruzamento de um Daihatsu Granmove com uma Palio Weekend? É só dar uma olhada na foto que segue...





Acessórios antigos


Nas décadas de 70 e 80, os lançamentos de novos modelos de automóveis no Brasil aconteciam com muitos anos de intervalo. As novidades eram escassas e também neste período as importações estavam proibidas no país.

Diante de todo esse marasmo, em que pese nesse período termos os melhores carros da nossa indústria automotiva, quem "fazia a festa" eram as empresas produtoras e vendedoras de auto-peças e acessórios.

A oferta era enorme e passava por pneus, rodas, preparações de motor até bancos, equipamentos de som e demais incrementos relacionados a carroceria e interiores. As modificações de modelos também eram muito corriqueiras, principalmente para espelhar carros importados. Empresas como Sulam, Dacon, Brasinca ofereciam uma vasta gama de modelos exclusivos.

Nesta postagem, vamos mostrar algumas propagandas de acessórios bastante populares e muito vendidos nas décadas de 70 e 80. Confira!