No automobilismo de competição profissional, uma das missões mais difíceis em todo o mundo é a realização de campeonatos de carros multi-marcas. É obvio que na batalha esportiva cada fabricante vai querer sobrepujar sobre as concorrentes, mostrando ao público a sua superioridade, com vistas à abocanhar cada vez mais as fatias de vendas de automóveis. Quem elabora e organiza o regulamento técnico então tem um esforço hercúleo para administrar o anseio de fábricas, equipes e pilotos, principalmente se eventualmente uma marca desponta com bons resultados.
Foi com todo esse pano de fundo que a partir do ano de 1983, foi criado e organizado o primeiro campeonato de marcas. O desafio era grande. Pela primeira vez na história do automobilismo brasileiro, seria disputado um campeonato multimarcas, de forma oficial. As quatro fábricas instaladas no país, Ford, Fiat, Chevrolet e Volkswagen estariam envolvidas. O regulamento foi definido em meados de janeiro de 1983 e foi baseado no Grupo 1 FIA internacional. Teríamos em disputa os carros de produção nacional equipados com motorização de até 1.600 centímetros cúbicos de capacidade, em corridas de longa duração - muitas tradicionais, como os Mil Quilômetros de Brasília e as 12 horas de Goiânia, por exemplo. De qualquer forma, adaptações nos carros seriam necessárias para adequações de performance entre as diferentes marcas.
Para realizar o balanço de performance e definir o regulamento técnico, foram programados testes de equivalência de desempenho entre os carros elegíveis ao campeonato. O primeiro teste coletivo nesta pré temporada diferente foi realizado no dia 9 de janeiro de 1983, um domingo. Foi uma programação de pista bem extensa, das 9 horas da manhã até às 18 horas. Todos os pilotos teriam a oportunidade de andar em todos os carros. Alguns tinham ligação com certas marcas, em disputas de outrora. Os pilotos selecionados para a missão foram: Átila Sipos, Luis Otávio Paternostro (que tinham ligação com a Fiat), Reynaldo Campelo e Ingo Hoffmann (com fortes vínculos com a Chevrolet), Edgar Amaral, Aloísio Andrade Filho, Luis Evandro Águia (com ligações na Ford) além de José Rubens Coelho Romano, José Cherchial Junior, Marcos Galasso e João Naracci Neto.
Das quatro marcas envolvidas com o campeonato, três enviaram carros para Interlagos. A Chevrolet mandou os modelos Chevette e Monza. A Ford mandou o Corcel II e a Fiat o 147/Spazio. A Volkswagen não mandou carros, porém os testes para a marca foram possíveis graças ao empréstimo de um Voyage de propriedade de Reynaldo Campelo e de um Passat utilizado no campeonato paulista de turismo 1.600.
Os testes consistiram em 140 voltas pelo circuito completo e os quesitos avaliados foram tempos de volta, velocidade máxima alcançada, tempos aferidos no miolo do circuito e outros dados. Tudo sendo supervisionado por Bruno Brunetti, o comissário técnico designado pela Confederação Brasileira de Automobilismo para coordenar os trabalhos de definição do regulamento do novo certame, que na ocasião explicou que o balanço de performance seria realizado principalmente no quesito relação peso-potência entre os carros selecionados para o campeonato. A aquisição dos dados do teste ficou a cargo da equipe de Ciro Baumann. No dia seguinte os comissários técnicos reuniram-se com os pilotos para colher as impressões e informações dos testes.
Já no mês de janeiro, diversos pilotos e preparadores se movimentavam para a montagem e preparação dos carros. Reynaldo Campello, que sempre teve ligações com a Chevrolet, liderava a preparação de um Chevette e um Monza, este último que acabou não sendo construído. Ingo Hoffmann também estaria no esquadrão da marca da gravatinha, com um Chevette. A Ford já desenvolvia o Corcel II. Para os carros da Volkswagen, o Passat e o Voyage eram os modelos cotados a participar do campeonato. Na Fiat o modelo seria o pequeno 147/Spazio. Atila Sipos e Luis Otávio Paternostro preparavam os carros da marca italiana.
Um segundo teste foi agendado por Brunetti em Interlagos, no dia 10 de fevereiro, uma quinta-feira. As atividades começaram cedo, às 8 e meia da manhã com Ingo Hoffmann, Egidio "Chichola" Micci, Átila Sipos, Aloísio Andrade Filho, Reinaldo Campelo e Luis Otávio Paternostro. Existia a previsão da Volkswagen levar o Voyage, o Passat e o Gol, da Fiat levar uma dupla 147/Spazio, um preparado pela revenda Milano e outro pela Sultan, a Ford levaria o Corcel II (que tinha o plano de homologar o Escort, que só seria lançado ao público consumidor no segundo semestre de 83) e a Chevrolet levaria o Monza e um Chevette do piloto Alencar Jr., que havia disputado a última edição das Mil Milhas Brasileiras.
Mas as expectativas dos envolvidos no trabalho de homologação dos carros foi frustrada. A Volkswagen mandou para Interlagos um Gol e um Passat originais, sem ao menos o santo-antônio montado nos carros. A Chevrolet não enviou o prometido Monza 1.6 preparado. Bruno Brunetti, o responsável técnico da CBA, desanimado, desabafou: "acredito que as fábricas estão encarando esse campeonato, que é uma coisa séria, como uma brincadeira inconsequente". Ali já se apresentavam os primeiros problemas de relacionamento com as montadoras, fato que permearia toda a existência do certame.
Apesar dos infortúnios, os trabalhos evoluíram. Em reunião entre os comissários técnicos e os pilotos, ficou decidido que a equiparação seria feita da seguinte forma: o Passat TS seria equipado com o carburador do antigo modelo 1.500, o que deixaria mais próximo em desempenho de Fiat 147, Corcel e Chevette. Os pilotos concordaram e, especificamente, Luis Otávio Paternostro trouxe um dado importante para efeito comparativo: "em Interlagos, o Fiat consegue virar 3m45s7 e o Corcel 3m44s9 em ritmo de classificação. Em Goiânia, o Fiat roda 1m58s9 e o Corcel 1m59s2". Agora o anseio de pilotos e preparadores era que o regulamento técnico fosse aprovado o mais rápido possível para que o trabalho de preparação pudesse ser iniciado.
Mais testes foram realizados no final do mês de fevereiro, em Interlagos. Para se ter uma ideia de performance, a bordo um Voyage da fábrica, com o interior aliviado, suspensões mais baixas e rodas de aço montadas em pneus CN36, o piloto Egidio "Chichola" Micci virou o tempo de 3m50s68. Luis Evandro Águia com o mesmo carro marcou o melhor tempo em 3m51s5. Um Gol também estava à disposição dos testes. O piloto, engenheiro e jornalista Bob Sharp andou no carro e fez sua melhor passagem em 3m58s40. Quem andou também foi Águia, que foi mais rápido: 3m56s59. A Volks também trouxe um Fusca e coube a Bob Sharp andar no besouro. O melhor tempo de volta ficou em 4m45; o já clássico modelo era uma carta fora do baralho na participação do campeonato - participaria de poucas provas e somente em 83. Mas o carro que estava dando mais dor de cabeça aos comissários técnicos da CBA era o Passat, que nesta altura tinha desempenho superior aos demais modelos. Por fim, a Volks anunciou mais à frente, em março, que iria apoiar pilotos "fiéis à marca", cedendo seis modelos Voyage para as duplas de pilotos Clemente de Faria e José Junqueira, Leonel e Anor Friedrich (irmãos), Armando Balbi, Egidio "Chichola" Micci, Waldyr Silva, Vicente Correa Neto e possivelmente os irmãos Josué e Dimas Pimenta.
E as confirmações continuavam por toda a pré-temporada. Em abril Ingo Hoffmann acertava a participação de Chevette. A Fiat definia seu esquadrão de pilotos: Toninho da Matta que até então estava cotado a andar de Volkswagen, fechou o patrocínio com a transportadora Sada e andaria no Brasileiro de 147. Luis Otávio Paternostro também era outro piloto a andar nos pequenos Fiats. Egidio Chichola correria de Volkswagen. Aloysio Andrade Filho confirmava a sua participação com o Corcel II. E assim equipes, preparadores e pilotos iam ajustando os seus esquemas para a primeira prova, as 6 Horas de Interlagos, marcada para o dia 5 de junho.
6 Horas de Interlagos - 04/06/1983
Depois de uma longa pré-temporada de mais de seis meses de preparações, testes e homologações, as equipes aportaram em Interlagos para a disputa das primeira prova da história do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos. Teríamos uma prova longa, com largada às 21 horas e chegada por volta das 3 da manhã.
A programação previa sessões de treinos livres na quinta-feira, 2 de junho (que foram realizados com muita chuva) e as sessões classificatórias na sexta-feira, divididas em duas partes: uma das 15h às 16h e outra das 20h às 21h. A largada seria dada às 21 horas de sábado. Tínhamos um excelente grid previsto até aquele momento de 41 carros, ótima marca para uma estreia de campeonato!
Nos treinos livres a Fiat começava a mostrar que andaria bem nesse campeonato. Murillo Pilotto, do Rio de Janeiro, ficou com a melhor marca andando com o 147 equipe Victori, com a marca de 4m7s2. O carioca faria dupla com Paulão Gomes. Uma das grandes atrações para a prova, o piloto Chico Serra, que naquele ano corria na equipe Arrows de Fórmula 1, foi trazido a peso de ouro: 2 milhões de cruzeiros, aproximadamente. Chico pouco andou no Chevette da equipe Comercial/Lilipop/Veplan, que teve problemas de motor. Serra teria a forte parceria de Ingo Hoffmann. A equipe era chefiada por Beto Coutinho Ferreira, que também era o piloto do outro Chevette da equipe, em dupla com Edgard Mello Filho.
Passeando pelos boxes era possível presenciar presenças importantes, como a do preparador Caio Luiz Mattos de Queiroz Telles, o "Caito", trabalhando no Ford Corcel II da dupla Zeca Salsicha e Roberto Rocha (equipe Luwasa). Alfredo Guaraná Menezes participaria da prova com um Volkswagen Voyage da equipe Losacco/Castrol/ Riomoto ao lado de Waltinho Travaglini. Outra dupla forte marcando presença era dos gaúchos Egon Hertzfeldt e Walter Soldan, da equipe Fiat Ritmo.
Nas provas de classificação da sexta-feira, os melhores tempos foram aferidos na sessão realizada na parte da tarde, das 15h às 16h, pois choveu na sessão noturna e os pilotos não conseguiram superar as marcas anteriores.
O melhor desempenho ficou com os Fiats. O grid seria ponteado pelos pequenos 147, com quatro carros quatro primeiras posições. A pole histórica, a primeira do novo campeonato, ficou com Hélio Horácio Matheus, da equipe Sultan, com o tempo de 3m44s01. Além dos Fiats (13 carros), teríamos ainda na pista modelos como Chevette (12 carros), Corcel (8 carros), Fusca (1 carro), Gol (1 carro), Voyage (7 carros) e Passat (4 carros), num total de 46 inscritos.
O Chevette era o modelo que mais carecia de desenvolvimento
Há de se destacar alguns fatos inusitados da sexta-feira. A arquibancada próxima à torre de cronometragem estava literalmente caindo. Foi interditada a tempo de acontecer algo mais sério. No interim entre as duas sessões de classificação, os fiscais de pista tranquilamente jogavam partidas de vôlei, andavam de bicicleta e patins na reta dos boxes. Outros tempos! Houve uma discussão pela utilização dos faróis para a prova. O piloto Edgard Mello Filho debateu com Rubens Carpinelli e outros comissários da CBA pois utilizaria, em nome da melhor eficiência, faróis de uma marca diferente da fornecida e indicada pela organização do campeonato - a marca inclusive era patrocinadora da corrida. Depois de bastante discussão, chegou-se ao consenso de que, dos quatro faróis auxiliares, dois deveriam ser os do patrocinador da prova.
Alheios a tudo isso, a equipe Comercial/Lilipop/Veplan estava às voltas com panes generalizadas no Chevette. A dupla Ingo e Chico pouco andaram e largariam numa longínqua 39ª posição. Essa era apenas uma prévia do calvário que seria a disputa com o carro da Chevrolet, que parco apoio deu às equipes que correram com seu carro.
O domínio da Fiat se estendeu pela corrida, que teve atraso na sua largada em 40 minutos. A prova foi vencida pela dupla Xandy Negrão e Luis Otávio Paternostro, uma vitória histórica. O segundo, terceiro e quarto colocados também foram Fiats Spazio/147. Na quinta posição chegou o Corcel II da equipe Sonnervig, um surpreendente resultado. Lá atrás Chico Serra fez uma excelente prova de recuperação - largando da 39ª posição em três voltas já era o décimo-quinto, mas o esforço foi em vão: o motor do Chevette fundiu quando eles ocupavam a décima oitava posição. Essa foi uma amostra do baixo desempenho do carro da Chevrolet: nenhum Chevette terminou nas dez primeiras posições.
Os dez primeiros colocados das 6 Horas de Interlagos foram os seguintes:
1º - #2 Xandy Negrão / Luis Otávio Paternostro (Equipe Milano) - Fiat Spazio/147 - 86 voltas
2º - #10 Paulo Gomes / Murillo Pilotto (Equipe Victori/Vicauto) - Fiat Spazio/147
3º - #04 Zeca David / Roberto Sávio (Equipe Milano) - Fiat Spazio/147
4º - #13 Toninho da Matta / Giuseppe Marinelli (Equipe Sada/Localiza) - Fiat Spazio/147
5º - #11 Ciro Aliperti Jr. / Aloysio Andrade Filho (Equipe Sonnervig) - Ford Corcel II
6º - #6 Dimas de Melo Pimenta / Egidio "Chichola" Micci (Equipe Dimep) - Volkswagen Voyage
7º - #14 Alfredo Guaraná Menezes / Walter Travaglini (Equipe Losaco) - Volkswagen Voyage
8º - #12 Carlos A. Bandeira de Mello / Vinicius Pimentel (Equipe Sada/Localiza) - Fiat Spazio/147
9º - #3 Silvio Zambello / José Romano Coelho (Equipe Sultan) - Fiat Spazio/147
10º - #7 Victor Steyer / Olicio dos Santos / Afonso S. Rangel (Equipe Fila) - Ford Corcel II
A alegria de Luis Otávio Paternostro e Xandy Negrão no pódio
Xandy Negrão / Luis Otávio Paternostro
O domínio da Fiat em São Paulo fez acionar uma luz de alerta para os comissários desportivos responsáveis pelo campeonato e também o protesto das equipes / fábricas adversárias. Na quarta-feira posterior à corrida em Interlagos, Bruno Brunetti convocou uma reunião para tratar do assunto. Os Spazio tinham um esquema de preparação que consistia em um carburador de maior capacidade, válvulas do motor maiores, comando com regulagem de ponto alterado e suspensões recalibradas. Para buscar o equilíbrio, o Voyage por exemplo poderia receber carburação dupla e alívio de peso. Corcel e Chevette também poderiam receber melhorias para acompanhar o desempenho dos demais modelos, como por exemplo retrabalho de cabeçote do motor.
A Fiat aproveitou o ótimo resultado em Interlagos para fazer propaganda do seu produto
Após os ajustes de balanço de performance efetivados, foram realizados testes coletivos no dia 22 de junho em Interlagos. No Voyage foi adotado o carburador de corpo duplo e realizado um alívio de 39 quilos de peso. O Gol também recebeu carburação dupla e foi equalizado a 715 quilos de peso total. O Chevette recebeu um retrabalho de cabeçote e buchas mais rígidas na suspensão. Por fim, os Fiats não tiveram mudanças técnicas. Nos testes, o Gol pilotado por Alfredo Guaraná Menezes e o Corcel II pilotado por Aloysio Andrade Filho viraram no mesmo tempo. Ingo Hoffmann obteve os melhores tempos com o Spazio (3m46s37) e o Chevette (3m47s21). Chichola andou com o Voyage e marcou o melhor tempo em 3m26s17.
Após todos os testes e avaliações, Brunetti definiu então as mudanças para o regulamento técnico do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos. A relação peso-potência agora deveria obedecer o parâmetro de 1 HP para cada 9,2 quilos. O peso ideal para o conjunto de santo-antônio e extintor deveria ser de 36 quilos e seria somado ao peso mínimo de cada carro: 782Kg para o Passat e o Voyage; 718Kg para o Gol; 690Kg para o Spazio; 699Kg para o Chevette; e 691 Kg para o Corcel II. Assim, as equipes teriam até a segunda semana de julho, quando seria disputada a segunda etapa do campeonato, no Rio de Janeiro, para realizar os ajustes nas máquinas.
12 Horas do Rio de Janeiro - 10/07/1983
O desafio da segunda etapa da temporada era a de uma prova 12 horas, a primeira corrida de longa duração realizada no belo autódromo de Jacarepaguá desde a sua inauguração, em 1976. Os treinos livres foram realizados na quinta-feira, mas não sem antes termos um fato inusitado: não havia chegado ao autódromo a quantidade suficiente de pneus da Pirelli para toda a programação do fim de semana. Bruno Brunetti precisou intervir junto à borracheira para receber o carregamento completo, que era da monta de aproximadamente 200 pneus.
Outro reporte da semana foi a da misteriosa sondagem da Toyota à Confederação Brasileira de Automobilismo para homologação de um carro para o Brasileiro de Marcas. O que causou mais estranheza é que, naquela altura, a fábrica japonesa sequer produzia veículos de passeio no país. O assunto não teve mais evoluções futuras.
A prova recebeu a inscrição de 54 carros, sendo 15 Fiat Spazio/147, 10 VW Passat, 10 GM Chevette, 9 VW Voyage, 9 Ford Corcel II, 1 VW Gol, 1 VW Fusca e 1 GM Monza. Nas práticas livres da quarta, os Voyages mostravam-se mais rápidos que os Fiats. O mais rápido virou em 2m29 enquanto o melhor Fiat rodou em 2m31s3, o que poderia ser uma amostra de que as mudanças técnicas tinham surtido efeito. Mas era prudente aguardar os treinos oficiais e a corrida para corroborar ou refutar essa teoria.
A tabela de pontuação das marcas mostrava nesse momento a Fiat com 47 pontos, Volkswagen com 10 pontos, Ford com 9 pontos e a Chevrolet sem pontuação. Não por acaso a marca da gravatinha era a fábrica que menos fornecia apoio neste momento às equipes que escolheram seus carros para competir.
A nota feliz do fim de semana era a participação de uma dupla feminina na prova. A experiente Graziela Fernandes dividiria a pilotagem de um Fiat com a piloto Maria do Carmo Zacarias, que atuava em ralis de regularidade. Essa seria a primeira de muitas participações femininas na história do campeonato.
Seriam duas as sessões de classificação para a prova, uma das 14h às 15h30 e outra à noite, das 19h30 às 21h. Ao final das provas de classificação, o poderia da Fiat foi confirmado, mesmo depois de todas as mudanças técnicas no balanço de performance dos carros. Nas 7 primeiras posições de largada, 7 carrinhos da fábrica italiana. A pole position ficou com os líderes do campeonato e vencedores da primeira prova, a dupla Xandy Negrão e Luis Otavio Paternostro, com o tempo de 2m30s91. Na segunda posição a dupla gaúcha Egon Ertzfeldt e Walter Soldan e em terceiros, o trio de Minas Gerais formado por Vinicius Pimentel, José Junqueira e Carlos Bandeira de Mello.
A prova largou às 22 horas do sábado e castigou praticamente metade dos competidores com quebras e abandonos. Por volta das 10 da manhã de domingo, recebiam a bandeira quadriculada o trio mineiro Vinicius Pimentel, José Junqueira e Carlos Bandeira de Mello à bordo do Fiat Spazio nº 37. Em segundo, mais um Fiat, da dupla Toninho da Matta e Giuseppe Marinelli, que com esse resultado alcançaram a liderança na tabela de pilotos. No final da prova houve uma pequena confusão com a cronometragem e os segundos colocados chegaram a receber a bandeira de xadrez do diretor de prova Mihale Hidasy como vencedores, mas o engano foi desfeito a tempo.
O Spazio vencedor no Rio, do trio Vinicius Pimentel / José Junqueira / Carlos Bandeira de Mello
A se destacar a presença de dois Chevettes entre os dez primeiros colocados e também a segunda prova consecutiva de pontuação do Corcel II de Ciro Aliperti Jr. e Aloysio Andrade Filho.
1º - #37 Vinicius Pimentel / José Junqueira / Carlos Bandeira de Mello - Fiat Spazio/147 - 275 voltas
2º - #38 Toninho da Matta / Giuseppe Marinelli / Jorge de Freitas - Fiat Spazio/147
3º #04 Alfredo Guaraná Menezes / Walter Travaglini - Volkswagen Voyage
4º #99 Antônio Fornari / Carlos Petry / Paulo Hoerlle - Fiat Spazio/147
5º #18 Gastão Weigert / Saul Caus - Chevrolet Chevette
6º #07 Ciro Aliperti Jr. / Aloysio Andrade Filho - Ford Corcel II
7º #05 Dimas de Melo Pimenta / Egidio "Chichola" Micci - Volkswagen Voyage
8º #02 Ingo Hoffmann / Pedro Queiroz Pereira - Chevrolet Chevette
9º #23 Edgar do Amaral / Paulo Della Volpi - Volkswagen Passat
10º #48 Aroldo Bauermann / Renato Connil - Volkswagen Voyage
Com o resultado no Rio de Janeiro, a Fiat disparou na tábua de pontuação das marcas, com 92 pontos. Bem mais atrás, vinha a Volkswagen com 29 pontos, Ford com 15 e Chevrolet com 11 pontos.
A Fiat, no melhor estilo "vença no domingo e venda na segunda" aproveitava da melhor forma a boa fase nas pistas para fazer publicidade
12 Horas de Goiânia - 30/07/1983
As equipes e pilotos enfrentariam mais uma prova de 12 horas, dessa vez nos 3.835 mil metros da pista em Goiânia. Por conta do domínio dos Fiats, os Spazios agora utilizariam carburadores e válvulas originais. Pelos bons resultados da Volks, Passat e Voyage ganhariam para a prova 50 quilos de lastro. Mais uma mudança no regulamento técnico buscando equalizar a performance dos carros.
Outra mudança foi a do companheiro de equipe de Ingo Hoffmann. Assumiria a pilotagem do Chevette em dupla com o "alemão" o piloto Affonso Giaffone. Falando em mudança, a dupla Alfredo Guaraná Menezes e Walter Travaglini trocaram o VW Voyage que vinham usando até então pelo Fiat Spazio/147, com apoio da equipe Galileo.
A programação - como de costume - previa treinos livres na quinta-feira, as provas de classificação na sexta e a corrida com largada na meia-noite do sábado. Nos treinos livres, divididos em duas sessões, uma de dia e outra à noite, a Fiat obteve os melhores tempos com Luis Otávio Paternostro (1m56s72) e Cláudio Girotto (1m57s05). Gastão Weigert conquistou uma ótima marca com o Chevette, registrando a melhor volta na casa de 1m58, sendo o terceiro colocado.
Em primeiro plano o Ford Corcel de Victor Steyer e Olício dos Santos
E este bom desempenho do Chevette de Weigert se confirmou nas provas de classificação. Gastão, que corre com os parceiros Saul Caus e Edson Yoshikuma cravou a pole position com o tempo de 1m56s35. Outra surpresa foi a ausência dos Fiats nas cinco primeiras posições do grid - o melhor Spazio/147 apareceu apenas na sétima posição. Na segunda posição ficaram Renato Conil e Aroldo Bauermann (1m57s86) de VW Voyage, em terceiro Egídio "Chichola" Micci e Dimas Pimenta (1m57s88), em quarto Arthur Bragantini e Marcos Gracia (1m58s07) de VW Voyage e em quinto José Luis Nogueira e Edson Pizzoli (1m58s17) de VW Voyage.
Paulão Gomes e equipe
A esperança era de que o maior equilíbrio dos treinos tivesse reflexo na corrida. Mas, não foi o que aconteceu. A Fiat foi melhor que a concorrência novamente e dominou mais uma vez uma corrida do campeonato. Depois de 355 voltas no traçado de Goiânia, os gaúchos da equipe Primorosa, formada pelo trio Fornari / Petry e Hoerlle levaram a melhor e conquistaram a primeira vitória no campeonato, com uma volta de vantagem para o segundo colocado. Mais um triunfo para a Fiat que seguia invicta e liderava o campeonato das marcas com folga - 135 pontos contra a segunda colocada Volkswagen, que tinha 52 pontos.
Os Chevettes não confirmaram a boa performance dos treinos e sequer terminaram entre os cinco primeiros colocados - o melhor terminou a prova na nona colocação e nem foi o carro de Weigert/Caus/Yoshikuma, mas sim o do trio Edson Gracyck / José Sanches / Júlio Guidolin. Após três etapas, Fiat e Volkswagen continuavam ditando as cartas entre as marcas e mesmo as constantes mudanças de regulamento visando o equilíbrio tirou a hegemonia desportiva da marca italiana.
No campeonato de pilotos o mineiro Toninho da Matta, mesmo sem vencer ainda em 1983, com sua constância de resultados era o líder, com 35 pontos conquistados. Os cinco primeiros em Goiânia foram:
1º - #99 Antônio Fornari / Carlos Petry / Paulo Hoerlle - Fiat Spazio/147 - 355 voltas
2º - #04 Zeca David / Roberto Sávio (Equipe Milano) - Fiat Spazio/147
3º - #05 Dimas de Melo Pimenta / Egidio "Chichola" Micci - Volkswagen Voyage
4º - #38 Toninho da Matta / Jorge de Freitas - Fiat Spazio/147
5º - #48 Aroldo Bauermann / Renato Connil - Volkswagen Voyage
O Spazio vencedor em Goiânia, do trio gaúcho Antônio Fornari / Carlos Petry / Paulo Hoerlle
Mil Quilômetros de Brasília - 03/09/1983
A boa novidade para a quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos era a estreia do Ford Escort, em substituição ao Ford Corcel II. Por ser um carro de concepção mais moderna e ter dimensões menores em relação ao Corcel, o Escort gerava grande expectativa de trazer a Ford para a linha de frente das disputas.
Nos treinos livres de Brasília, repetindo a etapa em Goiânia, mais um Chevette dominou as ações, desta vez com a dupla Ingo Hoffmann e Afonso Giaffone, que marcaram o tempo de 2m37s54, por volta de 1 segundo mais rápido que o VW Voyage de Aroldo Bauermann e Renato Connil. Ingo e Giaffone melhoraram o ritmo e cravaram na sexta-feira a pole position para a corrida com o tempo de 2m35s96. Dessa vez, trouxeram com eles na primeira fila mais um Chevette, de Gastão Weigert e Alencar Jr., que viraram 2m37s12.
Com a tradicional largada à meia-noite de todas as provas do calendário, Brasília assistiu à primeira vitória de um carro que não um Fiat. Coube à Volkswagen quebrar a hegemonia da marca italiana e o feito foi da dupla Aroldo Bauermann e Renato Connil, que fazem um ótimo campeonato. Apesar das 12 horas de prova, foi uma corrida apertada e os dois primeiros colocados terminaram na mesma volta. Os três primeiros colocados da prova foram Volkswagens.
Com a palavra dada aos repórteres da Folha de São Paulo, os vencedores: "o carro foi perfeito em tudo. A gente nem ia trocar os pneus, mas mudamos de ideia por segurança" relatou Bauermann. Já Connil fez um apanhado dos resultados até o momento: "em São Paulo, perdemos por causa do regulamento. No Rio, em virtude da quebra do rolamento da roda traseira; e em Goiânia, a pastilha de freio estourou quando o carro liderava". O piloto também fez questão de ressaltar o ótimo trabalho do preparador Mário Ramos.
A Fiat dessa vez não foi bem e a esperada conquista do campeonato das marcas não veio. O melhor Spazio/147 terminou na quarta colocação com a dupla Luis Otávio Paternostro e Xandy Negrão. Quem mais uma vez decepcionou foram os Chevettes, que ficaram pelo caminho com as costumeiras quebras que vem acompanhando os carros da Chevrolet.
Os Ford Escort estrearam e tiveram um bom desempenho, segundo a avaliação do diretor de competições da marca americana, Hélio Perini. Para o dirigente, o fato do carro ser novo não permitiu nessa prova resultados melhores, mas para as próximas corridas os vôos poderiam ser mais altos.
O melhor Escort finalizou as 12 Horas de Brasília na sexta colocação, pilotado pelos experientes pilotos Jan Balder e Francisco Lameirão, defendendo as cores da equipe Cinzano. Chiquinho Lameirão, também em entrevista para a Folha, destacou: "foi muito melhor do que esperávamos. O carro é ótimo! Fiquei satisfeito principalmente com os freios, que eu considero excepcionais. Ainda precisamos fazer uns ajustes no motor e melhorar a suspensão".
O Escort de Chiquinho Lameirão e Jan Balder
O resultado final dos Mil Quilômetros de Brasília:
1º - Aroldo Bauermann / Renato Connil - Volkswagen Voyage - 170 voltas
2º - Dimas de Melo Pimenta / Egidio "Chichola" Micci - Volkswagen Voyage
3º - Paulo Sarmento / Paulo Maepa / Paulo Bocautl - Volkswagen Passat
4º - Xandy Negrão / Luis Otávio Paternostro - Fiat Spazio/147
5º - Vinicius Pimentel / José Junqueira / Clemente de Farias - Volkswagen Passat
6º - Francisco Lameirão / Jan Balder - Ford Escort
7º - Alfredo Guaraná Menezes / Walter Travaglini - Fiat Spazio/147
8º - Atila Sipos / Hélio Horacio Matheus - Fiat Spazio/147
9º - Dedê Gomes / Edgar do Amaral - Volkswagen Passat
10º - Antônio Fornari / Paulo Hoerlle - Fiat Spazio/147
11º - Ciro Aliperti Jr. / Aloysio Andrade Filho - Ford Escort
12º - Reinaldo Meneghello / Pitoco / Jorge Abdala - Ford Escort
13º - Paulo Gomes / Silvio Zambello - Fiat Spazio/147
14º - Armando Balbi / Jaime Figueiredo - Volkswagen Voyage
15º - Carminha Mascarenhas / Marcelo Toldi - Fiat Spazio/147
16º - Murilo Pilotto / João Carlos "Capeta" Palhares - Fiat Spazio/147
17º - Egon Ertzfeldt / Walter Soldan - Fiat Spazio/147
18º - Sérgio Louzão / Aloisio Andrade / Sérgio Slaviero - Ford Corcel
19º - Ruyter Pacheco / Nelson Silva - Fiat Spazio/147
20º - Júlio Guidolin / Pepito Sanchez - Chevrolet Chevette
Renato Connil e Aroldo Bauermann, os vencedores de Brasília
6 Horas de Tarumã - 16/10/1983
O desafio da penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos de 1983 seria no excelente circuito de Tarumã. O traçado queridinho de muitos dos pilotos tupiniquins prometia proporcionar ótimas disputas. Nos treinos classificatórios a promessa de melhor desempenho dos dirigentes da Ford realizada em Brasília se concretizou. A pole position foi conquistada pela dupla gaúcha Olício dos Santos e Victor Steyer, com Escort. Como de costume, o grid em Tarumã teria um total de 45 carros. Um destes era o Chevette 1973 do gaúcho Castrinho. Como fato curioso, o carro em seus 10 anos de idade já havia sido até taxi. Por fim, Ingo Hoffmann surpreendeu a todos a anunciar que disputaria a etapa de Tarumã em dupla com Jaime Figueiredo, no VW Voyage da equipe do carioca.
Na corrida, a Fiat voltou a mostrar sua força. Mais uma vez, como foi visto na prova em Jacarepaguá, a cronometragem liderada por Ciro Baumann cometeu diversos erros e o resultado final da prova só foi divulgado posteriormente. Ao final, a vitória ficou com a dupla da equipe Sada/Localiza, Claudio Girotto e Giuseppe Marinelli. Toninho da Matta e Jorge de Freitas completaram a dobradinha da Fiat. Ingo Hoffmann experimentou um equipamento mais competitivo e finalizou no seu primeiro pódio na temporada. A se destacar também a ótima quarta colocação do Chevette da família Pezente. Com os resultados dos Fiats, a fábrica italiana computou até aquele momento 197 pontos contra 114 da Volkswagen e sagrou-se campeã de marcas de 1983, com uma prova de antecipação.
O resultado em Tarumã:
1º - Claudio Girotto / Giuseppe Marinelli - Fiat Spazio/147
2º - Toninho da Matta / Jorge de Freitas - Fiat Spazio/147
3º - Ingo Hoffmann / Jaime Figueiredo - Volkswagen Voyage
4º - Antenor Pezente / Arley Pezente - Chevrolet Chevette
5º - José Rubens Coelho / A. João - Fiat Oggi
Mais propagandas aproveitando o sucesso da Fiat no Brasileiro de Marcas e Pilotos
12 Horas de Interlagos - 11/11/1983
Com o título de marcas definido, o circo do Campeonato Brasileiro de Marcas voltou para Interlagos, onde havia disputado a prova de abertura. A expectativa era para a definição do título de pilotos - o mineiro Toninho da Matta da Fiat estava com uma das mãos na taça. Foi um campeonato de regularidade para um piloto que sequer havia vencido uma corrida até então. O mineiro conquistou até a etapa de São Paulo 55 pontos e para ser campeão, necessitaria terminar a prova até a sétima colocação. Caso abandonasse, dependeria do resultado dos seus adversários diretos, Egídio Chichola e Paulo Hoerlle.
Uma das boas atrações da prova era a participação da jovem piloto Maria Cristina Rosito, filha do experiente gaúcho Raffaele Rosito. Com apenas 17 anos, Rosito faria dupla com Evaldo Quadrado, de Fiat. A menina precisou de autorização especial para participar da etapa, por ser menor de idade. Teríamos mais uma representante feminina: a paulista Maria do Carmo Zacarias, que correria de Fiat com os parceiros Marcelo Toldi e Hélio Mateus.
A Ford mais uma vez foi bem nos classificatórios e colocou um Escort na pole position em Interlagos, nas mãos do trio Victor Steyer / Valdir Florenzo / Cláudio Mueller, com o tempo de 3m42s13. Os gaúchos Paulo Hoerlle / Antônio Fornari da Fiat classificaram-se em segundo com a melhor marca em 3m42s13. Os demais postulantes ao título largariam mais atrás: Toninho em décimo-segundo e Chichola em décimo-sexto. Na terceira posição do grid de largada teríamos mais um Ford Escort, capitaneado pelo trio Alex Dias Ribeiro, Gerry Cunningham e Ernesto Zogbi. Mais uma vez teríamos um ótimo grid de 52 carros para esta prova, que largaria à meia-noite do sábado.
Na corrida, o Escort pole position manteve a liderança por boa parte da corrida, mas um infortúnio alijou o Ford da disputa: na volta 154 um estouro de pneu fez o trio Steyer/Florenzo/Mueller abandonar a corrida. Outro que sofreu mas com problemas mecânicos foi Paulo Gomes, que chegou a andar na segunda colocação mas perdeu rendimento com problemas na embreagem do seu Fiat.
A prova foi vencida pela Tony Rocha e Armando Balbi do Rio de Janeiro, com VW Voyage seguidos de outro Voyage da dupla Fábio Sotto Mayor e Ingo Hoffmann. Os postulantes ao título não tiveram vida fácil em Interlagos. Chichola finalizou a prova numa apagada oitava colocação e o gaúcho Hoerlle em vigésimo-sétimo. Toninho da Matta finalizou na décima-nona colocação e com os resultados gerais sagrou-se o campeão de pilotos de 1983.
O resultado das 12 Horas de Interlagos:
1º - Armando Balbi / Tony Rocha - Volkswagen Voyage
2º - Fabio Sotto Mayor / Ingo Hoffmann - Volkswagen Voyage
3º - Xandy Negrão / Luis Otávio Paternostro - Fiat Spazio/147
4º - Alfredo Guaraná Menezes / Walter Travaglini - Fiat Spazio/147
5º - Ciro Aliperti Jr. / Aloysio Andrade Filho - Ford Escort
6º - Aroldo Bauermann / Renato Connil - Volkswagen Voyage
7º - Paulo Gomes / Atila Sipos - Fiat Spazio/147
8º - Dimas de Melo Pimenta / Egidio "Chichola" Micci - Volkswagen Voyage
9º - Marcelo Toldi / Matheus Zacarias - Fiat Spazio/147
10º - Luiz Evandro Águia / Luiz Ferreira - Ford Escort
A classificação final do campeonato entre as marcas ficou assim:
1º - Fiat - 225 pontos
2º - Volkswagen - 156 pontos
3º - Ford - 34 pontos
4º - Chevrolet - 20 pontos
A classificação final entre os pilotos:
1º - Toninho da Matta - 55 pontos
2º - Jorge de Freitas - 45 pontos
3º - Dimas de Melo Pimenta / Egidio "Chichola" Micci - 43 pontos
Toninho da Matta, o grande campeão
Apesar dos diversos percalços enfrentados durante todo o ano de 1983, como as constantes mudanças de regulamento técnico em busca da equalização desportiva, as reclamações das fábricas, problemas de cronometragem em duas etapas e a falta de apoio das fabricantes em dado momento, o balanço foi de um bom ano para a estreia de um campeonato multimarcas, com a presença de ótimas equipes e pilotos e quantidade muito boa de participantes. Agora era começar a se preparar para o ano de 1984, que prometia muito. Mas isso é assunto para a próxima postagem.
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