domingo, 28 de abril de 2019

30 anos do assustador acidente de Berger em Imola



A temporada de 1989 do Campeonato Mundial de Fórmula 1 foi um divisor de águas na mudança de regulamento da construção de motores no final da década. Até 1988 era permitida a utilização de motores turbocomprimidos, desde que a Renault em 1977 optou por entrar na competição utilizando seus propulsores com essa configuração.




Berger e sua Ferrari 640 V12 entrando nos pits de Imola



No final da década de 80, a Federação Internacional de Automobilismo, vendo aumentar cada vez mais o custo requerido para o desenvolvimento dos turbos, decidiu banir os propulsores sobrealimentados e limitar a cilindrada em 3,5 centímetros cúbicos. As principais construtoras de motores então passaram a utilizar motores de 10 e 12 cilindros, que em muitos casos beiravam os 850 cavalos. Os turbos foram embora mas a alta potência permanecia, agora acompanhada também de rotações próximas dos 18 mil rpm´s.

Outra novidade era a introdução do câmbio semi-automático pela Ferrari, que aposentava a velha alavanca de câmbio e levava para traz do volante as mudanças de marcha através de duas borboletas, uma para subida e outra para a descida das velocidades de forma sequencial.

Foi com esse câmbio que o inglês Nigel Mansel venceu a primeira etapa do campeonato, em Jacarepaguá, em março de 89. O novo aparato tecnológico mostrou resistência, ao lado do poderoso motor V12 da equipe italiana.

A segunda etapa seria disputada no veloz circuito de Imola, na Itália. A pole position foi conquistada pelo brasileiro Ayrton Senna, da McLaren-Honda. Fazia um belo domingo de sol quando os 26 pilotos partiram para as 58 voltas do Grande Prêmio.








A sequência da escapada em alta velocidade, o choque, a explosão dos tanques de combustível e o incêndio.



Na terceira volta, o austríaco Gerhard Berger da Ferrari inexplicavelmente passa reto na veloz curva Tamburello e bate de frente/lado na mureta. Ouve-se um estrondo medonho do bólido colidindo com o muro. Na câmera que acompanha o acidente, percebe-se que o carro gira no próprio eixo e, quase parando, irrompe-se um grande incêndio. Os tanques de combustível, lotados de gasolina para uma prova de quase 2 horas, explodem. Na transmissão da TV Globo, Galvão Bueno se assusta com a imagem e dispara: "um desastre de seríssimas proporções".




A Alfa-Romeo vermelha ao fundo corre para levar os bombeiros à Ferrari



Os bombeiros estavam trabalhando muito bem neste dia. Em 15 segundos chegam já com os extintores abertos e debelam rapidamente o fogo do que restou da Ferrari do austríaco. De fato, o carro ficou muito destruído. O cockpit não resistiu ao impacto e se desmanchou. A prova é interrompida através da bandeira vermelha para atendimento de Berger. As notícias sobre o estado de saúde não chegam imediatamente e o circo da Fórmula 1, os fãs no autódromo e os telespectadores prendem a respiração temendo o pior. Milagrosamente, Berger sobre apenas queimaduras nas mãos e pulsos em uma pequena lesão em uma costela, pouco diante da proporção do acidente.




Berger envolvido pelo caos: cockpit destruído e centenas de litros de gasolina banhando o indefeso piloto. Em mais alguns segundos o fogo viria





O monocoque da Ferrari não resistiu a contento a pancada no muro da Tamburello




Após aproximadamente 1 hora de paralisação, a prova é retomada e a vitória fica com Ayrton Senna, seguido pelo seu companheiro Alain Prost e pelo italiano Alessandro Naninni da Benetton. Berger não participa do Grande Prêmio de Mônaco e volta ao cockpit da Ferrari no GP do México.





O capacete do austríaco após o acidente






A narração de Galvão Bueno mostra o susto e a gravidade do acidente de Gerhard Berger. Note a rapidez dos bombeiros no combate ao fogo



sábado, 6 de abril de 2019

Campeonato NETKART AKAMIG 2019 - segunda etapa - 30/03/2019








No último sábado, 30 de março, foi disputada a segunda etapa do NETKART AKAMIG 2019, no Kartódromo Internacional de Betim, situado na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Nosso piloto Reginaldo Pereira, pelo regulamento, largaria nessa etapa na quarta posição do grid. Porém, antes, na quinta-feira, Reginaldo foi para a pista realizar um treino preparatório para a etapa.








Reginaldo largou bem e segurou a posição no começo da prova. Mas o dia na pista para o nosso piloto não seria nada fácil: "eu larguei em 4°, não consegui virar rápido e fui ultrapassado várias vezes", conta o piloto. E emenda: "meus pneus estavam bem ruins. Aquele furinho que determina se o pneu está novo estava quase sumindo nos 4 pneus. Acho que eu poderia ter ganho pelo menos 1 segundo nos tempos de volta se os pneus fossem novos. Logo que eu saí para a volta de aquecimento, se formaram aqueles "macarrões" nos pneus. Não troquei de kart porque não lembro do regulamento, em que posição eu largaria se eu efetuasse a troca, então me mantive na pista".





Grama virou zebra e zebra virou pista!




Foi uma corrida com muitos toques e empurradas para fora do traçado. Os competidores estavam com os ânimos exaltados dentro da pista. Tais comportamentos geraram punições e advertências pela direção da prova. Depois de muita luta no sábado ensolarado de Betim, Reginaldo terminou a prova na 12ª posição, guardando 15 pontos na classificação geral do campeonato. Agora, nosso piloto está na nona posição da tabela geral, com 29 pontos.