domingo, 13 de julho de 2014

Aviação e fotografia - Aeroporto de Congonhas (SP)


Aviação e fotografia são duas das minhas paixões. Tenho a oportunidade de morar próximo ao aeroporto de Congonhas e do meu quintal poder admirar as aeronaves ora decolando, ora pousando em um dos principais aeródromos do país.

Hoje o céu azul e limpo de inverno propiciou tirar diversas fotos com a minha Cannon Powershot 500SX, que tem um razoável zoom de 30x.

Bem, o resultado da união das duas paixões está aí embaixo.
















quarta-feira, 9 de julho de 2014

Meus nacionais preferidos - Saveiro TSi 2.0


O consumidor brasileiro não estava acostumado com picapes derivadas de modelos de passeio até o início da década de 80. É nesse período que surgem no mercado a Fiat City (derivada do Fiat 147 / Spazio), Chevy 500 (oriundo do Chevette), Ford Pampa (cuja base veio do Corcel II) e Volkswagen Saveiro (nascida a partir do Gol).


Inicialmente, a Saveiro segue a mesma base mecânica do primeiro Gol, com o tradicional motor boxer refrigerado a ar de 1.600 cilindradas de deslocamento, originado do velho Fusca. Mas logo chega a primeira reestilização e o modelo recebe motorização de refrigeração líquida. A aceitação do modelo no mercado é muito boa e o foco do seu uso continua sendo o para qual nasceu: o comercial e de transporte de cargas.




Porém, com o passar do tempo, essa finalidade de utilização começa a mudar de característica, por conta de um detalhe importante: as picapes derivadas de modelos de linha caem no gosto dos jovens.
A Volkswagen, “antenada” neste movimento de mercado, de forma inteligente começa a lançar séries especiais, com diversos extras em equipamentos e visual diferenciado, para atingir este nicho de público. Versões como a Summer e Sunset, consolidam o gosto do público por este tipo de automóvel e pela Saveiro em particular.



Até 1997, a Saveiro utiliza a mesma plataforma de seu nascimento (a chamada “quadrada”), que em sua história foi a versão de maior sucesso. O modelo muda radicalmente neste ano e sua carroceria acompanha o estilo do seu irmão mais velho, o Gol “bolinha” e ganha maior espaço na caçamba além de uma pequena janela auxiliar na Coluna “B”.E é neste modelo que a Saveiro ganha a mais esportiva versão da sua trajetória até hoje: a TSi.




Para começo de conversa, o modelo vinha equipado com um motor 2.0 de 8 válvulas por cilindro, que desenvolvia 112 cavalos de potência. Nos testes da revista Quatro Rodas, em sua edição do mês de dezembro de 1998 a picape alcançou os 100 Km/h em 11 segundos e meio. A velocidade máxima fica em torno dos 174 Km/h.



Se o desempenho não empolgava tanto, o pacote de equipamentos pelo menos fazia jus a uma versão topo de linha. Por fora, as bonitas rodas de liga leve ajudavam a reforçar o apelo esportivo do modelo. Nas laterais, o símbolo TSi marcava a presença para designar o modelo mais elaborado da linha Saveiro. Nos pára-choques dianteiros, os clássicos faróis de neblina completavam o ótimo conjunto ótico. Grade, pára-choques e espelhos eram pintados na cor do carro e deixavam o visual bastante limpo e agradável.


Abrindo as portas, o interior entregava um bom pacote de equipamentos. A comodidade era garantia pelo trio elétrico (vidros, travas e retrovisores), ar-condicionado, direção hidráulica e rádio toca-fitas. Air-Bag era opcional, assim como alarme anti-furto. No painel, os mostradores contavam com o útil conta-giros e relógio digital. O volante de quatro raios tinha boa empunhadura, mas não acompanhava a proposta esportiva da picape.





Infelizmente, a onda desenfreada do tuning e personalização fez com que nos dias atuais não seja tão frequente encontrar uma Saveiro TSi em condições originais.

domingo, 6 de julho de 2014

O mistério da loja da Fiat na Avenida Tancredo Neves


Quem passa pela Avenida Tancredo Neves, na altura do número 1.400 e é amante de automobilismo e de carros em geral não deixa de se espantar com um prédio de grandes proporções, uma loja de veículos que parece ter parado no tempo. Uma Alfa-Romeo 155 vermelha de corrida é destaque na vitrine. Ao lado dela, outra Alfa 155 mas de rua, bem conservada. Mais ao lado um Fiat Tempra que dá a impressão de que estava sendo reformado e foi abandonado. Andando um pouco mais vemos mais um modelo da "casa de Turim", uma belíssima Alfa Romeo GTV, em sua versão Spider, em ótimo estado de conservação.

E este acervo não se restringe apenas ao que está exposto na vitrine. Lá dentro diversos modelos históricos, muitos da Alfa Romeo, como os modelos JK e 164 além de modelos clássicos da Jaguar, BMW e Lancia. Conforme pesquisas na rede mundial de computadores, estes modelos pertencem/pertenciam ao antigo proprietário do Grupo GPV, que mantinha a concessionária da Fiat Venice neste local e em diversos outros pela Grande São Paulo. O grupo entrou em falência no final da década passada.

Mas nem tudo são flores. Pesquisando um pouco mais encontramos informações de diversos consumidores que foram lesados pelas lojas do grupo. Talvez, principalmente nos momentos pré-falência.

O que fica de "fato triste" é ver tantos modelos bacanas e históricos se depreciarem no tempo. Como todos bem sabem, carro é feito para andar. Imagine que legal aquela Alfinha GTV bem cuidada, passeando em um domingo ensolarado. Qual será o historial daquela Alfa 155 de corrida? Correu na Europa? Disputou o Sul-Americano de Superturismo Sudam? Visualize este carro andando em Interlagos, por exemplo, que bacana seria!

Hoje pela manhã estive no local, munido de minha máquina fotográfica. A loja parece ter parado no tempo. Dá para ver cadeiras e mesas que um dia foram utilizadas por vendedores e clientes. Foi possível clicar os modelos e vê-los de perto. Estão em relativo bom estado e prontos para serem resgatados de volta à vida. Mas não deve ser tão simples, imagino que estão elencados na massa falida, aguardando um demorada sentença de processo judicial. Fico na torcida para que todos sejam restaurados e tenham um uso digno de suas histórias.