domingo, 27 de outubro de 2013
Nos tempos da Disco Music - segunda parte - na telinha e na telona
A era da Discoteca não foi apenas um movimento musical. Este estilo de música ganhou tanta força que influenciou, por exemplo, o jeito de se vestir, falar e o comportamento das pessoas, que adotaram este estilo de vida.
E a Disco Music também influenciou o cinema, a tal ponto de ser criada uma película exclusiva sobre o tema, em formato de romance. Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever, no título em inglês) estreou em 1977 e teve como grande protagonista o norte-americano John Travolta, que no filme incorpora a personagem do jovem Tony Manero. No auge da sua juventude, Travolta teve uma atuação marcante, foi seu principal "cartão de visita" para a crítica e o público.
Travolta soube como ninguém absorver toda a atmosfera da Disco Music e a ebulição desta novidade musical e comportamental e transformar uma atuação e presença marcantes nas filmagens. Algumas cenas do filme entraram para a história de Hollywood, como a da abertura, onde Tony Manero caminha pelas ruas do Brooklin, e também quando dança junto à atriz Karen Lynn Gorney no concurso da discoteca em que ele e seus amigos frequentavam, a Odisséia 2001.
Mas nem tudo foram "flores" para Travolta. No curso das gravações, o americano sofre um baque. Sua namorada, a atriz Diana Hyland, que também era atriz, falece. Travolta bravamente continua com as gravações.
O filme alcançou um sucesso estrondoso e a trilha sonora, não podia ser diferente, não poderia ser diferente, é recheada de hits disco. Bee Gees faz a base do disco (com Stayin Alive, Night Fever, More Than a Wonman e You Should Be Dancing), que conta também com The Trammps (Disco Inferno), KC and The Sunshine Band (Boogie Shoes), Tavares (More Than a Woman) e outros.
No Brasil, a relação da arte com o movimento da Disco Music também foi intensa e gerou diversos frutos, sendo um dos principais a gravação da telenovela "Dancing Days", em 1978.
A vênus platinada vinha em uma curva ascendente desde o início da década de 70, em termos de tecnologia, participação no mercado, volume de capital oriundo das cotas publicitárias e o principal, o corpo técnico e artístico. O telejornalismo e a teledramaturgia evoluíam a passos largos e deixavam a concorrência para trás.
Neste contexto, a novela Dancing Days contou com uma grande produção e direção, elenco qualificado e uma excelente audiência.
Em exibição no horário nobre da emissora (20 horas), o folhetim, que foi escrito por Gilberto Braga, contou com um "casting" composto por artistas de renome como Sonia Braga, Joana Fomm, Glória Pires, Antonio Fagundes, José Lewgoy, Mario Lago e outros. Sonia Braga é o grande destaque da novela. Ela interpreta a personagem principal, Julia, que torna-se habitué da discoteca chamada "Dancing Days".
A novela foi exibida, com igual sucesso, em diversos países pelo mundo. Aqui no Brasil, só ajudou a consolidar os hábitos de todo o universo da Disco Music.
A trilha sonora foi dividida em Nacional e Internacional. Destaque para artistas como As Frenéticas, Lady Zu, Gal Costa e Jorge Ben no disco nacional. Já a trilha internacional é recheada de hits da era Disco, contando com artistas como Village People, Santa Esmeralda, Boney M. e Voyage.
No próximo e último post desta série, falaremos das bandas, cantores e cantoras que fizeram sucesso com a Disco Music.
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