domingo, 20 de março de 2011

Para onde vai o automobilismo brasileiro?

Apesar de não ter um piloto representante de seu país nas categorias top do mundo (Fórmula 1 e Fórmula Indy), a Argentina possui um automobilismo muito próspero e movimentado. São mais de 40 autódromos (!) espalhados pelo país, todos em boas condições de utilização, muitas categorias em disputa (turismo, rally e fórmula) e o melhor, uma boa quantidade de pilotos em atividade. Muito de tudo isso é possível porque lá o governo encara o esporte a motor como um esporte de fato e dá incentivos de ordem fiscal para que as montadores instaladas no país participem de forma ativa das atividades automobilísticas.



O exemplo de nossos "hermanos" poderia nos ajudar por aqui, já que o panorama do nosso automobilismo não é lá muito bom atualmente. A CBA, Confederação Brasileira de Automobilismo, divulga que apóia alguns eventos, como a arrancada, por exemplo, além de conseguir recordes de filiações de pilotos. Ok, isso é bom, mas será que basta para gerarmos novos talentos e fomentar o esporte?



A prática do kartismo, a escola do automobilismo, hoje aqui é cara e para poucos. Praticamente não temos categorias de Fórmulas no país. Só existe a realização da Fórmula 3 (com grids que não chegam a 10 carros, diga-se) por conta do grande esforço, louvável, de alguns abnegados donos de equipes e pilotos e da Fórmula Future, que foi uma excelente criação, fruto da iniciativa do Felipe Massa, mas é pouco.



Se voltarmos alguns anos no tempo, veremos que na década de 90 tínhamos em disputa por terras tupiniquins a Fórmula Ford, Fórmula Chevrolet e a Fórmula 3 Sul-Americana (com duas categorias em disputa e participação de pilotos do cone sul), todas muito fortes, que permitiam o piloto brasileiro preparar-se devidamente para desbravar o automobilismo internacional.



Quando falamos dos autódromos, a decepção torna-se ainda maior. Jacarepaguá, uma pista extremamente veloz e seletiva, que recebeu por muitos anos a Fórmula 1 e o mundial de motovelocidade, além da Fórmula Indy, foi retalhada e tem data para morrer: o início das obras para as Olimpíadas, que utilizarão o espaço do traçado. Goiânia, outra importante pista brasileira, que já recebeu uma etapa do mundial de motovelocidade na década de 80, está abandonada. A Fórmula Truck este ano disputará uma etapa por lá e prometeu "dar um tapa" na pista. Mas acredito que essa não é a incumbência de uma categoria e sim de quem organiza e fiscaliza o esporte a motor no país, certo? Até Interlagos, que na administração anterior tinha os seus devidos cuidados na manutenção hoje já aparece com mato crescido no entorno da pista, alambrados caídos e zebras rachadas.



Dá gosto de assistir o programa "Velocidade Sul", do canal por assinaturas Speed Channel e ver as corridas dos certames disputados na Argentina, com grids que chegam a até 50 carros. Enquanto por aqui, não conseguimos nem realizar uma prova de longa duração, como foi o caso das 300 Milhas de Interlagos. Só nos resta fazer uma pergunta: para onde vai o nosso automobilismo?

Show Aéreo 2008 no Campo de Marte - vídeo 2




Ainda sobre o Show Aéreo 2008, segue mais um vídeo da apresentação da Esquadrilha da Fumaça.

sábado, 19 de março de 2011

Show Aéreo 2008 no Campo de Marte





Domingo, 19 de outubro de 2008. Estava nublado quando os Tucanos da Esquadrilha da Fumaça acionaram os motores para a decolagem. Para a tristeza dos entusiastas presentes no Campo de Marte, os pilotos não fariam todas as manobras do vasto repertório da Esquadrilha, uma das melhores do mundo, por conta do teto baixo. Realmente, o tempo não estava ajudando naquela tarde de domingo, mas mesmo assim os pilotos esforçaram-se para agradar o público presente no aeródromo da zona norte de São Paulo.

Além da Esquadrilha da Fumaça, diversas outras aeronaves expostas, a maioria do Exército brasileiro, como por exemplo, C105 Amazonas (EADS-CASA), Embraer EMB 120 Brasília, Embraer EMB 110 Bandeirante.

Campeonato Brasileiro de Marcas - mais detalhes


Na última segunda-feira, 14/03, foi feito o anúncio oficial do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos, organizado pela Vicar. As três montadoras são a Chevrolet (Astra Sedan), Honda (Civic) e Ford (Focus Sedan). Foi também anunciada a principal empresa parceira, a Petrobrás, que fornecerá o combustível e os lubrificantes às equipes. Os carros terão potência aproximada de 300 cv, porém o motor (de 4 cilindros) e o câmbio (sequêncial, de seis marchas) serão padronizados e fornecidos pela organizadora da categoria. As rodas, de aro 18, serão da marca OZ e as "gomas", serão fornecidas pela Pirelli.















Estão previstas 8 etapas (Curitiba, Tarumã, São Paulo, Rio de Janeiro, Velopark, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba) e algumas equipes que já participam da Stock Car terão carros nesta nova categoria. Particularmente estou ansioso por este campeonato, já que não temos um certame nacional multimarcas de turismo desde 1994, em que pese apenas as carrocerias serem de marcas diferentes (não haverá diferença de motorização, conforme já dito).

O televisionamento ficará a cargo da Rede TV! (poderiam convocar o Edgard Mello Filho para apresentar!). Um fato interessante é que as provas preliminares serão dos campeonatos regionais de turismo (o famoso Turismo N) e no final do campeonato os melhores disputarão um festival. Quem se consagrar o vencedor terá a oportunidade de dusputar o Brasileiro de Marcas no ano seguinte. Gostei muito da ilustração dos carros, que se parecem muito com os modelos da TC 2000 argentina. Então, que venham as corridas!

sábado, 12 de março de 2011

Os 10 Fórmula 1 mais bonitos


Depois de eleger as dez pinturas de capacetes mais bonitas, agora vou listar aqui os Fórmula 1 mais bonitos da história, claro, na minha opinião. Os quesitos são, além do desenho, a pintura dos modelos. Então vamos à minha lista:
Brabham BT56 - a equipe criada pela lenda Jack Brabham teve um período do glórias na Fórmula 1, como equipe de ponta desde a década de 60 até o início dos anos 80. Em 1987, apesar de contar com o excelente motor BMW, a Brabham começava a entrar em um período de decadência. Mas veja o modelo da foto, justamente o de 87. Veja o perfil do carro, bem baixo, com um peril bem limpo. Esse modelo me impressionou desde a primeira vez que o vi e logo o elegi como um dos mais bonitos da Fórmula 1.




Arrows A21 - Aqui, a combinação do laranja e preto é arrebatadora. Para mim, uma das pinturas mais bonitas dos tempos modernos da categoria. Os pilotos daquela temporada eram o espanhol Pedro de La Rosa e o holandês Jos Verstappen, piloto que sempre admirei pela pilotagem agressiva e pela velocidade. Jos marcou 5 pontos e De la Rosa, 2 em 2000.






Shadow UOP - se fosse vivo na década de 70 (nasci em 1981), com certeza uma das minhas equipes preferidas seria a Shadow. O modelo da foto é o de 1974, pilotado pelo Galês Tom Pryce, um clássico, com a sua pintura negra e a inscrição UOP em conjunto com a bandeira norte-americana. Um dos meus modelos preferidos na Fórmula 1.



Arrows A2 - 1979 foi o ano do auge da era "efeito-solo" na Fórmula 1. Todas as equipes investiam em seus projetos os conceitos do "carro-asa". Com a equipe inglesa Arrows, não foi diferente. O carro caracterizava-se pela ausência de aerofólios, sendo que o próprio monocoque e a carenagem faziam as vezes das asas. O desenho chega a ser futurista, bem diferente, e combinado com o dourado da pintura do patrocinador, a cerveja Warsteiner, entrou para a minha galeria de Fórmula 1 mais bonitos.




Copersucar Fittipaldi FD01 - o primeiro carro da equipe brasileira chamou a atenção do circo da Fórmula 1 com seu desenho revolucionário para a época. Em uma fase em que os carros caracterizavam-se pela profusão de entradas de ar por todos os lados do monocoque, o FD01 tem um desenho limpo, formas arredondadas e frente em cunha, projeto assinado pelo projetista brasileiro Ricardo Divilla. A pintura era algo a parte: idealizada pelo mestre Sid Mosca, tinha a predominância do prateado, com as laterais ornadas pelo pássaro colorido do patrocinador principal, a Copersucar. Não existia nada similar naquela temporada. O carro não obteve bons resultados no seu ano de estréia, em 1975, assim como todos os outros modelos da história da equipe Fittipaldi. Infelizmente, nem o povo brasileiro nem as empresas nacionais souberam entender o pioneirismo e o esforço que era manter uma equipe na categoria máxima do automobilismo. A equipe fechou em 1982.




Ligier JS39 - além da Williams, sempre tive simpatia pela equipe francesa, de propriedade de Guy Ligier. Nas duas últimas etapas da temporada de 1993 (Japão e Austrália) a equipe adotou uma pintura idealizada pela artista italiano Hugo Pratt. Esta pintura gerou manifestações de amor e ódio, mas eu particularmente achei o carro muito bonito.



Lambo-Lamborghini - o único modelo da Lamborghini na Fórmula 1 sempre me fascinou. O desenho sempre me chamou a atenção, bem como o azul metálico da carenagem e também o ronco do motor V12. Infelizmente Nicola Larini e Eric Van de Poele penaram com o desempenho do bólido e no final da temporada de 1991 a Lambo abandonou a categoria, mantendo apenas o fornecimento dos motores V12 para algumas equipes.





Williams FW15B - nunca escondi de ninguém a minha simpatia e torcida pela equipe Williams. O bólido que deu o tetracampeonato a Alain Prost, em 1993 foi o último modelo equipado com toda a eletrônica embarcada, que contemplava a eficiente suspensão ativa, o que fez Ayrton Senna chamar os modelos da equipe inglesa de "carros de outro mundo". Neste caso, a pintura nem é o grande atrativo deste modelo, mais sim o seu desenho.



Jordan 191 - a Jordan assombrou a Fórmula 1 na sua temporada de estréia, em 1991. Apesar de utilizar o propulsor V8 da Ford, o carro era muito equilibrado e conseguiu bons resultados para uma equipe debutante. Além de bom, o carro era bonito. A combinação do verde "Seven-Up" com o desenho do carro é uma das mais felizes da história da Fórmula 1.


Lotus 72 - talvez um dos mais importantes, senão o mais importante modelo da história da Fórmula 1, por conta das diversas inovações técnicas contidas em seu chassi, fruto da genialidade de seu projetista, o engenheiro e dono da Lotus, Colin Chapman. O esquema de pintura preta e dourada, inspirado no pacote de cigarros do patrocinador John Player Special é lindíssimo e tornou-se um clássico. A Lotus o utilizou de 1972 até 1986 e agora será utilizado pela Renault-Lotus na temporada 2011.



Agora é com você. Faça a sua lista de preferidos e poste um comentário.

domingo, 6 de março de 2011

Os dez capacetes mais bonitos da Fórmula 1

O capacete é a identidade de um piloto de corridas. A pintura fica marcada e acompanha o competidor por toda a sua carreira.

Neste post vou listar as dez pinturas de capacetes mais bonitas da Fórmula 1, na minha opinião.

Thierry Boutsen - o capacete do belga sempre chamou a minha atenção. Escuro, com as cores da bandeira do país de origem do piloto, a pintura é uma das minhas preferidas.
Wilson Fittipaldi Jr. - já deu para perceber que gosto de capacetes de pintura escura. O de Wilsinho combina o fundo preto com as gotas no topo em amarelo.


Christian Fittipaldi - o filho de Wilsinho adotou o mesmo desenho do pai, porém inverteu as cores, deixando o fundo amarelo e as gotas escuras.



J. J. Letho - o capacete do finlandês tem o desenho bem simples, mas sempre gostei do esquema de cores em preto e branco. Letho era uma promessa na Fórmula 1 no início da década de 90, mas não emplacou na principal categoria do mundo.


Gilles Villeneuve - também uma das minhas pinturas preferidas, a combinação de vermelho e preto imortalizou Gilles, que, apesar de nunca ter vencido um campeonato e ter morrido jovem, é um dos principais pilotos que já passou pela Fórmula 1. Os Tifosi ferraristas que o digam.




Heinz Harald Frentzen - sempre admirei a pilotagem agressiva desse piloto alemão, desde quando ele corria na Sauber-Mercedes e depois na Williams. Seu capacete com as cores da bandeira alemã também está entre os meus preferidos.




Emerson Fittipaldi - um desenho moderno para a época, combinando o azul escuro e vermelho, sempre pintados pelo mestre Sid Mosca. Essa pintura já é imortalizada para nós brasileiros e não podia faltar na minha lista.


Francois Cevert - o francês da Tyrrel morreu cedo, em 1973 em um trágico acidente e era um ídolo na sua época, com um futuro promissor. Possuia uma pintura de capacete das mais bonitas da história da Fórmula 1.


Mario Andretti - este italiano naturalizado norte-americano venceu campeonatos na Fórmula 1 e Indy, além de vencer corridas em diversas outras categorias, numa carreira longeva. Seu esquema de cores, com o prateado de fundo com a faixa vermelha e filetes azuis foi adotada posteriormente pelo seu filho, Michael.




Jenson Button - o inglês elaborou sua pintura combinando as iniciais de seu nome com as cores e o desenho da bandeira de seu país, mantendo o fundo branco. E ficou muito bonito, na minha opinião.


Bem, esta é a minha lista. Diga nos comentários quais pinturas de capacete vocês gostam.